Declaração dada a imprensa, nesta
quarta-feira (23), pelo diretor adjunto de Estudos e Políticas Sociais do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos Henrique Leite Corseuil,
sinaliza que o aumento da criminalidade nas cidades, a migração de áreas rurais
para urbanas e a escassez de mão de obra no futuro podem ser algumas
consequências da incidência do desemprego sobre os jovens.
Agência Brasil
De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 12,6% das pessoas entre 15 e 24 anos no mundo estavam sem emprego em 2012, o que corresponde a cerca de 74 milhões de pessoas.
“Estudos mostram que no Brasil, e
também em outros lugares do mundo, um cenário mais apertado no mercado de
trabalho urbano pode desmotivar a busca dos jovens por um emprego e fazer com
que tentem a vida de outras formas. Na maioria dos casos, em atividades
ilegais”, disse Corseuil.
Segundo ele, o Brasil não atingiu
patamar preocupante de desocupação entre a população jovem. Ao contrário, o
mercado no Brasil está aquecido, em termos gerais. A taxa de desemprego para os
jovens na América Latina e no Caribe, região na qual se insere o Brasil, ficou
em 13,5% - um pouco acima da média mundial (12,6%), mas abaixo dos países
desenvolvidos (17,9%), como Estados Unidos e Japão; do Oriente Médio (28,1%);
do Norte da África (23,8%) e da Europa Central (17,1%), de acordo com a OIT.
No caso dos jovens em áreas rurais, a escassez de trabalho pode levar à migração para as cidades, em busca de melhores oportunidades. De acordo com Corseuil, a maioria das pessoas no campo ignora quando a situação nas cidades também não está favorável, o que acaba estimulando o êxodo e o inchaço das cidades – com a ampliação das favelas, da pressão sobre a infraestrutura em geral e da precarização dos serviços básicos. Nas cidades, essa população jovem que veio do campo se torna urbana e passar a encontrar os mesmos problemas.
No caso dos jovens em áreas rurais, a escassez de trabalho pode levar à migração para as cidades, em busca de melhores oportunidades. De acordo com Corseuil, a maioria das pessoas no campo ignora quando a situação nas cidades também não está favorável, o que acaba estimulando o êxodo e o inchaço das cidades – com a ampliação das favelas, da pressão sobre a infraestrutura em geral e da precarização dos serviços básicos. Nas cidades, essa população jovem que veio do campo se torna urbana e passar a encontrar os mesmos problemas.
O impacto do desemprego para as
novas gerações ainda pode trazer problemas para o futuro, como a escassez de
mão de obra qualificada. “Quando se passa por momentos de crise, como o atual,
não significa que não se vai precisar de profissionais mais para a frente.
Então, esse jovem que poderia estar trabalhando, adquirindo experiência e se
qualificando vai perder essa fase”, disse o diretor do Ipea.
Há diversos tipos de iniciativas
experimentais para tentar solucionar a questão do desemprego entre a juventude,
segundo Corseuil, como a criação de instrumentos que auxiliem essas pessoas na
procura por emprego, citando como exemplo, o portal Mais Emprego, do Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE) brasileiro. Em alguns países europeus, informou
Corseuil, há iniciativas que vão além, como instituições que entram em contato
com o jovem, analisam seu perfil e tentam combiná-lo com as demandas das
empresas, o que aumenta as chances de colocação no mercado.
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