Luana
Lourenço
da Agência Brasil
De
maio até o começo de setembro, o governo recolheu 22,2 mil armas de fogo em
todo o país, de acordo com balanço da Campanha Nacional do Desarmamento divulgado
nessa segunda-feira (12) pelo Ministério da Justiça. Os revólveres são a maior
parte das armas entregues: 10.828. Também foram recolhidas mais 8 mil outras
armas de pequeno porte e 3.734 de grande porte, como espingardas, carabinas,
rifles, metralhadoras, submetralhadoras e fuzis.
O
número de armas recolhidas em quatro meses de campanha é 20 vezes maior que o
total apreendido pela Polícia Federal de janeiro a abril deste ano, antes do
lançamento da iniciativa de entrega anônima e remunerada de armas e munições.
O
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que o número de armas
recebidas em quatro meses de campanha é satisfatório, mas não definiu metas de
recolhimento até o fim da mobilização, em dezembro. “Queremos recolher o maior
número possível, quanto mais, melhor. Além desse resultado, de outro lado, a
campanha tem o elemento pedagógico, no que diz respeito ao combate da cultura
da violência.”
São
Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco e Minas Gerais lideram a
lista de armas recolhidas na campanha. Vinte e um estados aderiram à
mobilização para ampliação do número de postos de coleta de armas.
O
secretário executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, disse que a
Campanha do Desarmamento se consolidou com uma política efetiva de segurança
pública. “É uma campanha que vem se caracterizando pelo anonimato, pelo
pagamento mais rápido das indenizações e pela destruição imediata das armas,
para que possamos dar certeza de que elas não vão voltar às ruas, para a
criminalidade.”
Desde
a primeira campanha pelo desarmamento, em 2004/2005, mais de 570 mil armas
foram retiradas de circulação e destruídas, segundo Barreto. “Onde são feitas
mais devolução, há maior redução de homicídios e da criminalidade.”
Lançada
no dia 6 de maio, a Campanha Nacional do Desarmamento - Tire uma Arma do Brasil
entrou hoje (12) em uma segunda fase, com novas peças publicitárias para
estimular a entrega voluntária de armas e munições. Cada arma entregue dá
direito a indenização de R$ 100, R$ 200 ou R$ 300.
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