Quarenta
e sete índios morreram assassinados no Brasil no ano passado, segundo
levantamento divulgado nesta terça-feira pelo Conselho Indigenista Missionário
(Cimi) e o Mato Grosso do Sul segue com o maior número de mortes violentas de
indígenas no país.
Cleide
de Carvalho, O Globo
Foram
27 assassinatos no estado - 25 vítimas do povo Guarani Kaiowá e dois do povo
Terena. Entre os casos relacionados está a morte da estudante indígena Lucivone
Pires, de 28 anos, queimada durante ataque a um ônibus escolar ocorrido em 3 de
junho no município de Miranda, a 203 quilômetros de Campo Grande.
Trinta
estudantes estavam no veículo. O levantamento não inclui ainda o caso do índio
Nisio Gomes, desaparecido durante ataque ocorrido em 18 de novembro no
acampamento Tekoha Guaiviry, em Aral Moreira, a 18 km da fronteira com o
Paraguai.
Gomes
é considerado desaparecido, mas índios da comunidade afirmam que viram quando
ele foi baleado e colocado numa caminhonete pelos agressores. A investigação
está a cargo da Polícia Federal e seis pessoas devem ser indiciadas pelo crime,
entre elas um proprietários de terras na região.
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As circunstancias das mortes são as mais variadas, mas estão relacionadas à
vulnerabilidade dos indígenas por conta da questão da terra - explica Flávio
Machado, coordenador do Cimi no Mato Grosso do Sul.
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