Por @LeideFranco
Passam das 23h de uma terça-feira
quente que vai se despedindo do dia. Estou sem pressa e por mim ele ainda
duraria mais umas 24 horas. Toca na minha vitrola moderna, em volume suave, uma
música na qual a letra versa dizendo que “(...) a gente faz de conta e sempre
diz que não, mas só o amor é que é fatal (...)”. Agora pulou para a próxima
faixa onde ecoa um “(...) meu amor, a vida passa num instante, e um instante é
muito pouco pra sonhar (...)”.
Estou falando de “Olhar de Tela” e
“Quando a Gente Ama”, respectivamente, de Oswaldo Montenegro, carioca de 1956,
compositor de trilhas sonoras para peças teatrais, balés, cinema e televisão.
Um dos artistas daquele rol nobre, que a gente guarda vinil para não esquecer tanto
quanto é raro. Um talento sui generis que a legítima Música Popular
Brasileira pode se orgulhar de guardar e abraçar por todo o sempre.
Para Oswaldo Montenegro não basta
fazer de seus álbuns uma jóia preciosa daquela que a gente guarda na estante,
na parte dos objetos mais valiosos e que nunca deixa o pó pousar, descansar,
ele vai além, procura contar diretamente com a participação dos seus seguidores
fiés, fãs de suas obras de arte. Seu disco e seu show não são dele, é do
público, mas poucos podiam contar com a nova fórmula usada por ele para fazer
nos tornar muito mais parte disso. Estou falando literalmente do “Atendendo a
Pedidos”.
Dentro de um repertório de 80
músicas, 20 serão escolhidas previamente pelo público que vai estar presente em
seu show, marcado para o dia 04 de novembro, aqui em Natal. O “Atendendo a
Pedidos” vai ser como estar em casa, ouvindo aquelas faixas que você escolheu
para o fim da noite. Será como apertar o play do seu som e viajar com as suas
músicas preferidas, escolhidas a dedo.
Passei no http://www.atendendoapedidos.com.br/ e
selecionei as 20 canções que ouço quase todos os dias. Estou esperando com
brilho nos olhos e ansiedade de fã pelo dia do show. Acredito que ele vai atender
ao meu pedido e vai cantar com seu jeito simples e doce assim: “(...) ela
valsando só na madrugada se julgando amada ao som dos bandolins (...)”.
Depois eu volto para contar como
foi o “Atendendo a Pedidos”.
Agora vou continuar valsando só ao
som dos bandolins...
Até breve!
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