GustavoMaia
A carga tributária que as empresas brasileiras e nós somos
submetidos tem se tornado um dos grandes entraves para a sustentabilidade e
crescimento do Brasil. Com o passar dos anos, o peso dos tributos sobre a
economia nacional só tem crescido. Em 2010, atingiu o patamar recorde de
aproximadamente de 35% do PIB, ou seja, mais de um terço das riquezas
circulantes no Brasil é transformado em impostos, contribuições e taxas e a
sensação é que não há retorno à sociedade na forma de melhoria dos serviços públicos.
É importante perceber que nossa estrutura tributária acaba
encarecendo os Micros e Pequenos Empresários e acaba afetando diretamente os
brasileiros que têm menor renda. Assim o setor produtivo sofre de várias
maneiras com o sistema tributário nacional. Primeiro, com o próprio peso dos
tributos, que oneram os preços de produtos e serviços e complicam a capacidade
competitiva das empresas brasileiras em relação à concorrência internacional,
especialmente diante da atual economia globalizada. Outro problema refere-se à
complexidade da estrutura tributária do País, o que exige desembolso de
importantes recursos e dispêndio de tempo de trabalho dedicado à organização,
estruturação e quitação dos impostos. No caso das MPE’s briga-se pela
desburocratização para poder crescer e permanecer no mercado. Diante desse
quadro, percebe-se que, mesmo observando outras condições positivas que
estimulam a nossa economia, as perspectivas de crescimento sustentado podem
enfrentar importante entrave, representado pelo peso da carga tributária e pela
complexidade do sistema arrecadador brasileiro. É por isso que tanto ouvimos
falar da Reforma Tributária, que irá mudar o cenário econômico do Brasil.
É evidente que o ideal seria que o Brasil enfrentasse
imediatamente e de forma completa a reforma, para garantir a redução das
injustiças tributárias, principalmente entre os Micros e Pequenos Empresários e
permitir a simplificação do sistema de arrecadação de tributos, com consequente
geração de economia de recursos para as empresas e reduzir o impacto dos
tributos sobre o setor produtivo nacional.
*Gustavo Maia - 25 anos, natalense, Contador, MBA em
Gestão de Pessoas, cursando MBA Gestão de Negócios, Consultor em Franchising.
Escreve às quartas-feiras.
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