Um
relatório divulgado pelo Banco Mundial (Bird) aponta que políticas voltadas
para o crescimento econômico e para o aumento da renda de um país, , não
reduzem, por si só, as desigualdades de gênero. De acordo com o órgão, uma
maior igualdade entre homens e mulheres pode aumentar a produtividade em até
25%.
Agência
Brasil
O
documento, intitulado Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial de 2012,
destaca que o desenvolvimento tem resolvido alguns problemas em áreas como
educação – nas escolas de ensino médio, as meninas já ultrapassam os meninos em
45 países e há mais jovens do sexo feminino do que do sexo masculino nas
universidades de 60 países.
Outro
destaque trata do aumento da expectativa de vida das mulheres, já que, desde
1980, elas vivem mais do que os homens em todas as partes do mundo. Mesmo nos
países de baixa renda, as mulheres vivem em média 20 anos a mais do que em
1960.
O
Bird ressaltou ainda que mais de 500 milhões de mulheres ingressaram no mercado
de trabalho em todo o mundo nos últimos 30 anos.
Entretanto,
o relatório indicou hiatos que permanecem, mesmo em países ricos, como o
excesso de mortes de meninas e mulheres. Dados indicam que as mulheres têm
maior probabilidade de morrer, em relação aos homens, em países de baixa, média
e alta renda. As mortes são estimadas em cerca de 3,9 milhões a cada ano para
mulheres abaixo dos 60 anos.
O
acesso desigual a oportunidades econômicas também foi citado pelo Bird, que
apontou que as mulheres têm mais probabilidade de ter um trabalho não
remunerado do que os homens, além de maior chance de trabalhar em terrenos
menores e em cultivos menos lucrativos e de dirigir empresas menores e setores
com menos remuneração.
Por
fim, o documento indicou as diferenças de participação entre homens e mulheres
em casa e na sociedade, destacando que, em muitos países, as mulheres têm menor
participação ativa nas decisões e menos controle sobre os recursos da família,
além de participarem menos da política formal e de serem sub-representadas em
escalões superiores.
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