Agência
Brasil
O
novo defensor público-geral, Haman Córdova, disse que a Defensoria Pública da
União (DPU) não é um órgão assistencialista e que não pode atender somente aos
mais ricos. Com mandato de dois anos, Córdova, que tomou posse ontem (9), tem
como principal desafio renovar o órgão. Ele substitui José Rômulo Plácido
Sales, que deixou o cargo em agosto.
“Defensoria
pública não é favor, não é assistencialismo ou mero altruísmo, mas direito do
cidadão e dever do Estado brasileiro. A Justiça não pode continuar sendo vista
como um serviço elitizado, acessível somente às classes A e B”, disse.
Segundo
Córdova, a principal missão da DPU é proporcionar orientação jurídica às
pessoas menos favorecidas economicamente. “Temos de assegurar que as pessoas
que sequer sabem da existência dos seus direitos possam exercê-los de forma
ampla. Vamos trabalhar para que a Defensoria Pública da União deixe de estar na
situação provisória na qual se encontra desde 1995 e alce voos mais altos”.
A
cerimônia de posse, que ocorreu no Memorial Juscelino Kubitschek, em Brasília,
contou com a participação de ministros de Estado, senadores, deputados, membros
do Judiciário e defensores públicos federais.
De
acordo com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o maior desafio é o
combate à exclusão social. Para ele, DPU tem papel de fundamental importância,
pois é ela que “se alinha ao lado dos excluídos. É essencial que a Defensoria
Pública continue a se enraizar na vida pública brasileira”.
A
DPU tem 480 defensores federais. Segundo Córdova, em 2010, o órgão fez mais de
1 milhão de atendimentos. Apenas nos últimos cinco meses, foram impetrados 400
habeas corpus na Justiça Federal. “Temos uma parceria com Ministério das
Relações Exteriores e o departamento de estrangeiros do Ministério da Justiça
que beneficiará brasileiros no exterior e estrangeiros que precisem de auxílio
jurídico”.
O
novo defensor público-geral federal tem 35 anos, é brasiliense e ingressou na
DPU em 2006, após aprovação no 2º concurso de ingresso na carreira. Atuou,
inicialmente, em ofícios cíveis no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Hoje,
é titular do 2º Ofício Regional Criminal da DPU no Distrito Federal.
Para
assumir o cargo de defensor público-geral federal, Córdova passou por sabatina
na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Além de representar a
DPU, judicial e extrajudicialmente, o defensor público-geral também preside o
Conselho Superior da DPU e pode requisitar força policial para assegurar a
integridade física de defensores públicos federais ameaçados durante o exercício
da função.
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