CALANGOTANGO não é um blog do mundo virtual. Não é uma opinião, uma personalidade ou uma pessoa. É a diversidade de idéias e mãos que se juntam para fazer cidadania com seriedade e alegria.

Sávio Ximenes Hackradt

30.4.12

“COISAS DA VIDA”

Por Leide Franco* (@LeideFranco)

Quinta-feira passada, dia 26, o sol escaldante e o calor insuportável eram amenizados pela brisa que circulava Natal, próximo à mata atlântica que faz parte do espaço onde construíram o 16º Regimento de Infantaria (RI), na Hermes da Fonseca, Tirol. Essa Avenida de tráfego intenso e motoristas apressados teve o fluxo interrompido por um bicho de mais ou menos 1 metro de comprimento, de cor verde escura, quase cinza. Era uma iguana sem pressa.

O bicho saiu do RI e resolveu atravessar a rua, só ele sabia para aonde ia – ou não. Acredito que muitos carros devem ter passado por cima dele enquanto atravessava a faixa direita da pista, mas quando chegou ao meio, entre as duas faixas, a situação ficou tensa. Um celta preto freou o pneu direito a um centímetro da cabeça do bicho. A freada foi tão brusca que o motorista deve ter suado frio. Sem saída, o homem ficou lá parado dentro do carro, esperando que o pobre bicho resolvesse concluir o percurso.

A falta de ação do homem que dirigia aquele carro era proporcional à ação do bicho que não saía do canto, diferentemente dos 20 condutores que tiveram que parar atrás dele, buzinando sem fim, como se a buzina fosse abrir o caminho. Até que um motociclista resolveu parar a moto no acostamento, tirou o capacete e partiu para agarrar o pobre animal. Quando o rapaz tentou segurar o bicho pela cauda, ele escapou em uma pressa que nem parecia partir dele. Acabou se afastando o suficiente para se esconder bem debaixo do carro, longe do alcance das mãos do seu “caçador”.

Sem desistir, o motociclista fez um contorcionismo, se deitando no chão na tentativa de pegar o pobre animal, quando mais uma vez ele correu em direção à parte traseira do carro, escapando. De dentro dos carros de vidros fechados e ar condicionado gelando o calor, os motoristas, sem saber o que acontecia, buzinavam, buzinavam, buzinavam a ponto de ensurdecer qualquer pessoa, as buzinas são suas armas. Nesse meio tempo deveria ter se passado não mais que dois minutos, tempo suficiente para formar um corredor enorme de carros parados na faixa esquerda, e depois na faixa direita, já que uma das pessoas que dirigia naquela avenida, resolveu parar para ajudar o coitado do homem que tentava capturar o bicho. Aí foi que o mundo parou naquele instante...

Nunca vi um congestionamento tão grande se formar em tão pouco tempo. Nunca vi tanta gente irritada sair dos seus automóveis para saber o que estava acontecendo já que o tráfego parou daquela forma, sem mais nem menos. Nunca ouvi tanta buzinada junta em toda minha vida. Nunca tinha visto tanta gente impaciente em uma parte só. Toda a celeuma só parou quando enfim o motociclista conseguiu pegar o bicho e erguer como se fosse um troféu, sendo assim, o trânsito voltou a fluir tranquilamente. Enquanto em sua calma a iguana ganhava de volta seu habitat, o trânsito seguia cheio de pessoas furiosas quando perdem dois minutos do dia, e com eles seguia a eterna falta de paciência.

*Leide Franco - Comunicadora com pretensões literárias; 
Um pouco de filosofia e reflexões cotidianas; 
Um muito de MPB
E quase nada do que ainda quero ser.


Como a pesquisa de universidades paulistas contribui para os estudos de gênero no país

Por Fabrício Marques, para a Fapesp*

O espaço conquistado pelas mulheres e a consequente teia de relações que elas se habilitaram a estabelecer foram abordados por pesquisadores do estado de São Paulo cujo trabalho recebeu financiamento da FAPESP ao longo dos 50 anos de trajetória da Fundação. Se a preocupação dos estudos feitos nos anos 1960 e 1970 referiu-se principalmente à condição feminina, materializada nos efeitos da violência doméstica e nas assimetrias do mercado de trabalho, o referencial expandiu-se nas décadas seguintes para abarcar as relações de gênero, os vínculos estabelecidos entre homens e mulheres (e também no interior das duas categorias) em camadas diversas da condição humana.

