Mínimo
será de R$ 622 em 1º de janeiro, alta de 14,13% sobre o valor atual e aumento
real de 65,9% desde 2002. Estudo do Dieese revela que reajuste trará incremento
de renda de R$ 47 bilhões na economia. Os efeitos serão sentidos especialmente
no Norte e no Nordeste do país.
Fonte: Carta
Maior
Ao
passar a valer R$ 622 em 1º de janeiro, o salário mínimo brasileiro equivalerá
a 2,25 cestas básicas, com valor unitário é estimado em R$ 276,31. É o maior
poder de compra desde 1979, de acordo com estudo do Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Sócio-econômicos (Dieese).
O
reajuste do salário mínimo será de 14,13% diante dos atuais R$ 545, vigentes
desde março de 2010. O aumento real atinge 9,2%. Para chegar a esse valor, o
governo segue o acordo negociado em 2007 com as centrais sindicais, quando foi
regulamentada a política de valorização do salário mínimo.
Essa
política, que deve ser mantida até 2023, tem como critérios o repasse da inflação
do período entre as correções, o aumento real pela variação do PIB, além da
antecipação da data-base de revisão – a cada ano – até ser fixada em janeiro, o
que aconteceu em 2010.
A
política prevê que, em janeiro de 2012, o reajuste reponha a inflação segundo o
INPC do período mais a variação do PIB de 2010. O crescimento do PIB em 2010,
em dado que ainda será revisado, foi de 7,5%. Desde 2002, o aumento real
acumulado do salário mínimo é de 65,9%.
O
Dieese estima ainda que o novo valor do mínimo trará uma série de impactos
positivos na economia brasileira. Entre eles: 48 milhões de pessoas que têm
rendimento referenciado no salário mínimo serão beneficiadas; R$ 47 bilhões
será o incremento de renda na economia; R$ 22,9 bilhões correspondem ao incremento
na arrecadação tributária sobre o consumo. Os efeitos serão sentidos
especialmente no Norte e no Nordeste do país.
“No
setor público, o número de trabalhadores que ganha até 1 salário mínimo é pouco
expressivo nas administrações federal e estaduais. Nas administrações
municipais, a participação destes trabalhadores é maior, especialmente na
região Nordeste. Quando se observa o impacto do aumento de 14,13% sobre o
salário mínimo na massa de remuneração dos trabalhadores do setor público,
verifica-se a mesma tendência: maior impacto nas administrações municipais no
Nordeste e Norte”, diz a nota técnica do Dieese.
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