EFE
Um grupo de sete profissionais da imprensa lançou no Chile
o primeiro jornal online integrado unicamente por mulheres, cujo o objetivo é
ressoar a voz feminina em um ambiente social e midiático predominantemente
formado por homens. "Queremos fazer parte do debate nacional. Não é
que seja um jornal para mulheres, mas é um diário feito por mulheres, sendo que
todas as nossas fontes também são mulheres", relatou nesta segunda-feira
(23) à Agência Efe, Kena Lorenzini, diretora do "lamansaguman.cl".
O jornal Lamansaguman, que brinca com a expressão chilena
"mansa" (tremenda) e a pronúncia da palavra "woman" (mulher,
em inglês), iniciou sua caminhada no último dia 5 de julho e se apresenta como
"a voz política das histéricas, santas, bruxas, loucas, putas e de todas
as mulheres". Segundo Kena, esta iniciativa surgiu após alguns encontros
jornalísticos, onde as mulheres se reuniam para discutir sobre o feminismo de
esquerda.
A partir deste primeiro passo, as mulheres decidiram dar
visibilidade para essas conversas por meio de um jornal próprio. Apesar dessa
marcada linha editorial, Kena, que é fotógrafa de profissão, assegura que
"há mulheres de direita que se sentem identificadas com o projeto porque a
maioria dos temas abordados é transversal".
As sete integrantes do jornal possuem outros trabalhos e
dedicam o tempo livre à publicação, que não conta com nenhum investimento e nem
publicidade. Além das mulheres, outros representantes da sociedade e da cultura
chilena também colaboram por iniciativa própria com o Lamansaguman, que traz
informações e também seções de humor, erotismo e contos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário