O Ministério Público Federal (MPF)
abriu 5.113 inquéritos envolvendo corrupção, peculato, tráfico de influência e
nepotismo contra gestores públicos em 2012. Além desses, mais 2 mil inquéritos
sobre improbidade administrativa foram abertos este ano. Os dados são
referentes ao período de 1º de janeiro a 31 de outubro, portanto, ainda podem
mudar.
Agência Brasil
Os números divulgados pelo MPF são menores que os registrados em 2011, quando 5.678 inquéritos policiais foram abertos. Em relação à improbidade administrativa, no mesmo período, foram abertos 1.869 inquéritos policiais, 3.668 inquéritos civis públicos e 2.085 procedimentos administrativos.
"A corrupção não diminuiu de
2011 para 2012. O número de 2012 ainda é parcial e muitos delitos podem ter
ocorrido e ainda estão em fase de comunicação ao Ministério Público, "
disse a coordenadora do grupo de combate à corrupção do MPF, procuradora
regional da República Janice Ascari. "A corrupção se dá por outros delitos
também e esse número poderia ser maior se fosse considerado a falta de
prestação de contas, por exemplo", acrescentou.
O levantamento do MPF apontou que
a Região Sul é a campeã de inquéritos policiais, registrando 923 no Paraná, 621
no Rio Grande do Sul e 247 em Santa Catarina. Dois estados da Região Norte
tiveram os piores índices - Rondônia (35) e Acre (29).
Segundo a coordenadora, a parceria
com a Controladoria-Geral da União (CGU) resultou em mais de 300 denúncias
contra prefeitos. De acordo com Ascari, a participação do cidadão é importante
no combate à corrupção. “Muitos dos casos que temos de corrupção se originam de
comunicações feitas pelos próprios munícipes”, disse.
Conforme Ascari, o grupo
identificou que os municípios mais pobres do país, que recebem mais verbas
federais, é onde ocorrem a maior parte dos desvios. “Há uma relação direta
entre o nível de corrupção pública e o Índice de Desenvolvimento Humano [IDH]:
quanto menor o IDH, maior é o nível de corrupção”, avaliou.
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