Em 1963, a socióloga Eva Alterman Blay, pioneira em estudos sobre a mulher no Brasil e referência do movimento feminista, recebeu uma bolsa da FAPESP para fazer seu mestrado sobre a condição da mulher no trabalho doméstico, domiciliar e na indústria. Ela havia se graduado e fora convidada para trabalhar como instrutora voluntária, sem remuneração, no departamento de ciências sociais da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP. “Eu tinha sido uma boa aluna e os professores me convidaram para trabalhar como professora e pesquisadora. Mas como não havia vaga, o trabalho era sem remuneração”, relembra. Azis Simão e Ruy Coelho, dois de seus professores, sentiam-se desconfortáveis com a situação e sugeriram que ela pedisse uma bolsa para a recém-criada Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. Eva apresentou seu projeto, para realizar estudos sobre a mulher trabalhadora, e foi chamada para conversar com o então diretor científico da FAPESP, o geneticista Warwick Kerr.

“Ele me tratou muito bem, e deve ter gostado do projeto, porque a bolsa foi concedida. Mas parecia ter dificuldade em compreender por que eu queria estudar a condição da mulher. Expliquei que faltavam dados sobre a mulher, que a sociedade era dividida entre homens e mulheres, entre adultos e crianças, e que cada categoria desperta o interesse da sociologia. Ele fazia perguntas de forma muito bem-humorada e em nenhum momento me senti constrangida. Mas como ninguém fazia esses estudos naquela época, ele, assim como muita gente, tinha dificuldade de compreender a importância desse tema”, recorda-se Eva Blay, que cita a colega Heleieth Saffioti (1934-2010) como outro exemplo de pesquisadora interessada no tema naquela mesma época. “O livro da Simone de Beauvoir havia circulado no Brasil nos anos 1950, mas não teve a repercussão que hoje se diz”, recorda-se a professora, que sentiu um forte impacto sobre o tema depois de ler uma versão em francês do livro da feminista Betty Friedan (1921-2006), La femme mystifiée. “Me lembro de ler o livro enquanto amamentava meu filho em 1964 e concluir que era aquilo que eu queria estudar”, afirma.


O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, recebeu nesta quinta-feira (26) o médico e cientista paulista Miguel Nicolelis, que comanda um grupo de pesquisadores da área de neurociência da Universidade Duke, em Durham, nos Estados Unidos. Nicolelis aproveitou a visita de cortesia ao ministro para sugerir a união entre futebol e ciência na abertura da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.

Fonte: Portal da Copa 2014

Considerado um dos 20 maiores cientistas do mundo no começo da década passada, Nicolelis é reconhecido pelas pesquisas que buscam a integração do cérebro humano com máquinas. Por meio de próteses especiais, pessoas com paralisia corporal conseguem movimentar pernas e braços graças aos impulsos nervosos. A ideia do cientista é que uma criança paralítica dê o pontapé inicial da Copa de 2014.

O projeto de Nicolelis recebeu apoio imediato de Aldo Rebelo, que se prontificou a apresentar a sugestão à FIFA. O ministro e o cientista apontam a Copa do Mundo como oportunidade para mostrar, além das realizações esportivas, o desenvolvimento científico e tecnológico do país.

29.4.12


Os malefícios e benefícios da maconha para a saúde foram debatidos pela Comissão de Seguridade Social da Câmara nesta quinta-feira (26). Entre os convidados, estavam cientistas, médicos e até quem recorreu à droga para aliviar a dor de um amigo em estado terminal.

Fonte: Agência Câmara 

A droga pode reduzir sintomas e aliviar náuseas e falta
de apetite em,pacientes com câncer
O assunto que divide opiniões lotou o plenário com pessoas do Movimento Pela Vida, que vai promover uma marcha contra a maconha em junho, em São Paulo, e pelos defensores da legalização da droga. O debate foi sugerido pelo deputado Roberto de Lucena (PV-SP).

O doutor em neurociências e professor de Fisiologia da Universidade de Brasília (UnB), Renato Malcher Lopes, é coautor do livro "Maconha, Cérebro e Saúde". Ele defendeu o uso medicinal da droga no Brasil para redução de sintomas e alívio de náuseas e da falta de apetite em pacientes com câncer.

Lopes destacou ainda o uso da substância no tratamento de doenças como epilepsia, mal de Parkinson e Alzheimer. "Tem um valor terapêutico, porque o prognóstico melhora em função do estado psicológico."

O escritor e pesquisador Gideon dos Lakotas afirmou que nenhum cientista é contra o uso medicinal da maconha, mas que o debate está enviesado por uma outra causa: o uso recreativo da droga.

Boa parte das medidas adotadas pelo governo para proteger a indústria teve a China como alvo. Mas essas ações não impediram a explosão de vendas de produtos chineses ao país. Tampouco contribuíram para diminuir a dependência brasileira de manufaturados made in China.

