Débora
Zampier
da Agência Brasil
O
Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) denunciou o bispo Edir Macedo
e três pessoas ligadas à Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) por evasão de
divisas e lavagem de dinheiro, entre outros crimes. A Justiça Estadual de São
Paulo já tinha aceitado denúncia contra o fundador e líder da igreja
neopentecostal em 2009, mas o processo foi encaminhado à Justiça Federal devido
à natureza dos crimes.
A
nova denúncia do MPF usa elementos da acusação do Ministério Público paulista e
inclui informações novas, como a participação de doleiros no esquema criminoso.
Outra diferença entre as denúncias é a redução do número de acusados, de dez
para quatro. De acordo com a assessoria do MPF-SP, os seis suspeitos que
ficaram fora da acusação do MPF continuam sendo investigados pela Polícia
Federal.
Além
de Edir Macedo, foram denunciados o ex-deputado federal João Batista Ramos da
Silva (que foi detido com R$ 10 milhões no Aeroporto de Brasília, em 2005), o
bispo da Iurd Paulo Roberto Gomes da Conceição e a diretora financeira Alba
Maria Silva da Costa. Eles responderão por lavagem de dinheiro, estelionato,
falsidade ideológica, evasão de dividas e formação de quadrilha.
De
acordo com o procurador Sílvio de Oliveira, o grupo cometia estelionato contra
os fiéis da Iurd, oferecendo “falsas promessas e ameaças de que o socorro
espiritual e econômico somente alcançaria aqueles que se sacrificassem
economicamente pela igreja”.
O
procurador só denuncia crimes ocorridos entre 1999 e 2005, uma vez que foi só
em 1998 que o crime de lavagem de dinheiro passou a integrar o ordenamento
jurídico brasileiro. No entanto, ele cita vários episódios anteriores a esse
período para explicar a estruturação do grupo e como o esquema foi montado.
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