23.1.11
SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
Artigo de Marígia Tertuliano - Profª da UFRN
A consolidação do modo de produção capitalista e o crescimento urbano ocorrem de forma diversificada. O espaço construído da nova cidade, com novas formas, ruas planejadas e sistemas de esgoto mais adequados, incita a migração para os centros urbanos, em escala crescente, na busca pela melhoria das condições sociais e econômicas.
Assim, o que se percebe é que as sociedades capitalistas, nos anos recentes, de modo geral, vêm enfrentando mudanças significativas na vida cultural, social e econômica, que têm provocado um intenso debate sobre os impactos da modernidade, chegando-se até a diagnosticar que uma nova sociedade vem se estruturando, fermentada pela análise pós-moderna.
Ao ler a Declaração dos Direitos Humanos, destaco o preâmbulo que diz que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo. Assim questiono: como essa liberdade está sendo utilizada?
Estamos nos mostrando por inteiro ou ajudando a criar factóides? A liberdade de expressão está sendo respeitada ou os espaços de debates estão sendo confundidos como espaço de desintegração?
No que diz respeito ao meio ambiente, a noção de desenvolvimento sustentável conquistou a aceitação universal e neste início de século a disputa pelo seu sentido constitui-se como tema central das clivagens ideológicas, das competições teóricas e dos enfrentamentos políticos do mundo contemporâneo. As disputas de sentidos em relação à noção desse desenvolvimento articulam-se com os temas do lugar do Estado, do mercado e da sociedade no processo de mudança social, das possibilidades de democratização da democracia, da emergência do espaço local como ator político relevante na vida social e das políticas públicas como instrumentos para a inclusão social e melhoria da qualidade de vida das populações em situação de vulnerabilidade social.
Percebe-se ainda que a participação e o controle social estão aquém das diretrizes definidas pela política de meio ambiente, corroborando com a ampliação da degradação, fruto de interesses individuais
Retornando à questão que orientou esta reflexão entende-se como participação e controle social, o empoderamento dos grupos sociais para intervirem, de modo qualificado, nos processos decisórios sobre o acesso aos recursos ambientais e seu uso, E, como desenvolvimento sustentável, o “processo dinâmico destinado a satisfazer as necessidades atuais sem comprometer a capacidade de gerações futuras de satisfazer suas próprias necessidades, conforme citam o Programa Nacional de Educação Ambiental e a Comissão Mundial sobre meio ambiente e desenvolvimento.
Nesse sentido, estabelecer mecanismos que possam promover capital social é um dever de cada cidadão e esse propósito será conseguido, a partir da participação e inclusão social, da cooperação interinstitucional, de diálogo de saberes, produção de conhecimento, sustentabilidade, enraizamento, formação permanente e continuada de ações educativas, autonomia, constituição de comunidades interpretativas e de aprendizagem e da práxis pedagógica.
O desenvolvimento sustentável levanta questões como a concentração de riqueza que leva às grandes desigualdades sociais entre os países e no interior deles; a matriz de energia mundial baseada no petróleo, fóssil, finito e poluidor; a utilização irracional de recursos naturais, como a água; a urbanização descontrolada; e a industrialização, descomprometida com processos limpos de produção.
Apesar desses importantes avanços, o meio ambiente global continua a ser deteriorado e significativos problemas ambientais permanecem embutidos na estrutura socioeconômica de diversos países, no tipo de gestão pública implementada e nos métodos adotados por grande parte do setor empresarial mundial.
Enfim, a problemática evidenciada tem gerado na sociedade uma expectativa de transformação. Por isso, acredito que os veículos de comunicação vêm se tornando um agente de informação capaz de transformar o comportamento da população. Com o Calangotango não é diferente. Nossa proposta é refletir sobre essas questões.
Assim, finalizo a reflexão de hoje.
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