Vivian Oswald, O Globo

O país asiático tornou-se o principal fornecedor do Brasil nos três primeiros meses deste ano, com uma fatia de 15,5% de tudo o que se importa, ultrapassando os EUA (14,6%). A China também já é o maior vendedor de máquinas e equipamentos para a indústria nacional.

A agressividade chinesa pode ser constatada na comparação com 2000, quando era apenas o 11º fornecedor do Brasil, com participação de 2,19% no total importado. Só em 2011, as compras brasileiras deram um salto de US$ 7,19 bilhões.

Os chineses também já são os maiores fabricantes de três dos 12 principais itens importados pelo país este ano, além de estarem entre os dez mais em outros dois grupos. 



Aproximidamente 25% dos professores que trabalham nas escolas de educação básica do país não têm diploma de ensino superior. Eles cursaram apenas até o ensino médio ou o antigo curso normal. Os dados são do Censo Escolar de 2011, divulgado este mês pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

Amanda Cieglinski, Agência Brasil

Apesar de ainda existir um enorme contingente de professores que não passaram pela universidade – eram mais de 530 mil em 2011 – o quadro apresenta melhora. Em 2007, os profissionais de nível médio eram mais de 30% do total, segundo mostra o censo. Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, os números são mais um indicativo de que o magistério não é uma carreira atraente.

“Isso mostra que as pessoas estão indo lecionar como última opção de carreira profissional. Poucos profissionais bem preparados se dedicam ao magistério por vocação, uma vez que a carreira não aponta para uma boa perspectiva de futuro. Os salários são baixo, e as condições de trabalho ruins”, explica.

A maior proporção de profissionais sem formação de nível superior está na educação infantil. Nas salas de aula da creche e pré-escola, eles são 43,1% do total. Nos primeiros anos do ensino fundamental (1º ao 5º ano), 31,8% não têm diploma universitário, percentual que cai para 15,8% nos anos finais (6° ao 9º ano). No ensino médio, os profissionais sem titulação são minoria: apenas 5,9%.

28.4.12


A dona de um restaurante foi condenada pela Justiça de São Paulo a pagar R$ 20 mil de indenização por danos morais após ter ofendido uma cliente em um comentário no Twitter.

Folha de São Paulo - Cotidiano

Segundo a ação, as duas se desentenderam e a cliente teve que se retirar do restaurante. Quase três horas depois, a dona do estabelecimento disse no microblog que havia mandado a mulher embora por ser violenta e grosseira. A publicação mencionava o nome e o sobrenome da cliente.

De acordo com o relator do recurso, desembargador James Siano, houve excesso por parte da proprietária. Ele ainda alegou que a empresária teve tempo para refletir sobre os seus atos e evitar "o pronunciamento agressivo" contra a cliente.

A decisão é da 5ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP, que manteve determinação da 24ª Vara Cível da SP.


Ativistas dos direitos humanos e ex-perseguidos políticos da ditadura militar fizeram uma passeata no início da noite de ontem (27) na Avenida Paulista, na região central da cidade. Após a caminhada, eles entregaram uma carta no escritório da Presidência da República pedindo que a presidenta Dilma Rousseff nomeie rapidamente os sete membros que integrarão a Comissão da Verdade.

Agência Brasil

A lei que cria a comissão foi sancionada em novembro. Falta agora a nomeação dos membros que serão responsáveis por investigar as violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988. A comissão terá dois anos para tomar depoimentos e requisitar e analisar documentos que ajudem a esclarecer os abusos.

Membro do Comitê Paulista pela Memória, Verdade e Justiça, José Luiz Del Roio, disse que a urgência é importante por causa da idade avançada das pessoas que viveram o período ditatorial – entre 1964 e 1985. “Muitos de nós, que somos testemunhas, a idade começa a ser muito avançada. O tempo está levando muitos de nós. Nesse sentido, a presidenta precisa se apressar, caso contrário, não existirão testemunhas”, ressaltou.

Amelinha Teles, que faz parte da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, disse que a principal preocupação é que não sejam indicados militares para fazer parte da Comissão da Verdade. “Infelizmente, a representação, tanto do Exército como das Forças Armadas, neste momento não tem idoneidade, por não terem esclarecido os fatos, e por isso, não podem participar”, declarou.

Outro ato para pressionar pela instalação da comissão está marcado para a próxima quarta-feira (3), na Rua Tutóia, onde funcionou o Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi). O local é apontado como um dos principais centros de tortura durante o regime militar.


Artigo publicado no jornal Meio & Mensagem no dia 23 de abril de 2012

A internet brasileira terminou 2011 com mais de um motivo para comemorar. Além da manutenção do crescimento do número de internautas, o ano também ficou marcado pela rápida expansão do investimento publicitário online. O aumento do faturamento em publicidade vem justamente coroar um histórico consolidado da quantidade de brasileiros conectados.

