O
Ministério da Cultura apresentou ontem (13), em Brasília, as metas do Plano
Nacional de Cultura (PNC) que pretende implementar até 2020. Elaboradas a
partir de consultas públicas e aprovadas pelo Conselho Nacional de Política
Cultural (CNPC), os 53 objetivos vão
do mapeamento das várias formas de expressão cultural existentes em todo o
território brasileiro ao desejo de ver 10% do dinheiro do Fundo Social do
Pré-Sal destinado à cultura.
Agência
Brasil
Apresentado
pela ministra Ana de Hollanda como uma iniciativa que reflete o esforço
coletivo para assegurar o total exercício dos direitos culturais dos
brasileiros, independentemente de situação econômica, localização geográfica,
origem étnica ou idade, o plano também prevê o aumento real dos recursos
públicos federais destinados à cultura.
Uma
das metas é elevar dos atuais 0,036% do Produto Interno Bruto (PIB), o que
equivale a R$ 1,34 bilhão, para 0,05% em 2020, atingindo R$ 2,64 bilhões. Além
disso, o ministério almeja ampliar também o volume de recursos destinados à
cultura por meio da renúncia fiscal e das leis de incentivo. A meta é elevar
dos atuais 0,05% do PIB para 0,06%. Embora pareça pouco, o aumento resultaria
na elevação dos atuais R$ 1,29 bilhão para R$ 2,21 bilhões, ou seja, um
crescimento de cerca de 70%.
Entre
as diretrizes do plano também estão o estímulo à leitura e a ampliação do
número de espaços culturais, principalmente, nas cidades de menor porte ou que
integram os chamados territórios da cidadania. A meta é que, até 2020, o
brasileiro leia uma média anual de quatro livros que não sejam técnicos.
Atualmente, a média é 1,3 livro por ano.
No
texto de apresentação, a ministra Ana de Hollanda defende que o plano reafirma
o papel indutor do Estado no campo da cultura, ao mesmo tempo em que garante a
pluralidade de gêneros, estilos e tecnologias, assegurando modalidades
artístico-culturais adequadas às particularidades da população, das comunidades
e das regiões do país.
"É
a primeira vez, em quase 30 anos de existência, que o ministério tem objetivos
planificados a partir da discussão com a sociedade", afirma Ana de
Hollanda na cartilha contendo as metas do plano, referindo-se ao processo de
consulta pública e ao Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC).
O
plano prevê que, até 2020, o Sistema Nacional de Cultura esteja efetivamente
implementado em todos os estados brasileiro, além do Distrito Federal. E que
60% dos municípios de todas as unidades da federação tenham atualizado o
Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (Sniic). Além de
subsidiar a formulação de políticas públicas culturais, os dados do Sniic
permitem um diagnóstico do setor.
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