Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) autoriza a partir de sexta-feira (27) a venda de medicamentos isentos
de receita médica em gôndolas de farmácias e drogarias de todo o país, ficando
ao alcance direto do consumidor. A medida foi publicada no Diário Oficial da União.
Agência Brasil
De acordo com a resolução, os remédios de venda livre
devem ficar em área separada da de produtos como cosméticos e dietéticos e
devem ser organizados por princípio ativo para permitir a fácil identificação
pelos consumidores.
O texto também exige que, na área destinada aos remédios
de venda livre, sejam fixados cartazes com a seguinte orientação: “Medicamentos
podem causar efeitos indesejados. Evite a automedicação: informe-se com o
farmacêutico.”
Até então, uma resolução da Anvisa, publicada em 2009,
obrigava a venda dos remédios isentos de prescrição médica atrás do balcão do
farmacêutico. Por meio de nota, o órgão informou que a determinação foi
amplamente questionada pelo setor e rendeu cerca de 70 processos judiciais. Nos
últimos meses, 11 estados criaram leis estaduais e reverteram a proibição da
venda nas gôndolas.
Um estudo,
segundo a agência, demonstrou que a decisão de posicionar os remédios de venda
livre atrás do balcão não contribuiu para reduzir o número de intoxicações no
Brasil. O relatório apontou também uma maior concentração de mercado, que
evidencia a prática da “empurroterapia” e prejuízo ao direito de escolha do
consumidor.
Em abril deste ano, o tema foi submetido a uma consulta
pública, que ficou aberta por um período de 30 dias. A maioria das
contribuições, segundo a Anvisa, apontava para reverter a proibição. A agência
reguladora promoveu também uma audiência pública sobre o assunto.
“A partir das evidências de que a resolução, no que diz
respeito ao posicionamento dos medicamentos isentos de prescrição, não trouxe
benefícios ao consumidor, a diretoria colegiada da Anvisa decidiu alterar a
norma e permitir que os medicamentos de venda livre sejam posicionados ao
alcance do consumidor nas gôndolas das farmácias e drogarias do país”,
concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário