28.6.11
Postado por
Sávio Hackradt
Artigo divulgado na revista Imprensa, em junho de 2011, sobre consumo de rádio na internet
Site Ibope
Na década de 40, o rádio era o grande veículo de massa. Levava para dentro dos lares as últimas notícias sobre a guerra, as novelas que emocionavam as donas de casa; as novidades políticas e sociais; os lançamentos musicais; as piadas dos humorísticos, os novos produtos e as ofertas do comércio.
O tempo passou e o rádio dividiu sua posição de principal meio de comunicação com outros veículos de massa.
Mas, graças à sua capacidade de reinventar-se e manter-se contemporâneo ao seu tempo, está vivo, vigoroso e fidelizando uma multidão de ouvintes que viajam embalados nas suas frequências.
A habilidade para manter os ouvintes ativos, decorre, principalmente, da forte percepção do “espírito humano” inerente ao rádio: ele é um companheiro antenado com os gostos/estilos musicais e as necessidades pontuais de informações; tem uma programação dinâmica, que se constrói ao longo do dia; é alegre e de alto astral; descontraído, passível de erro e improviso, abrindo espaço para o riso e o inesperado. Isto o torna caloroso e íntimo: é a cara do ouvinte.
Considerando que as relações modernas gravitam cada vez mais no plano virtual, com uma imensa teia de comunicação, muitas emissoras de radiodifusão perceberam a importância de estar presente neste ambiente, reafirmando sua imagem de veículo humanizado, com diálogo próximo e estreito com o ouvinte, por meio de programações e conteúdos próprios, para consolidar a sua marca também no mundo online.
Contudo, o homem é homem e tem necessidades, desejos e anseios, tanto no ambiente on como offline.
Os hábitos adquiridos no plano offline são transportados e praticados “onlinemente”. Não há grandes novidades em relação ao consumo de novas emissoras: o que muda é a plataforma de acesso.
E, quando experimentam o mundo da radiodifusão online, gostam e tendem a incorporá-lo ao consumo habitual.
Diante deste cenário, os indivíduos-cidadãos-consumidores, trazem o espírito humano do rádio para dentro da sua nova realidade de comunicação estabelecida na web.
Neste ambiente, onde tem o hábito de pesquisar, fazer trabalhos profissionais e escolares, responder email, acessar redes sociais, ter a possibilidade de ouvir rádio em meio a este turbilhão de atividades cotidianas, é um dos principais trunfos deste meio: o rádio é uma mídia que permite ser acompanhada facilmente em sobreposição às outras.
Outro aspecto mobilizador do rádio na web, além da programação habitual, é o acesso às informações exclusivas e diferenciadas, disponíveis de forma sistematizada, detalhada e segmentada como em nenhuma outra mídia: são datas, locais e preços de shows; informações sobre artistas; dicas de links e blogs pertinentes ao seu gosto, seu estilo, sua tribo.
Ouvir e navegar nas rádios online é ter o melhor dos dois mundos: comunicar-se através de um veículo humanizado com a agilidade e abrangência da web, que permite interagir e estabelecer contatos, conhecer pessoas com as mesmas afinidades musicais, trocar informações, marcar encontros etc.
O mundo online permite que o consumidor interprete outros papéis – de passivo a ativo. Hoje ele deseja construir conteúdos, postar e compartilha r informações.
Como não poderia deixar de ser, os web-ouvintes, através dos sites das emissoras, têm a grande vantagem de dialogar com a programação, manifestando opiniões, pedindo músicas e participando de promoções.
É mais fácil e ágil interagir via site - que oferece resposta em tempo real - do que por telefone.
E o melhor é ter todas estas funcionalidades ao alcance do mouse, sem a percepção de custos financeiros adicionais ou proibitivos: a internet já está incorporada à lista de consumo.
A entrada do rádio no mundo online foi essencial para a oxigenação e revitalização do meio.
Mas o pulo do gato é ter fôlego para acompanhar e atender um consumidor cada vez mais exigente e crítico, que sabe o que quer e quer tudo ao mesmo tempo, aqui e agora.
Por toda a história e modernizações que vivenciou e transmutou, o rádio demonstra ter competência e vitalidade para manter-se ativo, conservando seu espírito humano agregado a serviços e produtos pertinentes ao consumidor, independente da temporalidade e plataforma.
Metodologia
Projeto: “Rádio e o Mundo Online”
Com o objetivo de conhecer e entender as necessidades e os hábitos de consumo de rádio na internet, o IBOPE Mídia – reconhecido fornecedor de informações sobre o meio -, realizou em março de 2011 um estudo qualitativo com pessoas entre 16 e 45 anos, de ambos os sexos e classe econômica A/B/C, residentes em São Paulo, que consomem habitualmente rádio nesta plataforma.
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