Carlos Roberto de Miranda Gomes, advogado e escritor
(@cmirandagomes)
O Rio Grande do Norte assistiu e aplaude, a recente ação
da nossa Polícia no resgate do jovem Popó Porcino, após um longo cativeiro de
mais de 30 dias.
A inteligência da Polícia foi notável e uma vida foi
preservada para a alegria de sua família e o alívio da população.
Nesse episódio lembro que o nosso eterno “Xerife” Maurílio
Pinto, em entrevista, admitia que seria possível uma operação de sucesso,
apesar do tempo e a sua experiência se confirmou.
Não podemos pensar que o acontecimento foi suficiente por
si mesmo, mas ao reverso, pedimos à Senhora Governadora, que olhe com mais
atenção para a nossa Polícia, tanto na questão do seu aparelhamento, quanto do
seu plano salarial, pois o que espera o cidadão é o mínimo que lhe assegure
segurança, saúde e educação.
O acontecido nos leva a meditar e concluir sobre
comportamentos, uns de forma positiva e outros, nem tanto.
Primeiramente, a Polícia, sob o comando competente da
Delegada Sheila, soube manter afastamento a pedido da família Porcino, embora
continuando a sua ação específica, paralela; a imprensa, de uma maneira geral,
também teve um comportamento irrepreensível, não alimentando comentários sobre
o caso que pudessem prejudicar a ação de resgate. Contudo, alguns blogueiros
ainda não alcançaram a importante missão desse canal de comunicação e
expandiram informações desencontradas, descaracterizando a importância desse
meio rápido de difusão de notícias, que corresponde, em maior alcance, ao que
representa a rede de rádio-amadores.
Precisamos valorizar o blog e censurar aqueles que
ingressam nessa atividade sem o objetivo maior de bem servir à rede social de
notícias.
Outro aspecto relevante que nos deixa o episódio é o de
manter maior cuidado por parte das famílias em relação aos seus filhos, quando
participam de eventos e até mesmo quando excursionam, com os próprios pais,
para estâncias de repouso e recreação,pois hoje a insegurança cresce com maior
velocidade do que pode receber o combate da Polícia.
Que o triste exemplo nos impulsione para o redesenho da
missão da segurança pública e exigência efetiva, livre da conversa sem futuro
de alguns dirigentes da Administração Pública, que insistem em divulgar números
sem o respaldo da realidade.
Vamos aprender a lição e passar a identificar as
prioridades das necessidades públicas e não gastar tantos recursos com obras
secundária, faraônicas como a Arena das Dunas, sobre as quais começam a cair as
máscaras, com o reconhecimento de que os chamados “legados” realmente não virão
no tempo proclamado, isto é, antes da realização da Copa de 2014, enquanto
convivemos com a indignidade dos estabelecimentos hospitalares, prisionais e de
educação, numa omissão que pode até ser considerada criminosa.
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