CALANGOTANGO não é um blog do mundo virtual. Não é uma opinião, uma personalidade ou uma pessoa. É a diversidade de idéias e mãos que se juntam para fazer cidadania com seriedade e alegria.

Sávio Ximenes Hackradt

30.6.11


Agência Brasil
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a representação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil deram início hoje (30) ao Seminário Internacional de Mídias Públicas: Desafios e Oportunidades para o Século 21. O evento reunirá até amanhã (1º), na sede da EBC, especialistas brasileiros e estrangeiros para um debate sobre questões da radiodifusão pública e experiências desenvolvidas na América Latina, nos Estados Unidos e na Europa.
O primeiro painel tratou do papel da mídia pública. Para o professor da Universidade Católica do Chile Valerio Fuenzalida, uma TV pública deve contemplar a pluralidade de opiniões da sociedade. “Não pode ser um ambiente pequeno, tem que apresentar pontos de vista diversos e passar a ser espaço de discussão”, disse Fuenzalida. O professor, que gravou sua participação em vídeo, disse que é preciso reforçar o papel dessa mídia como um espaço de debate de toda a sociedade. 
O professor de comunicação da Universidade de Brasília (UnB) e membro do Conselho Curador da EBC, Murilo Ramos, acredita que a programação infantil e o jornalismo de qualidade devem ser os diferenciais de uma televisão pública em comparação com as tevês comerciais. “Criança e jornalismo definem a proposta. O resto você vai trabalhar em volta”, disse ele. De acordo com Ramos, a radiodifusão deve ter mais obrigações que o sistema privado, sem abrir mão do investimento em  tecnologia.
A Unesco avalia que uma mídia pública deve ser baseada na oferta de uma programação plural e diversa adequada às demandas do país, em um modelo de gestão autônomo e independente, na prestação de contas à sociedade e ter foco na educação.
“A Unesco não está dizendo que existe um modelo ideal ou uma receita de bolo para os países. A construção dos sistemas públicos precisa se valer da experiência comparada [com outras nações], mas ela sempre vai ser única e precisa dar conta do contexto das realidades específicas do país”, disse o coordenador de Comunicação e Informação da Unesco no Brasil, Guilherme Canela.

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