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Vermelho com agências
A
conclusão é da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que apresentou
relatório a respeito nesta segunda (12) durante o 19º Congresso sobre Segurança
e Saúde no Trabalho, na Turquia. É a maior reunião de especialistas
sobre o tema e tem o objetivo de fortalecer o compromisso
global com a segurança e saúde no trabalho em meio aos desafios
gerados pela incerteza econômica pela qual passa o mundo.
O
encontro, que foi inaugurado neste domingo (11), durará cinco
dias e reunirá mais de três mil autoridades, especialistas, dirigentes da
indústria e sindicalistas provenientes de mais de 100 países em Istambul, a
maior cidade da Turquia.
A
conferência pretende incorporar avanços ao que foi estabelecido
na Declaração de Seul sobre Segurança e Saúde do Trabalho, adotada em junho de
2008 pouco antes do início da crise financeira mundial.
A
Declaração de Seul tem como compromisso, assumido por seus
signatários, "tomar a iniciativa de promover uma cultura em matéria de
segurança e saúde e priorizar as agendas nacionais sobre o tema.
Censo e origem das mortes
ligadas a trabalho
Mais
de 321 mil trabalhadores em todo o mundo morreram em 2008 vítimas de acidente
de trabalho e mais de 2 milhões, por doenças adquiridas no trabalho. Os dados
fazem parte de um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT),
apresentado nesta segunda (12), durante o 19º Congresso sobre Segurança e Saúde
no Trabalho.
Segundo
o relatório, de 2003 a 2008, o número de mortes por acidentes de trabalho ficou
menor em 37 mil. Já o número de pessoas que adquiriram doenças que as levou à
morte aumentou em 70 mil
O
estudo mostra que, no período analisado, houve uma média de 6.300 mortes
diárias relacionadas ao trabalho, cerca de 317 milhões de trabalhadores foram
feridos em acidentes de trabalho por ano e houve uma média de 850 mil lesões
diárias, que significaram quatro ou mais dias de faltas ao trabalho.
A
maior parte dos acidentes de trabalho aconteceu na agricultura, setor em que
10,2 trabalhadores, a cada 100 mil, sofreram algum tipo de acidente. O segundo
setor nas estatísticas foi o da indústria, com 4,3 trabalhadores acidentados, e
o terceiro, o de serviços, com 1,6 acidentados a cada 100 mil trabalhadores.
Medidas
preventivas crescem
O
relatório revela ainda que fatores psicológicos, como tensão, assédio e
violência no trabalho têm impacto sobre a saúde dos trabalhadores e diz que
esses fatores tendem a ser mais significativos à medida em que o trabalho se
torna mais precário para alguns trabalhadores.
O
documento mostra que houve, nas últimas décadas, progressos na segurança e
saúde no trabalho, o que se deve ao fato de muitos países terem percebido a
necessidade de prevenir acidentes e deficiências na saúde no trabalho. Há
também uma consciência cada vez maior dos graves problemas que trazem condições
inseguras e insalubres no local de trabalho e de seus efeitos negativos sobre a
produtividade, o emprego e a economia.
O
congresso é organizado pela OIT e a Associação Internacional de Seguridade
Social (AISS), em colaboração com o Ministério do Trabalho e Seguridade Social
da Turquia, país que sediará, em 2014, a próxima reunião sobre o tema.
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