Agência
Brasil
A
Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 registrou 530.542 ligações até
outubro deste ano. Ao todo, foram contabilizados 58.512 relatos de violência –
35.891 de violência física; 14.015 de violência psicológica; 6.369 de violência
moral; 959 de violência patrimonial; 1.014 de violência sexual; 264 de cárcere
privado; e 31 de tráfico de mulheres.
Um
dos dados que mais chama a atenção, de acordo com a Secretaria de Políticas para
as Mulheres, é o que mostra que a violência moral e a violência psicológica,
juntas, representam 34,9% do total de ligações.
O
balanço revela ainda que a maior parte das mulheres que entrou em contato com o
Ligue 180 e que é vítima de violência tem entre 20 e 40 anos, ensino
fundamental completo ou incompleto e convive com o agressor há pelo menos dez
anos. Ao todo, 82% das denúncias são feitas pela própria vítima.
Ainda
segundo o levantamento, 44% das mulheres que entraram em contato com o serviço
declararam não depender financeiramente do agressor e 74% dos crimes são
cometidos por homens com quem as vítimas têm vínculos afetivos/sexuais
(companheiro, cônjuge ou namorado).
Em
números absolutos, o estado de São Paulo lidera o ranking nacional com 77.189 atendimentos,
seguido pela Bahia (53.850) e pelo Rio de Janeiro (44.345).
Quando
considerada a quantidade de atendimentos relativa à população feminina por
estado, o Distrito Federal aparece em primeiro lugar, com 792,6 atendimentos
para cada 100 mil mulheres, seguido pelo Pará (767,3) e pela Bahia (754,4).
Entre
abril de 2006 e outubro deste ano, o Ligue 180 registrou 2.188.836
atendimentos. Desde janeiro de 2007, quando o sistema foi adaptado para receber
demandas sobre a Lei Maria da Penha, a busca por esse tipo de serviço totalizou
438.587 ligações.
De
acordo com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, a Central de Atendimento
à Mulher é um serviço de utilidade pública de emergência, gratuito e
confidencial, que funciona 24 horas todos os dias da semana – inclusive finais
de semana e feriados.
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