Um modelo de crescimento que passe por estimular o
consumo está esgotado. Em vez disso, o governo deveria apostar em investimentos
públicos — que, por sua vez, daria novo fôlego à economia brasileira. É o que
defende Roberto Messemberg, coordenador do Grupo de Análise e Previsões do
Ipea, que divulgou ontem o Boletim de Conjuntura em Foco da instituição. Para
ele, não há mais demanda forte o suficiente para dar conta dos estímulos dados
a vários setores.
Fabiana Ribeiro, O Globo
O consumo perde o fôlego ainda porque as famílias estão
com elevados nível de endividamento e inadimplência. Dados do Ipea apontam que
o comprometimento de renda mensal das famílias com o serviço das dívidas (com
ajuste sazonal) também apresenta tendência de alta no último ano. Em abril do
ano passado, o serviço das dívidas representava 19,8% da renda mensal e passou
para mais de 22,1% da renda mensal em abril de 2012.
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