O
servidor público que recebe pagamento em conta-salário poderá, a partir de hoje
(2), pedir a transferência automática do dinheiro para o banco que escolher.
Esses trabalhadores foram os últimos a ter acesso ao benefício, uma vez que os da iniciativa privada
têm esse direito desde 2009.
Agência
Brasil
Com
o prazo maior para a entrada em vigor do benefício ao funcionalismo público, os
estados e municípios puderam oferecer por mais tempo o atrativo dos pagamentos
aos servidores na hora de leiloar as folhas às instituições financeiras.
De
acordo com as regras estabelecidas pelo governo, para transferir o salário para
outra conta diferente da aberta pelo empregador, é preciso que a indicação seja
feita por escrito à instituição financeira. O banco é obrigado a aceitar a
ordem no prazo de até cinco dias úteis e os recursos devem ser
transferidos para o banco escolhido pelo empregado no mesmo dia do
crédito do salário, até as 12h.
A
conta-salário é diferente da conta-corrente por ser destinada ao pagamento de
salários, aposentadorias e pensões e por se tratar de um contrato firmado entre
a instituição financeira e a empresa empregadora e não entre o banco e o
empregado. Na conta-salário, o cliente não tem direito a talão de cheques e não
pode receber outros depósitos além do salário. No site do Banco
Central (BC), há uma série de
perguntas e respostas sobre a conta-salário.
A
instituição que processa o maior número de folhas de pagamento de servidores
públicos no país é o Banco do Brasil (BB). Segundo o diretor de Clientes Pessoa
Física do BB, Sérgio Nazaré, são 1,516 milhão de servidores federais, o
que representa 71% dos pagamentos a esses trabalhadores. No caso dos servidores
estaduais, são 3,104 milhões (59%), e dos municipais, o número chega a 2,058
milhões (27%).
De
acordo com o Ministério do Planejamento, os servidores públicos federais sempre
puderam escolher o banco onde querem receber o salário. A maior concentração de
pagamentos está no BB, com 76,41% - cerca de R$ 4,9 bilhões - do total de
pagamentos a servidores ativos e aposentados feitos em outubro deste ano. Em
seguida vêm a Caixa, com 12,65% (R$ 825 milhões), o Banco de Brasília (BRB) –
4,01% ou R$ 261,5 milhões), o Itaú (2,79% - R$ 182,3 milhões) e o Bradesco
(1,31% - R$ 85,8 milhões). Além dessas cinco, outras instituições financeiras
também fazem os pagamentos mas, segundo o ministério, formam um percentual
pequeno na preferência dos servidores.
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