A
Organização das Nações Unidas lança nesta terça (22) uma iniciativa com 16
itens para acabar com a violência contra as mulheres, na qual considera
essencial a educação em igualdade desde a infância, disse à agência Efe a
diretora-executiva da ONU Mulheres, a chilena Michelle Bachelet.
Fonte:
UOL - EFE
"Temos
que trabalhar muito mais com as crianças e ensinar desde pequenos o respeito
entre os seres humanos, entre homens e mulheres", disse a ex-presidente do
Chile (2006-2010) em entrevista à Efe.
A
ONU Mulheres lança neste ano, por causa do Dia Internacional para a Eliminação
da Violência contra as Mulheres, celebrado no dia 25 de novembro, uma chamada
concreta aos líderes mundiais para que apliquem em suas políticas 16 pontos
chave para acabar com toda forma de violência dirigida ao gênero feminino.
Bachelet
disse que a mensagem lançada este ano pela ONU pede que os Governos garantam às
mulheres "proteção, prevenção e provisão de serviços", e destacou a
vital importância na educação das crianças. "Começamos com a educação das
crianças desde pequenos e depois alcançamos o compromisso com os jovens",
afirma.
Bachelet
apresenta esses 16 pontos na sede central da ONU em Nova York e acompanhada
pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. Um dos pontos é trabalhar
com jovens e crianças, já outro pede aos Governos que redobrem esforços para
mobilizar também os adultos contra a violência e promover a igualdade entre os
gêneros.
Entre
os outros 14 passos, se destaca o pedido aos Governos para que ratifiquem os
tratados internacionais sobre o assunto, adotem e reforcem suas legislações,
desenvolvam planos de ação próprios, acabem com a impunidade nos casos de
violência e garantam o acesso universal a serviços básicos de saúde e justiça.
Para
a diretora-executiva da ONU Mulheres, é preciso acabar com o fato de que 603
milhões de mulheres ainda vivam em países onde a violência contra elas não é um
delito, que mais de 60 milhões de meninas sejam dadas em casamento ainda
menores, e que entre 100 e 140 milhões de mulheres e meninas tenham sofrido
mutilação genital.
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