O
governo federal encontrou irregularidades ou simplesmente deixou de executar
convênios assinados com organizações não governamentais (ONGs) que somam R$ 867
milhões.
Roberto
Maltchik, O Globo
Esse
montante representa o total de contratos cancelados ou com restrições,
provocados por irregularidades. O prazo de avaliação foi estendido até o
próximo dia 27, de acordo com circular encaminhada na quarta-feira à Esplanada
dos Ministérios pela Controladoria Geral da União (CGU).
A
União ainda não contabilizou o total do prejuízo causado pelos repasses
irregulares às ONGs.O pente-fino analisou todos os acordos vigentes e com
parcelas a liberar. Até agora, os 181 convênios já cancelados somavam R$ 112
milhões, sendo que outros 305 convênios com os repasses congelados - e que
poderão ser suspensos - alcançam R$ 755 milhões.
Até
agora, somente três ministérios tabularam os prejuízos, que deverão ser objeto
de investigação do Tribunal de Contas da União (TCU), e identificaram o nome
das entidades que ficarão impedidas de receber dinheiro público. Dezenas de
convênios cancelados ainda não haviam recebido nenhuma parcela.
-
Não temos ainda um levantamento oficial de valores, pois os valores que
interessam serão das irregularidades, a serem apuradas através das Tomadas de
Contas Especiais (TCEs) que os ministérios deverão instaurar, acompanhadas da
Declaração de Impedimento das ONGs, cujos nomes e CNPJs serão, então,
publicados no cadastro próprio a ser criado no Portal da Transparência -
afirmou ao GLOBO o controlador-geral da União, Jorge Hage.
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