O total de brasileiros com acesso em qualquer ambiente, considerando trabalho, residências, escolas, lan houses e outros pontos públicos, chegou a 79,9 milhões no quarto trimestre de 2011, segundo o IBOPE Nielsen Online. Esse número representou um crescimento de 8% sobre o mesmo período de 2010 e de 19% em relação a 2009. Nesses anos, o Brasil assistiu à transição de acessos em locais públicos para residências.



Uma em cada cinco brasileiras (19,7%) que fazem parte do população economicamente ativa é trabalhadora doméstica. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2009, mostram o peso da categoria, que soma 7,2 milhões de trabalhadores, mas segue marginalizada e sem a garantia de alguns direitos trabalhistas.

Agência Brasil

“No mundo todo, são 53 milhões de trabalhadores domésticos. Mas esse número é subestimado porque, na maioria dos casos, é um trabalho que se exerce de maneira invisível, informal e fora das garantias da legislação trabalhista”, aponta Laís Abramo, diretora da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil.

Integrantes de entidades que representam essas profissionais se reuniram em Brasília para analisar a situação da categoria, em comemoração ao Dia Nacional da Trabalhadora Doméstica, celebrado hoje (27). Um dos temas discutidos foi a Convenção Internacional sobre o Trabalho Decente para Trabalhadores Domésticos, aprovado em junho de 2011 pela OIT. O documento, que precisa agora ser ratificado pelos países-membros, prevê a aprovação de leis que garantam mais direitos à categoria. Até o momento, apenas o Parlamento do Uruguai confirmou a adesão.

“O Brasil já tem uma legislação relativamente avançada em comparação a outros países. Mas existem direitos que os outros trabalhadores têm que as domésticas não têm, entre eles uma jornada claramente delimitada. A convenção reforça a questão da valorização do trabalho doméstico e de que elas são membros da classe trabalhadora como qualquer outro”, explica Laís.

Aproximadamente 70% dos assassinatos de jornalistas registrados no Brasil nos últimos vinte anos ficaram impunes, segundo levantamento da organização americana Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).

Da BBC Brasil

O caso mais recente é o do repórter de política e blogueiro Décio Sá, baleado em um restaurante no dia 23 em São Luís (MA). Sá trabalhava no jornal O Estado do Maranhão, da família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB).

O CPJ contabilizou 20 assassinatos de jornalistas entre 1992 e 2012 no Brasil, sendo que 14 não foram punidos. Outros seis foram parcial ou totalmente esclarecidos e seus culpados punidos. O Brasil foi classificado pelo comitê em 11º lugar entre os países onde há mais impunidade contra profissionais da imprensa.

"Os crimes contra jornalistas continuam sendo um dos principais problemas que a imprensa enfrenta nas Américas", afirmou em nota Gustavo Mohme, da Sociedade Interamericana de Imprensa, após a morte de Sá.

O levantamento da CPJ, entretanto, já está desatualizado. A organização contabilizou em 2012 apenas o assassinato do jornalista Mário Randolfo Marques Lopes, em Vassouras (RJ), em fevereiro. Não foram incluídos no estudo a recente morte de Sá e os assassinatos do radialista Laécio de Souza, da rádio Sucesso FM, de Camaçari (BA), ocorrida em janeiro, e do repórter do Jornal da Praça e do site Mercosulnews, Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, em Ponta Porã (MS), em fevereiro.

A distância entre os rendimentos de homens e mulheres ficou mais curta na década. De acordo com o Censo Demográfico de 2010, o rendimento médio mensal de todos os trabalhos ficou em R$ 1.344,70, alta de 5,5% de 2000 para 2010.

Fabiana Ribeiro e Letícia Lins, O Globo

Contudo, o incremento para as mulheres (13,5%) foi maior do que o dos homens (4,1%), reduzindo o abismo que ainda persiste entre as remunerações. Em 2000, a remuneração delas representava 67,7% da deles. Em 2010, sobe para 73,8%. Aumento da escolaridade feminina e maior presença no mercado de trabalho ajudam a explicar os avanços, segundo especialistas.

— As conquistas foram no grito. Elas vão precisar gritar muito para encurtar ainda mais essa distância. Essa desigualdade ainda é enorme — disse Hildete Pereira, professora da UFF.

Dos 80 milhões de ocupados em 2010 com rendimento, 46,9 milhões eram homens, que recebiam, em média, R$ 1.509,62. Já as 33,7 milhões mulheres tinham ganhos médios mensais de R$ 1.115,20. Apesar das diferenças, a distância entre os rendimentos caiu em todos as regiões do país. 



