18.1.11
OPINIÃO
Carlos Linneu, Engenheiro de Produção
As perguntas são muitas. O núcleo duro dos organismos estatais incumbidos de encaminhar as decisões acerca da construção do estádio Arena das Dunas, não tem esclarecido suficientemente a opinião pública do estado.
Os debates até agora giraram em torno de questões urbanas, supostos benefícios para um punhado de empreiteiros ou o lastro jurídico da iniciativa. Até o momento, as perguntas mais candentes têm sido formuladas pelo arquiteto do atual Machadão, motivado, entretanto, por argumentos meramente sentimentais. Mas, e a viabilidade econômica? E o bussiness plan, como alcunha os boçais?
O que é sabido através da imprensa local, é que uma das consultorias contratadas estará incumbida de delinear o aparato jurídico da parceria Público-Privada e identificar futuro investidor. Entretanto, nenhuma palavra acerca de estudo de viabilidade econômica e não é informado sequer se está previsto estudo técnico semelhante.
O Arena das Dunas é um empreendimento que será financiado pelo BNDES e como tal, o aporte de recursos exige o estudo aqui mencionado, capaz de responder indagações básicas, todas de respostas detalhadamente quantificadas: há eventos suficientes para ser ofertado no período? Qual o tamanho do mercado consumidor dos eventos? Qual o volume anual de receitas? Há mercado consumidor para adquirir ingressos? As receitas são suficientes para cobrir as despesas operacionais? O que sobra, cobre as altíssimas prestações mensais do empréstimo?
Caso uma dessas respostas seja negativa, o empreendedor não vai conseguir gerar capacidade de pagamento e o agente financiador arrestará as garantias reais pertencentes ao patrimônio do estado. Ou seja, tal qual até onde é sabido, não há riscos para o empreendedor privado. Vai obter rios de dinheiro de banco público e se não cumprir os encargos contraídos, o governo paga com o Fundo Garantidor.
No governo Geraldo Melo, foi construído o Papódromo para o único evento de receber o Papa João Paulo II. A justificativa da ocasião foi a de que teria a destinação alternativa de abrigar shows e outros eventos... A semelhança não é mera coincidência.
Mas, se as perguntas são técnicas, minha opinião não o é, longe de qualquer cartesianismo. Sou visceralmente contra a Copa em Natal. Totalmente a favor da derrubada do Machadão, essa horrorosa arquitetura kitsch, um tolobeu de concreto preto a enfear um dos acessos urbanos mais bonitos do Brasil.
A venda dos imóveis que serão ofertados em garantia aos agentes financiadores do Arena das Dunas, respaldaria o projeto de um lindo parque de passeios, entretenimento, shows, arte, música e a construção de estádio bem menor, em outro espaço e compatível com a demanda de mercado consumidor.
Sem a Copa, a cidade não perderá o fluxo de turistas. Basta armar a criatividade e desenvolver incentivos para que as operadoras de turismo ofereçam, aos estrangeiros que irão assistir os jogos em Recife e Fortaleza, uma esticada até Natal. Não é assim na Europa? Quem foi para a Copa na Alemanha, visitou todos os países vizinhos.
Estação Música Total
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