A
economia do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco
Central) para pagar os juros da dívida pública totalizou R$ 93,519 bilhões em
2011, o melhor resultado da história e 1,9% superior à meta de R$ 91,76
bilhões. Os números foram divulgados pelo Tesouro Nacional.
Wellton
Máximo da Agência Brasil
O
resultado foi 18,71% maior que o de 2010, quando o superávit primário atingiu
R$ 78,773 bilhões. Apenas em dezembro, o esforço fiscal somou R$ 2,012 bilhões.
O resultado é o segundo melhor da história para o mês, só perdendo para
dezembro do ano anterior, quando o superávit somou R$ 14,247 bilhões.
Dívida
pública cresce 10% em 2011 e atinge R$ 1,866 trilhão
A
Dívida Pública Federal (DPF) cresceu 10,17% em 2011 e encerrou o ano passado em
R$ 1,866 trilhão. O número foi divulgado ontem (27) pelo Tesouro Nacional, que
apresentou o resultado do Governo Central – Tesouro, Previdência Social e Banco
Central – no ano passado.
O
crescimento na DPF foi puxado pela dívida mobiliária (em títulos) interna, que
passou de R$ 1,603 trilhão em dezembro de 2010 para R$ 1,783 trilhão em
dezembro de 2011. Em termos percentuais, a alta foi 11,17%. Apesar da alta do
dólar no segundo semestre, a dívida pública externa caiu 7,55%, de R$ 90,096
bilhões no fim de 2010 para R$ 83,292 bilhões no fim do ano passado.
Apenas
em dezembro, a dívida mobiliária interna subiu R$ 30,447 bilhões. Contribuiu
para essa alta a emissão de R$ 15 bilhões em títulos para o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no mês passado. Por meio desse
mecanismo, o Tesouro empresta os papéis ao banco, que os revende no mercado e
amplia o capital para financiar projetos de empresas conforme a necessidade.
Em
todo o ano passado, o BNDES recebeu R$ 45 bilhões do Tesouro. No início de
janeiro, mais R$ 10 bilhões foram injetados na instituição, o que completou a
ajuda de R$ 55 bilhões autorizada por medida provisória em março de 2011.
Apesar
de ter caído no acumulado de 2011, a dívida externa subiu no mês passado, de R$
80,925 bilhões no fim de novembro para R$ 83,292 bilhões no fim de dezembro. Os
números completos da Dívida Pública Federal no ano passado serão divulgados na
próxima segunda-feira (30). Nesse documento, o Tesouro Nacional apresentará
mais detalhes, como a composição e o prazo médio da DPF.
Por
meio da dívida pública, o governo pega emprestado recursos dos investidores
para honrar compromissos. Em troca, se compromete a devolver os recursos com
alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos
prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic (juros básicos), da inflação ou
do câmbio.
Despesas
para manter a máquina pública cresceram mais que os investimentos em 2011
Os
gastos de custeio, para manutenção da máquina pública, voltaram a crescer mais
que os investimentos em 2011. Segundo números divulgados há pouco pelo Tesouro
Nacional, as despesas de custeio encerraram o ano passado em R$ 140,2 bilhões,
alta de 13% em relação a 2010. Os investimentos federais, que englobam as obras
públicas e a compra de equipamentos, tiveram alta de apenas 0,8%, somando R$
47,5 bilhões.
Em
2009 e 2010, os investimentos haviam crescido em ritmo maior que o custeio.
Outros tipos de gastos cresceram menos no ano passado. As despesas com o
funcionalismo, por exemplo, somaram R$ 179,3 bilhões em 2011, alta de 7,7%. O
percentual é menor que os 9,8% verificados no ano anterior.
Investimentos
federais cresceram em dezembro e fecharam 2011 com alta de 0,8%
Os
investimentos federais encerraram o ano passado praticamente estáveis em
relação a 2010. Segundo dados divulgados hoje (27) pelo Tesouro Nacional, esse
tipo de gasto, que engloba obras públicas e compra de equipamentos pelo governo
federal, atingiu 47,5 bilhões em 2011, aumento de 0,8% sobre os R$ 47,106
bilhões registrados em 2010.
Apesar
da alta pequena, os números do Tesouro mostram que o governo ampliou os
investimentos no fim do ano passado para reverter a queda acumulada até
novembro, de -2,7% em relação aos 11 primeiros meses de 2010.
Os
gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) subiram em ritmo
maior: 26,9%. As despesas com o programa totalizaram R$ 28 bilhões no ano
passado, contra R$ 22,1 bilhões em 2010. Esses gastos, no entanto, estão
inflados pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, que teve R$ 7,7 bilhões
aplicados em 2011, contra R$ 1,6 bilhão no ano anterior.
Apesar
de inseridas no PAC, as despesas com o Minha Casa, Minha Vida não são
consideradas investimento porque o dinheiro não é destinado diretamente à
construção de moradias, mas para subsidiar financiamentos para compra da casa
própria com juros mais baixos.
É necessário cada vez mais melhorar a qualidade da aplicação dos recursos arrecadados. Acredito que vem melhorando, mas ainda precisamos melhorar muito mais.
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