Notícia boa

Dados divulgados ontem (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a mortalidade infantil caiu quase pela metade entre 2000 e 2010.

Agência Brasil

Os resultados gerais da Amostra do Censo 2010 constatam que o número de óbitos de crianças menores de 1 ano passou de 29,7 para 15,6 em cada mil nascidas vivas, uma queda de 47,6%.

Entre as regiões do país, o Nordeste registra a queda mais expressiva da mortalidade infantil. No período, o índice passou de 44,7 para 18,5 óbitos para cada mil crianças. Porém, ainda é o nível mais alto no país. O menor índice é o do Sul, de 12,6 mortes.

De acordo com a pesquisa, os principais fatores responsáveis pela queda do indicador são as políticas de medicina preventiva, curativa, saneamento básico, programas de saúde materna e infantil, além da valorização do salário mínimo e dos programas de transferência de renda.

O IBGE também destaca que a queda da mortalidade infantil está ligada ao aumento da escolaridade materna e à diminuição do número de filhos por mulher, observada desde a década de 1960. Entre 2000 e 2010, a taxa de fecundidade registrou queda e passou de 2,38 crianças por mãe para 1,9. A menor taxa é a do Sudeste (1,7 filho por mulher) e a maior, no Norte, 2,47.

Segundo o órgão, dessa forma, a taxa de fecundidade no Brasil está abaixo do chamado nível de reposição (2,1 filhos por mulher), que garante substituição das gerações na população.

27.4.12


CINEMA

Carlos Emerenciano*

Em 1921, Graciliano Ramos questionava: “Mas por que o futebol? Não seria, porventura, melhor exercitar-se a mocidade em jogos nacionais, sem mescla de estrangeirismo, o murro, o cacete, a faca de ponta, por exemplo?” O escritor acreditava que o esporte bretão não passaria de modismo de nossa juventude. “Um entusiasmo de fogo de palha capaz de durar bem um mês”, sentenciou.  

A despeito da lucidez e do brilhantismo de Graciliano, não é preciso dizer que ele errou feio. O futebol não apenas fincou bandeira em terras brasileiras, mas também aqui foi transformado. De início, praticado por jovens ricos, logo ganhou todos os cantos e alcançou todas as classes sociais. Nas periferias, Brasil afora, meninos pobres, acostumados a correr e a driblar os obstáculos da vida, introduziram a ginga no soccer. Bolas de meia, campos de terra, pés descalços. Inventaram dribles que se assemelhavam a passos de capoeira.

Houve, então, a partir da década de 20, com a aceitação de negros nos clubes, uma inversão. O nobre esporte bretão, praticado por jovens da sociedade, ao modo dos seus inventores (com cintura dura e respeito excessivo à bola), passou a ser do povo, praticado pela classe operária, em campos de terra batida, nos cais dos portos, nos pátios das fábricas. Os filhos desses trabalhadores passaram a brincar e a sonhar com o futebol. Craques que iriam surgir no futuro.

A prosa vai longa, mas a julguei necessária antes de falar sobre o filme “Heleno, o príncipe maldito”. No final dos anos 30, o futebol era uma febre nacional, mas a elite deixou de praticá-lo e reservou-se ao papel de espectadora. Os craques de então, Leônidas, Fausto, Domingos da Guia, eram todos pobres e negros. Um adolescente de classe média alta, bem apessoado, bem sucedido com as mulheres, leitor dos clássicos europeus, resolveu, então, matar o seu tempo jogando soccer nas areias da praia de Copacabana, onde morava. Logo percebeu-se que aquele branco jogava à moda brasileira, com ginga e tempero; com arte e raça.

A menos de seis meses das eleições municipais deste ano, três organizações não governamentais (ONGs) lançaram, em Brasília, o programa Cidades Sustentáveis. Elas propõem que as diretrizes sociais, ambientais e econômicas, previstas no programa, sejam incluídas nos projetos dos candidatos a prefeito e vereador.

Agência Brasil

Maurício Broinizi, coordenador nacional do programa, disse que a proposta também prevê que candidatos e partidos se tornem signatários do documento. “Com a assinatura da carta compromisso, os candidatos se comprometeriam a, quando empossados, em 2013, fazer o diagnóstico nos municípios e definir um plano de metas, visando a uma sociedade justa, democrática e sustentável”, declarou.

Segundo ele, 300 candidatos e dois partidos já assinaram o documento. Mas, para Broinizi, é importante que a sociedade participe do processo. “Sem a sociedade, não temos como pressionar, cobrar e fiscalizar. A partir de 16 de maio entra em vigor a Lei da Transparência [Lei de Acesso à Informação]. Teremos instrumento para exigir que todas as informações estejam disponíveis para o cidadão”, disse.

