Se o genial autor da precursora e moderna literatura de
ficção científica Júlio Verne, cujos livros nos fizeram viajar no tempo e
imaginar o futuro, estivesse vivo, 2030 seria previsível. Mas podemos afirmar,
que apesar dos avanços da tecnologia e do conhecimento humano e da importante
inclusão das classes mais baixas no mercado de trabalho e de consumo, há
oportuna conscientização e preocupação sobre os fracassos do atual modelo de
desenvolvimento mundial baseado na ganância capitalista e destruição dos
recursos naturais.
Ranulfo Bocayuva
A escassez de alimentos, pobreza, miséria, escravidão
humana, tráfico de drogas e seres vivos, conflitos étnicos, massacres,
ciberterrorismo, criminalidade, proliferação de doenças e poluição são
consequências flagrantes. Governos e instituições estão perdendo controle em
face de diversas realidades.
Estima-se que 27 milhões de pessoas estejam submetidas a
regime de escravidão, sobretudo na África e Ásia, em pleno século XXI, uma
realidade intolerável, mas que não é devidamente combatida. Falam por si as
trágicas imagens da fotógrafa Lisa Kristine, que documentou durante dois anos o
trabalho escravo em minas no Nepal e Gana.
Para permitir a escolha de estratégias a longo prazo de
forma a apoiar os próximos ciclos de governança na Europa, onde a crise do euro
se intensifica levando as massas ao desemprego e à insegurança social e
política, especialistas estudaram as tendências globais para 2030. “Cidadãos
num mundo interconectado e policêntrico” traz conclusões interessantes, mas
desafiadoras para todos os governos e não somente europeus.
As tendências do estudo europeu apontam para um mundo mais
convergente. Ligada pelas revoluções da informação e conhecimento, a comunidade
mundial realçará o poder dos cidadãos mas a ineficiência dos governos em
fornecer serviços adequados pode gerar tensões e revoltas.
Leia a íntegra em Cidadãos viverão em mundo policêntrico e interconectado
Ranulfo Bocayuva é jornalista
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