Início
da paralisação foi adiado para depois do dia 22
O
Globo
Quatro
sindicados de trabalhadores do setor de petróleo e gás rejeitaram parcialmente
a proposta de reajuste salarial apresentada pela Petrobras, em assembleias
realizadas, nesta terça-feira, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP),
que congrega 13 sindicatos. De acordo com o coordenador-geral da FUP, João Antônio
de Moraes, decidiram pela rejeição da proposta de reajuste de 10,71%
assembleias realizadas nos sindicatos do Rio Grande do Sul, do Rio Grande do
Norte, do Amazonas e de Minas Gerais. As reuniões locais seguem ao longo da
semana, sobretudo nesta quarta e quinta-feira, pois cada sindicato organiza
mais de um encontro, para contemplar trabalhadores de todos os turnos. A ameaça
de greve está mantida, mas o calendário inicial foi adiado.
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Nosso calendário previa a paralisação a partir desta quarta-feira. Com a
apresentação da proposta pela empresa (na última segunda-feira), ficou mais
para a frente. Não podemos iniciar a greve sem apreciar a oferta - explica
Moraes, que acredita na rejeição da proposta pela maioria dos sindicatos.
Até
amanhã, a FUP deverá ter "um quadro consolidado" sobre o resultado
das reuniões, completa Moraes. Na próxima terça-feira, dia 22, o Conselho
Deliberativo da federação voltará a reunir-se para avaliar os resultados das
assembleias. Segundo Moraes, a tendência é que os primeiros resultados
influenciem as próximas deliberações. Com a rejeição da proposta da Petrobras,
a reunião do dia 22 definirá a nova data da greve.
Até
a reunião do Conselho Deliberativo, segue a Operação Gabrielli, como os
sindicalistas estão chamando operações-padrão e as paralisações de surpresa nas
refinarias e plataformas. O nome da ação é uma referência ao presidente da
Petrobras, José Sergio Gabrielli.
Os
10,71% de reajuste oferecidos representam ganho real (acima de inflação) de
2,5% a 3,25%. Os petroleiros reivindicam 10% de aumento real, mas, de acordo
com o coordenador da FUP, o principal ponto de discordância está relacionado a
questões referente à saúde e segurança.
Os
sindicatos reivindicam maior participação na gestão das políticas de segurança
e saúde da Petrobras. Segundo Moraes, a empresa deveria viabilizar o transporte
de representantes dos sindicatos para reuniões de Comissões Internas de Prevenção
de Acidentes (Cipas) nas plataformas e, atualmente, os trabalhadores só
participam de apurações sobre acidentes em caso de morte. Propostas de mudanças
nesses pontos não teriam sido contempladas pela empresa.
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