O Cidades Sustentáveis foi elaborado pelas ONGs Rede Nossa São Paulo, Instituto Ethos e Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis. O programa elenca diretrizes para o desenvolvimento sustentável das cidades, como economia de água, ampliação de áreas protegidas, melhoria de solo, promoção da agricultura e do reflorestamento e melhoria da qualidade do ar.

Para cada ação, o programa aponta exemplos de práticas que tiveram bons resultados e indicadores para que os administradores públicos possam avaliar a situação do município e os avanços com a adoção de novas medidas.

“Temos muitas cidades com lixões a céu aberto, que desperdiçam água, que têm rede de esgoto aberta. Precisamos acelerar o desenvolvimento com sustentabilidade”, defendeu Broininzi.


Demonstrativos de resultados ainda são as ferramentas mais confiáveis para avaliar a saúde financeira de uma empresa. Mas qualquer alfabetizado nas artes contábeis sabe que os números são letras, balanços são histórias – e histórias estão sujeitas à vontade de quem as escreve e à interpretação de quem as lê.

Por André Siqueira, na CartaCapital

É a partir desta perspectiva que vale a pena observar os resultados apresentados pelos maiores bancos privados brasileiros – Itaú e Bradesco – no primeiro trimestre do ano.

O vilão da vez responde pelo nome de inadimplência. Coincidentemente (ou não, como veremos a seguir), a onda de preocupação com os calotes surgiu justamente quando o governo tenta atrair as atenções para o elevadíssimo spread bancário – diferença entre o custo do dinheiro para as instituições financeiras e a taxa cobrada por elas ao emprestá-lo aos seus clientes. Em nome dos calotes, as ações dos bancos brasileiros teriam sido duramente castigadas no pregão de quarta-feira 25 da Bovespa. A queda, no caso do Itaú, foi de quase 6% – perto de 7 bilhões de reais em perda de valor de mercado.

Ninguém nega que houve aumentos nos atrasos nos pagamentos nos últimos meses, mas o patamar atual está longe de ser historicamente preocupante. O Itaú, por exemplo, registrou alta de 0,2 ponto percentual entre o último trimestre do ano passado e o primeiro deste ano. O que provocou a queda de 2,96% no lucro do banco nos três primeiros trimestres do ano – o ganho líquido fechou em “meros” 3,43 bilhões de reais – foi a decisão tomada pela administração de elevar substancialmente as provisões para a cobertura de créditos de difícil recuperação.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram ontem (26), por unanimidade, que a reserva de vagas em universidades públicas com base no sistema de cotas raciais é constitucional. Durante dois dias de julgamento, os ministros analisaram a ação ajuizada pelo partido Democratas (DEM), em 2009, contra esse sistema na Universidade de Brasília (UnB).

Agência Brasil

O último ministro a se manifestar, o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, disse que a política compensatória é justificada pela Constituição. Para ele, os erros de uma geração podem ser revistos pela geração seguinte.

“O preconceito é histórico. Quem não sofre preconceito de cor já leva uma enorme vantagem, significa desfrutar de uma situação favorecida negada a outros”, explicou Britto.

Nove ministros acompanharam o voto do relator, Ricardo Lewandowski. O ministro Antônio Dias Toffoli se declarou impedido de votar, porque quando era advogado-geral da União posicionou-se a favor da reserva de vagas. Por isso, dos 11 ministros do STF, somente dez participam do julgamento.

Para o ministro Celso de Mello, as ações afirmativas estão em conformidade com a Constituição e com as declarações internacionais às quais o Brasil aderiu. De acordo com a ministra Cármen Lúcia, as políticas compensatórias garantem a possibilidade de que todos se sintam iguais.

Rosa Ligia Rosso Gomes Flôr  - Promotora de Justiça*

Nos tempos atuais a família, formada a partir de todo relacionamento que tenha um elo de afetividade, tem o papel primordial de possibilitar ao indivíduo o suporte emocional para enfrentar os mais diversos problemas.

Tendo a proteção do Estatuto Fundamental do Estado Brasileiro, não pode ela simplesmente descurar do seu papel, como instituição em si mesma, devendo cada família semear entre os seus partícipes o afeto, o amor, o respeito, a solidariedade, a união, a confiança, a liberdade, proporcionando o desenvolvimento pessoal e social de cada um dos seus membros.

Assim, quando surge o núcleo familiar é que se instala o momento ideal para a prevenção dos conflitos sociais, observando para tanto as diretrizes estabelecidas pelo direito positivo, garantia especial de proteção à família, quando estabeleceu a igualdade entre homens e mulheres na convivência familiar; o pluralismo das entidades familiares merecedoras de proteção e o tratamento de igualdade entre todos os filhos.

