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Sávio Ximenes Hackradt

31.7.11


Por Pedro Henrique (@PH_natal)

Caros leitores
Essa semana destaco o artigo de João Crestana abaixo, onde mostra atualmente o poder de compra pela Classe C.
Comprador da classe C merece atenção – por João Crestana
O cenário econômico global, aos poucos, vem mudando no século 21. Nações europeias, Japão e Estados Unidos sofreram fortes reveses na década passada, que teve na crise de 2008 seu momento mais dramático.
Por outro lado, Brasil, Índia, China e Rússia ganham destaque pelo volume expressivo de consumidores internos e pela extensão territorial.
Formado, predominantemente, por jovens em ascendência profissional e social, nosso País possui demanda para as próximas décadas. A mobilidade social, que propiciou um crescimento de 62% da classe C – um salto de 62,7 milhões de pessoas, em 2005, para 101,6 milhões, em 2010 –, mudou os hábitos de consumo.
E atender as expectativas desse novo público é mais do que aumentar a escala de produção. Deve-se entender esse novo comprador. Com base em alguns estudos divulgados até o momento, os consumidores da classe C são mais solidários, conforme pesquisa do Instituto Datapopular. Outras características interessantes: a presença feminina como chefe de família é maior nesse segmento e 60% das pessoas passam dicas de compra aos seus conhecidos, contra 20% da classe A.
Se a empresa não conhecer essas peculiaridades, a divulgação boca a boca de seus serviços ou produtos deixa de ser oportunidade para se transformar em risco, potencializado diante do poder das redes sociais, como blogs, Twitter e Facebook, acessíveis por 18 milhões de pessoas da classe C que usam a internet.

O cuidado e a atenção com esses consumidores serão fundamentais para a manutenção do ciclo produtivo imobiliário. Mais do que um imóvel, jovens de 25 a 39 anos buscam conforto – mesmo em espaços pequenos, com 45 metros quadrados ou menos –, qualidade e segurança.
Para atender a 23 milhões de candidatos a compradores de imóveis em 2022, de acordo com estimativas da Fundação Getúlio Vargas, temos de nos preparar. Não somente para lançar e vender bons produtos, mas também para administrar esses novos espaços e mantê-los em excelentes condições de uso, por muitos anos.
* João Crestana é presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e da Comissão Nacional da Indústria Imobiliária da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção)

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