O número de homens jovens que nem
trabalham nem estudam está aumentando no país, enquanto ocorre o inverso entre
mulheres da mesma idade. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea). De 2000 a 2010, o número de homens jovens que não trabalhavam
nem estudavam aumentou em 1,107 milhão.
Fonte Folha de S. Paulo
O Ipea também informou que informalidade cai menos do que antes.
Já o número de mulheres na mesma situação caiu 398 mil, segundo Ana Amélia Camargo, técnica de planejamento e pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea.
Ela levou em consideração a
definição de população jovem entre 15 e 29 anos, de acordo com a Secretaria
Nacional da Juventude.
"Mudou o perfil dos "nem-nem" [como é chamado o grupo]. Isso tem a ver com a maior participação da mulher no mercado de trabalho e com a mudança de papéis."
Em 2000, as solteiras eram 22,6%
do total de jovens e hoje são 30,5%, enquanto as casadas caíram de 71,3% para
69,9%. Já os homens solteiros eram 80,9% em 2000 e 75,9% em 2010. Os casados
subiram de 13,4% para 16% no mesmo período.
Segundo Ana, as mulheres ainda são maioria entre os jovens "nem-nem", porém menos que no passado.
Segundo Ana, as mulheres ainda são maioria entre os jovens "nem-nem", porém menos que no passado.
Em 2000, 6,4 milhões de jovens
mulheres estavam nessa categoria, e hoje são 6 milhões. Já os homens jovens
"nem-nem" passaram de 1,8 milhão para 2,9 milhões.
"A maioria ainda é formada por mulheres que casaram e já tiveram filhos", afirmou.
"A maioria ainda é formada por mulheres que casaram e já tiveram filhos", afirmou.
Levando em conta dados da Pnad
(Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2001 a 2011, no universo dos
jovens que não trabalham nem estudam, as mulheres apresentavam escolaridade
média de 8,03 anos em 2011, ante 6,01 anos em 2000, enquanto os homens
registravam 6,95 anos de estudo em 2011 e 5,33 em 2000.
Os homens jovens que estudam e trabalham registravam escolaridade de 8,76 anos (2000) e 9,87 (2011) e as mulheres de 9,81 e 10,94.
Os homens jovens que estudam e trabalham registravam escolaridade de 8,76 anos (2000) e 9,87 (2011) e as mulheres de 9,81 e 10,94.
O estudo apontou ainda que a
maioria dos jovens que não estudam e não trabalham é apoiada pela família e
mora em domicílios de baixa renda, nos quais o chefe da família tem idade média
de 40 anos e baixa escolaridade.
No caso dos homens, a maioria dos
"nem-nem" é formada por filhos. No das mulheres, cônjuges.
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