No
aniversário do Ipea, Ariano Suassuna elogiou iniciativas de disseminação do
conhecimento. “Meti na cabeça que o povo brasileiro tinha me encarregado uma
missão: de defender a cultura brasileira. Quis mostrar, então, que temos uma
arte, uma dança, uma música de qualidade.” Foi assim, mostrando sua admiração
pelo Brasil e seu povo, que Ariano Suassuna presenteou o público na comemoração
dos 47 anos do Ipea, na tarde de 13 de setembro, na sede do Instituto, em
Brasília.
Cerca
de 300 pessoas, entre servidores e colaboradores do Instituto, convidados dos
demais órgãos de governo e da sociedade, compareceram à palestra sobre Cultura
e Desenvolvimento, que teve o patrocínio do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e
foi transmitida ao vivo pelo portal www.ipea.gov.br. Antes, o público assistiu
ao Coral do Ipea que abriu a cerimônia.
O
escritor e membro da Academia Brasileira de Letras disse estar preocupado com a
massificação da cultura. “Essa invasão cultural baseada no gosto médio é a pior
coisa que pode existir. Minha preocupação é antiga. Quando era jovem, e olha
que faz muito tempo, havia um desprezo generalizado pelo Brasil e pelo seu
povo. Os próprios brasileiros tinham esse preconceito contra o que a gente
chama de cultura e arte brasileira.”
Autoridades
que não puderam comparecer aos 47 anos do Instituto mandaram cartas. A
presidenta Dilma Rousseff também enviou mensagem ao Ipea, que foi lida no
início da cerimônia. Em um dos trechos, a presidenta afirma que “o Ipea pensa o
Brasil, tem compromisso com o país e com o povo brasileiro, e suas pesquisas e
análises são referência para o debate das grandes questões nacionais. Os
estudos produzidos por seu corpo técnico não subsidiam somente a formulação de
políticas pelo Governo. Estão à disposição de toda a sociedade brasileira.”
O
presidente do Instituto, Marcio Pochmann, participou da abertura do evento e
destacou o Ipea como a maior instituição de produção do conhecimento para o
desenvolvimento brasileiro.“Não só por auxiliar o poder Executivo, como foi o
objetivo na sua fundação em 1964, mas também por estar conectada ao poder
Legislativo e Judiciário”, afirmou.
Alcance
do Ipea
No
início da cerimônia, a plateia assistiu ao documentário “Rotas do Ipea” que
contava a historia de Danilo Bezerra Vieira, um jovem de 16 anos que montou uma
biblioteca comunitária em sua casa, no município de Almino Afonso, interior do
Rio Grande do Norte. O estudante escreveu ao Ipea pedindo livros e recebeu as
publicações.
Após
o filme, para a surpresa do público, Danilo foi chamado a comparecer ao palco e
defendeu: “O conhecimento deve estar ao alcance de todos, inclusive na
realidade rural. Quem visa a um país desenvolvido tem que começar com a
educação. Eu acredito nisso e o Ipea também. Dei o pontapé com a biblioteca,
porque acredito que essa é minha missão, assim como é do Ipea e de todos nós.”
A ideia do jovem foi elogiada por Suassuna, que apontou a leitura como sua
paixão desde a infância.
Fonte:
http://www.ipea.gov.br/portal/
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