A
classe média foi a grande protagonista e força motriz das revoltas populares e
ocupações que marcaram o ano de 2011. Esta é a opinião de Eric Hobsbawm, um dos
mais importantes historiadores em atividade.
BBC
Brasil
Em
entrevista à BBC, o historiador marxista nascido no Egito, mas radicado na Grã-Bretanha,
afirma ainda que a classe operária e a esquerda tradicional - da qual ele ainda
é um dos principais expoentes - estiveram à margem das grandes mobilizações
populares que ocorreram ao longo deste ano.
''As
mais eficazes mobilizações populares são aquelas que começam a partir da nova
classe média modernizada e, particularmente, a partir de um enorme corpo
estudantil. Elas são mais eficazes em países em que, demograficamente, jovens
homens e mulheres constituem uma parcela da população maior do que a que
constituem na Europa'', diz, em referência especial à Primavera Árabe, um
movimento que despertou seu fascínio.
''Foi
uma alegria imensa descobrir que, mais uma vez, é possível que pessoas possam
ir às ruas e protestar, derrubar governos'', afirma Hobsbawm, cujo título do
mais recente livro, Como Mudar o Mundo, reflete sua contínua paixão pela política
e pelos ideais de transformação social que defendeu ao longo de toda a vida e
que segue abraçando aos 94 anos de idade.
Leia
a íntegra em Para Hobsbawm, protagonismo da classe média marca revoltas de 2011
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