Carlos Roberto de Miranda Gomes,
advogado e escritor
Nos últimos dias o assunto sobre a
alienação do velho Estádio Juvenal Lamartine vem tendo espaço na mídia.
Há pronunciamentos favoráveis a
uma permuta; outros em conservação e restauração; outros, ainda, pela
transformação em um bosque e outras indicações.
O jornalista Albimar Furtado
retratou bem o tema em seu artigo de hoje no Novo Jornal, recordando momentos
históricos daquele equipamento público e fazendo ponderações racionais, onde
conclui pelo aproveitamento das ideias da Professora Eleika Bezerra, reafirmada
pelo Arquiteto Moacyr Gomes, no sentido de se fazer ali uma área verde.
É por aí a solução.
Não se deve preservar
simploriamente, mas oferecer um patrimônio da história local com
sustentabilidade.
Primeiro, devem ser restauradas as
arquibancadas originais, pois elas têm um modelo arquitetônico a ser
preservado. O mais seria realmente arborizar convenientemente o local, com
construção de restaurante, pequenas lojas e um museu do esporte, reservando-se
a área da frente para estacionamentos, mas restaurando o pórtico de entrada e
parte do muro da forma como foi inaugurado.
Lembrem-se do Bosque do Central
Park de Nova York e outras dessas maravilhas que temos em algumas capitais no
Brasil.
Vender prá que? Vamos respeitar,
pelo menos um pouco, do que restou de um passado feliz desta cidade dos Reis
Magos. Quem não lembra do parque de brinquedos da Praça Pedro Velho. Ali passei
muitas tardes de domingo com os meus filhos. É inesquecível!
Poderíamos repetir no JL algo
parecido. Parece até um sonho!
Tem razão Albimar - "Abra-se
ao uso público e ela ficará repleta de gente, como estão hoje o Bosque dos
Namorados e o Mangueirão".
O velhinho aqui vai comprar mais
uma briga, como já está fazendo junto a Valério Mesquita, para tornar o
Instituto Histórico de Geográfico do Rio Grande do Norte, um equipamento para
acesso público e preservação do seu acervo, através da digitalização de
documentos e obras, de forma a permitir consultas e pesquisas através de
computador, sem os riscos de desgaste dos originais.
Salvemos o nosso patrimônio, que é
parte da história e, com essa providência restauremos nossos costumes, nosso
folclore, nossos folguedos e nossas tradições.
O progresso só se justifica com a
preservação da história, que constitui o amor à terra mãe.
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