O
coordenador da Campanha Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, vinculado ao
Ministério Público do Trabalho, frei Xavier Plassat, estima que, no país, haja
de 20 a 50 mil pessoas exercendo atividades em condições análogas à escravidão.
Fonte:
Rede Brasil Atual
"Na
verdade, libertar escravos não basta para acabar com o problema, mas o Brasil
está mostrando uma boa capacidade em atacar a questão, por meio de um grupo
móvel de fiscalização bem eficiente. Mas [infelizmente, o governo] não consegue
apurar todas as denúncias porque o território é muito grande", disse
Xavier. As declarações foram dadas durante debate no programa Revista Brasil,
da Rádio Nacional, na última sexta-feira (27), véspera do Dia de Combate ao
Trabalho Escravo.
Xavier
acrescentou ainda que entre as agravantes do problema estão a pobreza e a
miséria. No Brasil, muitas famílias ainda vivem nessa situação, lembrou o frei.
"Sem condições ideais de trabalho, as pessoas se submetem à exploração."
"[Essas
pessoas] tiveram apenas os direitos básicos assegurados. Na hora de pegar um
serviço, pegam qualquer um. Para essas pessoas isso é melhor que nada. [Mas]
acabam sendo levadas para uma situação de impunidade, [movida pela] ganância e
miséria. Temos aí um conjunto que precisa ser atacado, se não a gente não
resolve o problema", disse Xavier.
O
coordenador nacional da Frente Parlamentar Mista de Erradicação do Trabalho
Escravo, o deputado Domingos Dutra (PT- MA), defendeu a aprovação imediata da
Proposta de Emenda Constitucional 438/2001, conhecida como PEC do Trabalho
Escravo, determinando que a área onde for flagrado trabalho escravo seja
desapropriada para fins de reforma agrária.
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