Agência
Brasil
O
Instituto Nacional de Câncer (Inca) divulgou ontem (31) sete novas
recomendações para o controle do câncer de mama no país. Uma delas é que o
início do tratamento ocorra em três meses e que os procedimentos
complementares, de quimioterapia ou hormonioterapia, comecem, no máximo, em 60
dias. Além disso, a radioterapia deve ser feita em 120 dias.
As
orientações complementam as lançadas no ano passado, que eram focadas em ações
de prevenção, detecção precoce e informação de qualidade. Segundo o técnico da
Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica da instituição Ronaldo Corrêa,
desta vez, a lista é voltada ao tratamento de mulheres que já tenham tumores. “Essas
recomendações são importantes porque podem ter impacto na sobrevida das
pacientes”, explicou.
Ele
lembrou, durante o lançamento, que o câncer de mama é o tumor que mais mata a
população feminina no Brasil, sendo responsável pela morte de 12 mil mulheres a
cada ano.
O
técnico do Inca acrescentou que a lista também traz recomendações sobre o
acolhimento das pacientes. O instituto orienta que elas sejam acompanhadas por
uma equipe que inclua médicos, enfermeiro, psicólogo, nutricionista, assistente
social e fisioterapeuta; e que receba cuidados em um ambiente que respeite a
autonomia, dignidade e confidencialidade.
“Quanto
mais profissionais estiverem comprometidos com o tratamento melhor vai ser a
assistência prestada a essas mulheres”, ressaltou.
Ele
lembrou que as recomendações não têm força de lei, mas seu cumprimento pode ser
verificado pela sociedade.
A
lista com todas as recomendações está disponível no site do Inca (www.inca.gov.br). O documento impresso também será encaminhado às
secretarias de Saúde dos estados e municípios.
Para
ampliar as ações de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama e de
colo de útero, o Ministério da Saúde vai investir, até 2014, R$ 4,5 bilhões. Os
recursos serão usados, entre outras iniciativas, na implantação de 50 centros
para atendimentos em mastologia ou ginecologia e na implantação de 32 serviços
avançados em hospitais habilitados para o tratamento oncológico e na
substituição de equipamentos em 48 hospitais.
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