A família contemporânea propõe rumos para uma nova sociedade contribuindo para a adoção de bases morais e éticas, ainda que alguns de seus membros enveredem por caminhos tortuosos como o das drogas. No entanto, a compreensão de todos ensejará uma recuperação para a sociedade, formando seres humanos capazes de construção de novos valores ao encontro com o exercício da cidadania e via de consequência, contribuindo para uma Pátria melhor.

Neste contexto, os pais devem promover o diálogo com os filhos, estabelecer limites, garantir o tratamento isonômico entre todos e, sobretudo, dar o exemplo.

De acordo com o Pyxis Consumo, ferramenta de potencial de mercado do IBOPE Inteligência, o gasto per capita com educação básica e superior será de R$ 303,92 neste ano

Pesquisa do IBOPE Inteligência mostra que, este ano, o brasileiro vai gastar R$ 49,55 bilhões com educação básica e superior, o que dá um gasto per capita de R$ 303,92. Esses resultados mostram um aumento em relação a 2011, quando o gasto total foi de R$ 43,61 bilhões e o per capita, de R$ 267,68. Os dados, divulgados às vésperas do Dia Mundial da Educação (28/4), são estimativas do Pyxis Consumo, ferramenta de dimensionamento de mercado do IBOPE Inteligência.


A hipertensão atinge 22,7% dos brasileiros adultos, segundo dados da pesquisa Vigitel do Ministério da Saúde, divulgados ontem (26), Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Quase 60% da população com mais de 65 anos têm a doença, que é considerada crônica.

Agência Brasil

A prevalência da hipertensão cresce à medida que a população envelhece. Na faixa etária de 18 a 24 anos, apenas 5,4% são diagnosticados com a doença. A partir dos 65 anos, o percentual salta para 59,7%. A doença é mais comum entre as mulheres (25,4%) que entre os homens (19,5%).

Em 2010, a mesma pesquisa apontou que 23,3% da população adulta vivem com pressão alta. Apesar da leve queda na comparação com os dados do ano passado, o ministério considera a taxa estável.

O coordenador do Programa de Hipertensão do Distrito Federal, cardiologista Lucimir Henrique, lembra que a população pode, e deve, aferir a pressão regularmente e ter acesso aos primeiros tratamentos nos postos de saúde. “Grande parte da população descobre que tem a doença por acaso, quando vai ao médico. É um erro comum acreditar que, para tratar a doença, você precisa ir ao especialista [em cardiologia]. Não é assim. Quem afere a pressão é a equipe de saúde: o médico, o enfermeiro que é treinado para isso. Nós temos um protocolo em consulta pública para que o enfermeiro conduza as orientações iniciais”, disse o cardiologista à Agência Brasil.

26.4.12


A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, disse hoje (26) que o país obteve avanços no combate à violência doméstica graças à Lei Maria da Penha. No entanto, cobrou que os estados invistam mais em delegacias e varas especializadas no atendimento a esses casos, ao participar de audiência pública na comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investiga denúncias de violência contra mulheres.

Agência Brasil

“Meu sonho é, quando sair da secretaria, que as delegacias todas estejam nos moldes, com atendimento especializado e de qualidade”, disse Eleonora, ao fazer uma avaliação do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. “Faço aqui um apelo aos governadores e governadoras que invistam recursos e não destruam os organismos de combate à violência. Que reforcem as delegacias. É no município e depois no estado que a violência acontece, não é aqui [na sede do governo federal]. É lá que a rede tem que acontecer”, completou.

Para a ministra, o maior desafio que o Brasil enfrenta atualmente no âmbito do combate à violência doméstica é alcançar mulheres que vivem em zonas rurais e em florestas. Segundo ela, essas pessoas as mais desprovidas de meios para recorrerem à Justiça em todo o país. “Talvez possamos pensar em serviços móveis estratégicos, parcerias com juízes e defensorias”, sugeriu.

De acordo com Eleonora, entre 2007 e 2011, foram investidos R$ 132 milhões no combate à violência contra mulheres. Ela admitiu que os recursos são poucos, mas acrescentou que a secretaria não pode “ficar esperando o ideal”. “Temos que fazer e desenvolver política com o que temos. Não acho que a falta de recursos é um impedimento para a implementação de políticas”, ressaltou.


Foi em Nova York que a atriz Joana Pires, 31, teve a ideia de fazer um blog sobre São Paulo. Ao visitar a cidade americana por mais uma vez, ela decidiu procurar notícias de moradores pela internet e fugir do roteiro turístico da metrópole.

