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Sávio Ximenes Hackradt

30.6.11


Sonoro sinal de alarme para a economia mundial soou o Fundo Monetário Internacional (FMI), advertindo que os riscos por um novo crash de crédito têm aumentado e destacou que "EUA e Europa brincam com o fogo se não tomarem urgentemente medidas para redução de seus déficits fiscais".
Por Laura Britt, para o Monitor Mercantil
Ainda, o FMI salienta que "a atividade econômica em escala mundial tem sido desacelerada desde o início deste ano e os riscos têm aumentado por causa da ameaça de uma crise política na periferia da Zona do Euro que poderá disseminar-se em outras regiões".
"Os políticos deverão trabalhar duramente para atingir rápido progresso no que diz respeito o fortalecimento do sistema financeiro", aconselha o FMI em seu relatório semestral (revisto), sobre as perspectivas da economia mundial".
"A mensagem-chave é que estamos ingressando em uma fase da crise - a denominada fase política da crise - e já é hora para serem tomadas as decisões políticas necessárias, a fim de serem evitados outros problemas", disse apresentando o relatório o responsável para temas monetários e os mercados de capitais do FMI, José Viñals.

"A oportunidade que apresenta-se hoje para se preparar o sistema econômico e financeiro (...) proporcionando, principalmente, transparência no que diz respeito a soluções no campo da Zona do Euro, poderá ser perdida inesperadamente. Poderá ser perdida por causa de algum evento nos mercados, se um salto repentino para se evitar o risco (que seria provocado por razões alheias) levaria os investidores a limitarem sua tolerância contra as inconsequentes soluções políticas."
"Poderia, também, se perder por causa de eventos políticos, ou porque os programas de adequação perderiam seu apoio político dos países endividados, ou porque a opinião pública dos países credores se mostraria fadigada de tanto continuar finanaciando estes programas", lê-se no relatório.
Grécia 

"Particularmente para a Grécia, a situação nos mercados não deixou de agravar-se, por causa das preocupações sobre o grau de decisão política que será necessária para que seja posta em execução a adequação e ser garantido o financiamento". De acordo sempre com o relatório do FMI, "no caso de um sério evento de crédito, o choque poderá ser disseminado além da Zona do Euro, tanto pela exposição interfronteiriça dos bancos que têm sido expostos à dívida dos países, quanto também, pela generalizada aversão por risco".
Entretanto, o FMI soa o sinal de alarme também para os EUA, afirmando que "deverão estruturar, urgentemente, um programa de médio prazo para enfrentarem seus problemas fiscais".
Nos EUA a feição política da crise deve-se na queda de braço que é travada no Congresso sobre se será permitido ou não o aumento do limite máximo de dívida pública. Uma queda de braço política que ameaça levar o país até inclusive uma provisória interrupção de pagamentos, em uma "falência técnica", conforme não perdeu tempo para alertar a agência internacional de rating Fitch, que advertiu, ainda, os EUA de que "correm o risco de perder sua classificação de capacidade de endividamento AAA".
Olivier Blanchard, economista-chefe do FMI, declarou que "enquanto o risco de uma queda dupla para os EUA é pequeno, o crescimento da economia norte-americana, avalia-se, não será acelerado, a fim de reduzir o percentual de desemprego que já atingiu 9,1%". Contudo, o FMI assinalou que o déficit fiscal norte-americano mostra-se, ligeiramente, melhorado este ano por causa, principalmente, do aumento das arrecadações. 

Já o déficit de orçamento, avalia-se, se conformará em 9,9% do Produto Interno Bruto (PIB) - isto é, permanecerá novamente em níveis altos, mas terá melhorado em comparação com 10,8% do PIB previstos em abril deste ano.

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