Agência
Brasil
O
ministro das Cidades, Mário Negromonte defendeu ontem (20) a aplicação de penas
mais severas para os motoristas que provocam mortes em acidentes de trânsito,
especialmente quando embriagados. Ele defende que, quanto maior for a
irregularidade, maior deve ser a pena. E lembra que estão em tramitação no
Congresso Nacional mais de 100 projetos que pretendem tornar as leis de
trânsito mais duras.
O
ministro conta que, quando chegou a Brasília para assumir o mandato de deputado
federal, se reeducou, pois o Distrito Federal "avançou muito na questão da
cidadania, com o respeito à faixa de pedestres. Mesmo nos lugares em que não há
sinalização, os motoristas aqui param para que o pedestre passe",
reconheceu.
Negromonte
disse que os índices de acidentes de trânsito no país são muito preocupantes,
pois a cada dois dias morre o equivalente ao número de passageiros de um avião
Boeing, ou seja, 100 casos de morte no trânsito por dia, o que ele considera
"um absurdo". "Se caísse um Boeing a cada dois dias, todo mundo
ficaria chocado. No entanto, é preocupante que isso se torne rotina no
trânsito". Ele diz que o Ministério das Cidades e o Departamento Nacional
de Trânsito (Denatran) trabalham para mudar essas estatísticas. No feriado de
Corpus Christ deste ano, por exemplo, houve redução de 35% nos acidentes em
relação a 2010.
O
ministro citou o exemplo do Japão, onde se pratica uma lei "compatível com
a gravidade" dos casos em que um motorista mata alguém no trânsito por
irresponsabilidade. Em vez de ser preso, o infrator é obrigado a trabalhar para
sustentar a família do morto, explicou Negromonte. Ele acha que a legislação no
Brasil ainda é muito branda e cita uma reportagem divulgada pela TV mostrando o
caso de um motorista sem carteira que provocou a morte de uma pessoa no
trânsito e, antes mesmo de ser condenado, cometeu outro crime desse tipo,
dirigindo embriagado.
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