Agência
Brasil
O
Brasil – reconhecido internacionalmente como exemplo de inclusão social – tem o
desafio de tirar 16 milhões de pessoas da extrema pobreza nos próximos anos,
disse ontem (1º) a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza
Campello. Segundo ela, o governo espera alcançar o objetivo por meio do Plano
Brasil sem Miséria, possibilitando que essa parcela da população tenha acesso a
oportunidades no mercado de trabalho para melhorar as condições de vida.
De
acordo com Tereza Campello, o governo aposta na continuidade do crescimento
econômico para eliminar a miséria no Brasil. A expansão da economia,
acrescentou, traz mais empregos, novas oportunidades no mercado e riqueza para
o país. O Plano Brasil sem Miséria prevê ações de transferência de renda e
inclusão produtiva, assinalou a ministra, depois de participar, na capital
paulista, do 16º Fórum de Debates Brasilianas.org.
A
qualificação profissional é o caminho para que os trabalhadores aproveitem o
cenário favorável, destaca Tereza Campello “O governo está ofertando à
população extremamente pobre cursos nas áreas de serviços e construção civil e
ajudando os pequenos empreendedores a melhorar seu negócio”. Os cursos começam neste
final de 2011 e se estenderão pelos próximos três anos.
A
ministra ressaltou que muitas pessoas dessa camada social estão em bolsões de
pobreza, aos quais o Estado tem dificuldades de acesso. “Nosso esforço é chegar
até essa população com equipes volantes, acompanhadas de profissionais da
saúde. Na população isolada da floresta ou do meio rural, nosso objetivo é
chegar com assistência técnica e sementes, garantindo a melhoria de sua
produção”.
Também
participante do 16º Fórum de Debates Brasilianas.org, o professor de Cambridge
(Inglaterra) e consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(Pnud) Flavio Comim disse que o Plano Brasil sem Miséria tem o mérito de fazer
com que o Estado seja o provedor dos direitos básicos da população. “Parece que
é uma questão trivial, mas não é, porque quando falamos de comida, falamos de
água, saúde e educação. Esse resgate da perspectiva do cidadão faz com que o
Estado tenha uma ação mais ativa. A mudança de entendimento é o resgate da
cidadania”.
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