As
centrais sindicais e entidades patronais realizaram ontem (18), em São Paulo,
um ato político para protestar contra a política de juros alto adotada pelo
Comitê de Política Monetária (Copom). Para Wagner Gomes, presidente da Central
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a presença de entidades como
a Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) dá força ao movimento.
Portal
Vermelho, com informações da CTB
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Ato em São Paulo contra os juros altos do Copom/ crédito: Força Sindical |
“Fizemos
um ato simbólico e histórico, por construir de um pacto político e social entre
a classe trabalhadora e setores do empresariado nacional. Daqui pra frente
vamos realizar um ato semelhante todas as vezes que o Copom se reunir”,
declarou ao Vermelho Wagner Gomes, referindo-se às reuniões do Copom hoje e
amanhã, que decidirá se mantém a taxa básica de juros (Selic) atual de 12% ao
ano – estabelecida desde 31 de agosto.
O
movimento “Por um Brasil com juros baixos: mais empregos e maior produção”, foi
oficialmente lançado no ato de hoje, que reuniu integrantes da CTB, a Força
Sindical, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Fiesp, Associação Brasileira
da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), entre outras. Cerca de 700
pessoas que estavam no local fizeram um abraço simbólico no prédio do Banco
Central da Avenida Paulista.
Nos
discursos que antecederam o ato, economistas explicaram que não há
justificativa para o Brasil manter a taxa básica de juros em elevado patamar.
Em junho de 2009, o BC reduziu a Selic para um dígito pela primeira vez na história
do país, para um patamar inédito de 9,25% ao ano.
Como
o professor do Instituto de Economia da Unicamp, Márcio Pochmann, que destacou
que o fortalecimento da produção nacional e a geração de emprego podem fazer
com que o Brasil deixe para trás "a marca de subdesenvolvimento.
"Não
há nada que nos impeça de ter uma taxa de juros civilizada, a não ser o
medo", observou Pochmann.
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