Fonte: Exame
A
crise financeira global está longe de terminar, alertou neste sábado (24) o
membro do conselho do Banco Central Europeu Juergen Stark, ressaltando a ideia
de que baixas taxas de juros e afrouxamento político poderiam resolver os
problemas fundamentais enfrentados por muitos.
Stark,
que inesperadamente anunciou sua renúncia do BCE este mês, disse que o mundo
ainda está em crise profunda.
"A
crise financeira global está longe de terminar", advertiu Stark em
discurso sobre o papel da política monetária.
"É
uma falácia pensar que a política monetária frouxa pode resolver os grandes
problemas estruturais que enfrentamos. Bancos centrais não devem se tornar vítimas
de seu próprio sucesso e não devem se sobrecarregar".
Stark
citou razões pessoais para a decisão de sair do BCE, embora fontes afirmem que
ele foi motivado principalmente pela oposição ao programa controverso da
instituição de compra de bônus.
Ele
destacou as pesadas dívidas que sobrecarregam as principais economias
desenvolvidas somadas a problemas estruturais e preocupações quanto ao
crescimento, mas passou boa parte do discurso pedindo que os bancos centrais
adotem posição firme contra a interferência política.
"Para
que a política monetária seja eficaz, as suas responsabilidades devem
permanecer dentro de limites claros".
Os
comentários foram feitos horas após o secretário do Tesouro dos Estados Unidos,
Timothy Geithner, exigir que os governos europeus eliminem a ameaça de uma
crise financeira catastrófica em parceria com o BCE, aumentando a capacidade de
resgate da zona do euro.
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