7.10.11
Postado por
Sávio Hackradt
Luana
Lourenço
- Agência Brasil
Em
meio ao acirramento do debate sobre mudanças no Código Florestal, desta vez no
Senado, ambientalistas se mobilizam para derrubar um dos argumentos mais usados
pelos ruralistas para justificar as flexibilizações na lei: o de que a proteção
de florestas é uma anomalia brasileira e que outros países já não estão
empenhados na conservação da cobertura vegetal.
Pesquisadores
do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e do ProForest,
ligado à Universidade de Oxford, selecionaram 11 países para mostrar que a
legislação florestal também é exigente em outras nações e que os proprietários
de terras com floresta estão sujeitos a regras rígidas de conservação.
“Boa
parte dos mantras ruralistas se mostrou completa falácia. Faltava desmistificar
a ideia de que o Código Florestal é uma jabuticaba, que só existe no Brasil”,
comparou o diretor da Campanha Amazônia, do Greenpeace, Paulo Adário, em referência
a um comentário da senadora Kátia Abreu (PSD-TO). Ela disse que a legislação
florestal criteriosa é uma exclusividade brasileira, como a frutinha nativa da
Mata Atlântica.
O
estudo traz informações sobre o percentual de cobertura florestal na Alemanha,
China, nos Estados Unidos, na França, Holanda, Índia, Indonésia, no Japão, na
Polônia, no Reino Unido e na Suécia.
Com
exceção da Indonésia, onde até o ano passado as florestas públicas eram
designadas como áreas de conversão para a agricultura, todos os países da lista
registram manutenção ou aumento da cobertura vegetal entre 1950 e 2010, o que
significa que houve esforços e investimentos para frear as derrubadas e
recompor as áreas desmatadas.
“A
perda de floresta é uma exceção. A regra hoje é manter e recuperar a cobertura
vegetal”, avaliou o pesquisador sênior do Imazon, Adalberto Veríssimo, um dos
coordenadores do estudo.
Na
França, por exemplo, as florestas cobriam 21% do território do país em 1950 e
em 2010 o percentual alcançou 29%. A conversão de qualquer área de mais de 4
hectares de floresta no país requer permissão do governo e só é concedida por
razões ambientais.
Os
pesquisadores também apontam casos em que o custo político ou econômico de
manter a floresta é muito alto, como no Japão, em que a população vive quase
confinada em pequenos territórios, mas não há expansão de cidades sobre áreas
florestais. O país tem atualmente 69% de cobertura vegetal, e a lei japonesa
não permite conversão da floresta, exceto em circunstâncias excepcionais.
Segundo
Veríssimo, a trajetória do desmatamento nos países avaliados segue um padrão:
as florestas são derrubadas até um ponto de estabilização da cobertura vegetal
e, em seguida, começa um processo de recuperação, à medida que eles se
desenvolvem. Para o pesquisador, o atual estágio de cobertura vegetal do
Brasil, que tem 56% do território com florestas – nativas ou plantadas –
, já pode ser considerado o “fundo do poço”, o ponto que determina
a mudança de trajetória rumo à recuperação.
“O
Brasil está indo ladeira abaixo. E a atual discussão do Código Florestal
caminha no sentido de permitir que o país continue nesse sentido. Se o ritmo
for mantido, vamos chegar em 2020 com menos de 50% de florestas”, calculou.
Para
os autores do estudo, a flexibilização do Código Florestal, como quer parte do
setor agrícola representado pela bancada ruralista, poderá colocar o Brasil na
contramão da tendência de retomada das florestas e pôr em risco compromissos
internacionais assumidos pelo país, como a redução de emissões de gases de
efeito estufa em até 38,9% até 2020. “O Brasil não fechará essa conta se não
decidir o que quer fazer com as florestas. E manutenção de floresta é sempre
uma opção política”, ponderou Veríssimo.
O
declínio na proteção de áreas de Preservação Permanente (APPs) e a redução dos
percentuais de reserva legal, como defendem os ruralistas, também acarretariam
prejuízos econômicos, segundo Adário, do Greenpeace. “A aprovação de um código
permissivo pode prejudicar o Brasil no mercado internacional. O mundo de hoje
não é o mundo pré-industrial. As decisões têm implicações globais. A proteção
das florestas é também uma proteção de mercado”, comparou.
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