Conectados,
acessando sites ou lendo jornais na internet, os usuários materializam suas
vidas nas redes socias, afinal o mundo inteiro caminha para um processo
completo de indexação e compartilhamento de informação.
Portal
Vermelho*
Para
criar uma identidade digital na internet, nada melhor do que vincular ideias e
conceitos sobre si mesmos nas próprias redes pessoais. Sendo assim, é possível
traçar um perfil do que somos ou pelo menos pretendemos ser apenas a partir de
um olhar mais atento nas redes sociais. Basta verificar o perfil de usuário no
Twitter, Facebook, Orkut, YouTube, Tumblr ou qualquer outra rede existente.
Pensando
nisso, as plataformas sociais fizeram questão de transpor para o universo
digital essas estruturas de configuração pessoal - que antes eram exclusivas do
mundo offline – no Google, os "circles‟, no Facebook, a nova timeline, uma linha da vida
de cada usuário.
Identidade
2.0, digital, virtual ou online, como queriam definir, é construída através das
manifestações pessoais e passa pela representação do outro perante a sociedade.
Talvez ela seja a moeda mais importante do século 21. Como definiu o economista
Thomas Hobess, há cinco séculos, “o bem maior depois da vida é a imagem
pública”.
Mas,
além da criação de um perfil ou um personagem, as redes também permitem a
publicação de conteúdo relevante para os usuários. É nesse contexto de
liberdade criativa para edição de material destinado a centenas de pessoas que
o botão “curtir” ganha ainda mais significado.
Isso
porque existiam duas formas de interação com o conteúdo virtual: a publicação e
a replicação. Os dois principais personagens eram os produtores de conteúdo,
num passado nada distante, e os internautas comuns que reproduziam scraps e
auxiliavam em sua propagação. Nesse contexto, a interface de contato era apenas
o “Publicar” ou “Comentar”. Verificamos que a consequência do ato “Publicar” é
o excesso de conteúdo. Surge então uma nova urgência, a de qualificar e
verificar o que realmente é importante.
“Aos
poucos o curtir ganha uma nova funcionalidade, talvez mais importante que a
original. Gostar do conteúdo agora também significa compartilhar, recomendar
para seus amigos. É nesse momento que curtir e publicar passa a ter o mesmo
sentido e ‘ser curtido’ se torna um grande objetivo” observa Elizangela
Grigoletti, gerente de inteligência e marketing da MITI Inteligência.
Usuários
mobilizam com criatividade
Ações
promovidas pelos próprios usuários tendem a ter grande adesão por parte dos
internautas, como é caso, por exemplo, da Marcha das Vadias, que tem sido
realizada em todo o mundo e promovida pelo Facebook. Outro exemplo é a página
que foi criada por um pai que quer dar o nome de seu filho Jaspion. Segundo
ele, se houver um milhão de “curtir”, a esposa dele aceita. Ele já conseguiu
mais de 350 mil cliques.
Nos
EUA, a página ‘minha irmã disse que se eu conseguir um milhão de fãs ela dá o
nome de seu filho de Megatron’ conseguiu atingir a marca em apenas 13 dias.
Chegou a mais de um milhão e meio de fãs, mas a irmã não cumpriu a promessa.
Estrelas
do “curtir”
Diversos
eventos fakes são grandes sucessos no Facebook. É o caso do The Large Evento on
Facebook, em que mais de seis milhões de pessoas confirmaram presença, ou Fim
do Mundo – Eu Vou, com quase 200 mil confirmações. “Felizmente, a rede social
também tem sido usada para incentivar o engajamento dos usuários em
manifestações contra corrupção e também para promoção de causas sociais e
ambientais”, lembra Elizangela.
Entre
as marcas brasileiras, destacam-se Guaraná Antártica e L’Óreal Paris, com mais
de um milhão de fãs cada. Peixe Urbano e Nike Futebol também seguem com sucesso
no ranking das páginas brasileiras mais curtidas. No fechamento desse estudo,
no início de novembro, essas páginas tinham respectivamente: 1.722.506,
1.459.516, 941.151 e 502.336 fãs.
Fontes:
reportagem da ProXXima adicionada com informações do estudo da MITI
Inteligência
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