O Instituto Brasileiro de Estudo e
Defesa das Relações de Consumo (Ibedec) recomenda cautela com o custo das
transações durante as compras de Natal. Segundo o presidente do órgão, Geraldo
Tardin, o consumidor não deve se deixar levar pelo comodismo e aceitar o
financiamento das lojas de qualquer forma. De acordo com Geraldo Tardin, é
importante entender que muitas dessas lojas estão vinculadas a um agente
financeiro, e por isso oferecem crédito com mais facilidade, mas que muitas
vezes não são os mais baratos.
Agência Brasil
A sugestão é fazer um levantamento
de preços e verificar se um empréstimo bancário não é mais vantajoso. Com o
dinheiro tomado da instituição financeira de confiança, o consumidor poderá
obter vantagens se comprar à vista, obtendo um desconto. Depois, paga-se em
parcelas mais suaves ao banco, recomenda.
Outra dica é pedir à financeira da
loja o Custo Efetivo Total anual (CET) do financiamento para comparar com o
indicador de outras financeiras. “Não adianta o agente financeiro falar que a
taxa é de 0,99%. Às vezes, quem está pagando 1,05% está pagando menos, pois
esse financiamento não tem tantos encargos financeiros como o outro que cobra
0,99% apenas como chamariz”, alerta.
Além disso, lembra o Tardin, é
muito comum os lojistas agregarem ao valor da compra um seguro, chamado de
garantia estendida. Na verdade, não é proibido ao vendedor oferecer esse tipo
de garantia, mas é obrigatório informar ao consumidor que esse serviço está
embutido no preço
“Outro dia, fui comprar uma tv e
ao chegar no caixa verifiquei que existiam dois boletos, sendo que um era o tal
seguro, que custava quase 22% do valor do aparelho. O número de parcelas também
era igual”, exemplifica
Nesse caso, explicou Tardin, o
seguro foi recusado, uma vez que o televisor já tinha garantia de três anos do
fabricante e não existia a necessidade de dois anos adicionais de seguro, o
que, na avaliação de Geraldo Tardin, com o avanço rápido da tecnologia os
consumidores trocam seus aparelhos mais rapidamente.
“Há muito tempo, no comércio, o
vendedor deixou de vender produtos. Ele deixou de ter argumentação sobre o
produto, qualquer produto. Seja carro, eletrodomésticos, computadores, tudo. A
oferta é de prestações”, diz.
De acordo com Tardin, o que se
vende é facilidade de compra, que o consumidor muitas vezes aceita sem levar em
consideração o valor que irá pagar ao final do prazo de financiamento. Outra
precaução do consumidor, aconselha, é fazer uma prevenção antes da compra
procurando por meio das redes sociais na internet denúncias sobre produtos e
lojas.
Quando se trata de compras online,
recentemente a Fundação Procon-SP divulgou uma lista de sites não
recomendados no link Evite esses sites em
sua página na internet. A lista contém o endereço eletrônico em
ordem alfabética, razão social da empresa e número do CNPJ ou CPF, além da
condição de "fora do ar" ou "no ar".
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