Agência
Brasil
Apenas
4% dos entrevistados disseram acreditar na necessidade de o governo aumentar
impostos para obter mais recursos para o setor. A pesquisa mostra que 96% da
população já utilizou algum serviço público ou privado, durante toda a sua
vida.
Em
uma escala de 0 a 10 pontos, os hospitais públicos receberam dos entrevistados
nota média de 5,7 e os privados, 8,1. A demora no atendimento aos pacientes foi
citada por 55% dos entrevistados como o principal problema do sistema público
de saúde; 61% já utilizaram algum serviço de saúde nos últimos 12 meses, sendo
que 79% dos atendimentos foi ambulatorial. As mulheres utilizaram os serviços
de saúde em maior número (68%) nos últimos 12 meses. Dos homens entrevistados,
53% disseram ter precisado de atendimento nesse período. Do total de pessoas
ouvidas, 79% utilizaram o serviço de saúde na rede pública nos últimos 12
meses.
O
aumento no número de médicos foi apontado por 57% da população como uma das
medidas que devem ser tomadas para melhorar o serviço médico na rede pública.
Para 71% dos entrevistados, as políticas preventivas de saúde são mais
importantes que a construção de hospitais. A privatização da saúde, com a
transferência da gestão dos hospitais públicos para o setor privado, foi
apontada por 63% das pessoas ouvidas como medida que melhoraria o atendimento
dos pacientes.
Um
dos itens que surpreenderam os pesquisadores, segundo o gerente Executivo de
Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, foi a concordância de 84% dos entrevistados
de que a venda de medicamentos só deve ser permitida com a apresentação e
retenção de receita. Segundo ele, é comum entre os brasileiros procurar o
farmacêutico para pedir remédio em vez de ir ao médico.
Os
medicamentos genéricos foram apontados por 82% da população como tão bons
quanto os de marca e 80% dos entrevistados concordaram, total ou parcialmente,
que o parto normal é melhor do que a cesariana.
As
pessoas de maior renda familiar ou de maior grau de instrução fizeram avaliação
mais negativa sobre a qualidade da saúde pública no Brasil, com ênfase nos
municípios com mais de 100 mil habitantes ou nas capitais. As mulheres dão
opinião mais negativa sobre o sistema de sua cidade, com 55% das opiniões para
ruim ou péssimo, número que entre os homens cai para 51%.
O
Ibope ouviu 2002 pessoas em 141 municípios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário