Por Carlos
Roberto de Miranda Gomes, escritor e advogado
Manoel
Onofre Jr. é um dos intelectuais mais prolíferos da terra potiguar. As suas
obras são apreciadas pela simplicidade com que escreve e pela temática que
desenvolve, sendo pois merecedor das nossas mais efusivas congratulações.
Foi
merecedor de uma biobibliografia publicada por outro notável intelectual,
campeão de modéstia, que é Francisco Fernandes Marinho.
Possuidor
de um caráter retilíneo, tornou-se uma figura admirada pelos seus colegas e
amigos, com especial destaque para a convivência na Confraria da Livraria
Câmara Cascudo, onde é ressaltada a sua sobriedade.
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Manoel Onofre |
Não
bastasse todo o sucesso dos seus escritos, Manoel Onofre teve o seu livro
"Chão dos Simples" transformado em peça, numa adaptqação de outro
expoente da cultura nordestina, que já nos deixou - Lenício Queiroga.
Nascido
em Natal em 1951, Lenício Queiroga era artista por vocação, estreando nas artes
cênicas em 1971. Formado em História pela UFRN e em Artes Cênicas pela Escola
Superior de Teatro da Universidade do Rio de Janeiro, onde morou por muitos
anos,trabalhou em diversos órgãos e setores ligados a educação, entre os quais
a TV Universitária. Era também formado Lá deu um salto importante para a
carreira nacional.
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Lenício Queiroga |
Teve
a oportunidade de participar e coordenar diversos festivais e premiações
nacionais, tais como “Troféu Mambembe”, “Concurso Nacional de Dramaturgia” e
“Prêmio Estímulo de Teatro”. Recebeu 12 prêmios nacionais por sua atuação na
peça “Apareceu a Margarida”.
Participou
de um programa Memória Viva, da T V Universitária, gravada em setembro de 2006.
O ator, diretor, professor e crítico de teatro norte-rio-grandense, morreu no
mês de fevereiro (21), no período do carnaval de 2009, com a idade de 58 anos.
Estimado
pelos amigos, o dramaturgo era considerado bom ator, bom diretor, bom
companheiro, como em entrevista disse Racine Santos: “Educado, gentil, sem pose
de astro, que é o que mais sobra nos meios artísticos desta shakesperiana
cidade de Natal. Seu último trabalho, muito elogiado, foi dirigir o Auto do
Natal, promovido pela Prefeitura em 2006, baseado num texto do poeta Nei
Leandro de Castro, "O Menino e os Reis".
Teve
participação destacada no filme “Boi de Prata”, filme nordestino por excelência,
com a idéia e o argumento nascidos no Rio Grande do Norte, bem como os
recursos financeiros, obtidos por meio de um convênio entre a Embrafilme e o
Governo estadual. Metade da equipe e do elenco é de pessoas da Região. Mas o
que o realizador, Augusto Ribeiro Jr. ressalta como fundamental são o tema e
sua abordagem, que procuram integrar a vivência e a ótica regional dos
participantes da produção.
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