Agência
Brasil
O
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), Cezar Peluso, determinou ontem (21) que o conselho retire da internet as
iniciais de nomes de juízes que estão sendo investigados. A divulgação dos
processos começou no início de novembro e foi amplamente divulgada por Peluso
como forma de dar mais transparência ao trabalho das corregedorias na apuração
de processos contra magistrados.
A
suspensão da publicação das iniciais foi em resposta a um pedido da Associação
dos Magistrados Brasileiros (AMB), que entendeu que a abreviação dos nomes
constrangiam os investigados, uma vez que, em alguns casos, eles podiam ser
facilmente identificados. A entidade é a mesma que questiona no STF os poderes
de investigação do CNJ.
A
decisão de publicar os processos envolvendo juízes no site do CNJ surgiu
justamente após a polêmica provocada por uma série de eventos relacionados à
ação da AMB para limitar a atuação do CNJ. Na véspera do julgamento do caso no
STF, a corregedora-geral da Justiça, ministra Eliana Calmon, disse que a
redução do poder correicional do CNJ permitiria que "bandidos se escondam
atrás da toga".
A
declaração da corregedora provocou uma série de debates sobre o papel do CNJ e
a ineficiência das corregedorias locais em punir juízes devido à proximidade
com os investigados. Na época, Peluso defendeu que o correto é que as
corregedorias locais funcionem antes dos processos irem para o CNJ.
A
publicação dos cerca de 1.300 processos contra os juízes foi uma das medidas
adotadas por Peluso para impulsionar o trabalho das corregedorias locais e
permitir a fiscalização da sociedade.
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