No
Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, ontem (17), entidades chamaram
a atenção sobre o tema. A Comissão Econômica para América Latina e Caribe
(Cepal), a América Solidária e a Fundação Superação da Pobreza apresentaram, no
Chile, um balanço sobre os avanços e desafios sociais no país e na América
Latina, e assinaram convênios de cooperação internacional.
Fonte:
Adital, com agências
Na
sexta-feira (14), cerca de 10 mil jovens de 14 países passaram a noite ao ar
livre, na "noite sem teto”, a fim de alertar sociedade e autoridades para
a questão da pobreza e da falta de moradia nos países latino-americanos e
caribenhos. A atividade ocorreu em 22 cidades de 14 países da América Latina e
do Caribe como: Buenos Aires, na Argentina; La Paz, na Bolívia; Bogotá, na
Colômbia; Quito, no Equador, México DF, no México; Assunção, no Paraguai; Lima,
no Peru; e Tegucigalpa, em Honduras.
"Durante
décadas, as Nações Unidas têm trabalhado para livrar as pessoas da pobreza.
Conseguimos grandes progressos, mas hoje essas conquistas estão em perigo”,
destacou Ban Ki-Moon, secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU),
em mensagem divulgada por ocasião do Dia Internacional para a Erradicação da
Pobreza.
Ban
Ki-Moon apontou também a crise econômica, a mudança climática, o aumento dos
custos de alimentos e energia e os efeitos dos desastres naturais como grandes
dificuldades enfrentadas na atualidade. Entretanto, para ele, tais desafios
podem ser superados se as pessoas estiverem no centro das atenções dos
governantes.
"Com
demasiada frequência comprovo, nos debates sobre nosso futuro, a ausência de
três grupos: os pobres... os jovens... e o planeta. Enquanto trabalhamos para
evitar uma crise financeira mundial, devemos trabalhar também para evitar uma
crise mundial de desenvolvimento. Não podemos, em nome da austeridade fiscal,
recortar investimentos de sentido comum nas pessoas”, comentou.
A
mensagem do representante da ONU pede que os Estados se empenhem mais para
alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e para construir um
mundo sem pobreza.
"Não
é o momento de andar para trás. É o momento de avançar com mais empenho para
alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. É o momento de se preparar
para tirar o máximo proveito do Rio+20, a importantíssima conferência sobre
desenvolvimento sustentável do próximo ano. Juntos, escutemos as pessoas e
lutemos por suas esperanças e aspirações. É assim que construiremos um mundo
sem pobreza”, finalizou.
No
Brasil
Segundo
dados divulgados no primeiro semestre desde ano, pelo Instituto de Geografia e
Estatística (IBGE), o Brasil tem 16,27 milhões de pessoas em situação de
extrema pobreza, o que representa 8,5% da população. Do contingente de
brasileiros que vivem em condições de extrema pobreza, 4,8 milhões têm renda
nominal mensal domiciliar igual a zero. Outros 11,43 milhões possuem renda de
R$ 1 a R$ 70.
E
mais, ainda segundo o levantamento, a grande maioria dos brasileiros em
situação de miséria é parda ou negra, tanto na área rural quanto na área
urbana. Já 46,7% das pessoas na linha de extrema pobreza moram na região rural,
apesar de somente 15,6% da população brasileira morarem no campo. O restante
das pessoas em condição de miséria, 53,3% estão localizadas em grandes centros
urbanos, onde está a maoria da população (84,4%).
A
região Nordeste concentra a maior parte dos extremamente pobres, sendo 9,61
milhões de pessoas (59,1%). Destes, a maior parcela (56,4%) vive no campo,
enquanto 43,6% estão em áreas urbanas.
Para
combater a miséria, o governo federal investe no programa Brasil Sem Miséria.
Quando
foi instituído
Instituído
pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1992, a data tem o objetivo de
alertar lideranças mundiais para a importância de erradicar a pobreza.
Estimativas da ONU apontam que cerca de 1,4 bilhão de pessoas no mundo vivem em
níveis de pobreza. Situação que pode piorar devido aos problemas atuais.
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