Folha.com - Regiane Teixeira

Percebi que muitos amigos meus que vieram de outras cidades, me pediam dicas que iam desde marceneiros até onde almoçar num domingo em São Paulo", conta ela que nasceu em Presidente Prudente, no interior de São Paulo. "Decidi reunir todas essas informações num blog, sem nenhuma pretensão jornalística, apenas como alguém que mora aqui".

No aniversário de dois anos do diário digital, Joana lançou a si própria um desafio: conhecer um novo lugar na cidade todos os dias. A experiência, claro, ela relata no blog www.dicassaopaulo.com.br.



Carlos Roberto de Miranda Gomes, advogado e escritor

Mais uma vez a Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Rio Grande do Norte se preocupa com a situação dos advogados apontados pela imprensa, como envolvidos com a questão dos precatórios, exploração de prestígio ou tráfico de influência junto ao Tribunal de Justiça do nosso Estado, para alterar a ordem de precatórios ou colaborando para acordos e cálculos não compatíveis com a realidade ou, ainda, se envolvendo em negócios ilícitos em processos de despesas públicas.

A respeito dessas situações, o Código de Ética e Disciplina da OAB, publicado no Diário da Justiça do dia 01.3.95, é explícito ao dispor em seu primeiro artigo: “O exercício da advocacia exige conduta compatível com os preceitos deste Código, do Estatuto, do Regulamento Geral, dos Provimentos e com os demais princípios da moral individual, social e profissional.

A parte destacada acima induz os leitores a compreender, que não é necessário que o advogado esteja diretamente ligado a algum caso ajuizado ou não, na condição de profissional da advocacia, para ser fiscalizado pela OAB quanto ao exercício do seu “múnus legal”. O Código de Ética exige que o advogado tenha uma conduta compatível, também, com os demais princípios da moral individual, social e profissional, pois tais predicados são condições de ingresso nos seus quadros.

Por isso, ainda é a norma legal quem determina como dever do advogado, preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo seu caráter de essencialidade e indispensabilidade, como, igualmente, velar por sua reputação pessoal e profissional.

De acordo com IBOPE Inteligência, Dell e Apple lideram as intenções de compra

Fonte: Ibope

A preferência dos consumidores em 2012 será por laptops e tablets. Pesquisa do IBOPE Inteligência, em parceria com a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN), mostra que 32% dos consumidores no mundo todo têm a intenção de comprar um laptop, 24% manifestam a intenção de comprar um tablet e 22% demonstram interesse em adquirir um desktop.

A Dell é a marca preferida tanto para laptops (18%) como para desktops (15%), seguida da Apple (16% e 13%, respectivamente), HP (13% nas duas categorias), Acer (9% e 6%, respectivamente) e Samsung (7% e 6%, respectivamente). No Brasil, Apple e LG dividem as intenções de compra de laptops. Em segundo, empatam Samsung e Dell e, em terceiro, Acer e HP.

No mercado de tablet, a marca criada por Steve Jobs também lidera. Quase metade (47%) dos consumidores pretende adquirir um tablet da Apple. Samsung tem 12% das intenções, Dell, 4%, e Amazon, Sony e RIM/BlackBerry, 3% cada.

Variação - A posse de laptops em 2011 ficou praticamente estável no mundo todo, passando de 60% em 2012 para 59% no ano passado. Já a posse de desktops apresentou queda no mesmo período, de 73% para 68%. No Brasil, em 2011, a posse de desktops foi de 37%, enquanto a de laptops, 16%.

Sobre a pesquisa -
O estudo ouviu 40.557 pessoas em 44 países. No Brasil, foram 2.002 entrevistas em âmbito nacional, com homens e mulheres de 16 anos ou mais, das classes A, B, C, D e E (Critério Brasil).


Com grande maioria no plenário, os deputados da bancada ruralista conseguiram fazer várias modificações ao texto-base do novo Código Florestal aprovado hoje (25) na Câmara dos Deputados. Na votação dos destaques, os parlamentares ligados ao agronegócio derrubaram, por exemplo, a obrigação de divulgar na internet os dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O texto segue agora para sanção presidencial.

Agência Brasil

Também foi retirada do texto aprovado pelo Senado, a possibilidade de o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) bloquear a emissão de documento de controle de origem da madeira de estados não integrados a um sistema nacional de dados sobre a extração.

Os ruralistas também conseguiram derrubar um destaque que propunha que fosse retirada do texto a possibilidade de o Poder Público diminuir a reserva legal até 50% em áreas de floresta na Amazônia Legal de imóvel situado em estado com mais de 65% do território ocupado por unidades de conservação pública ou terras indígenas, ouvido o Conselho Estadual de Meio Ambiente.

Um dos principais beneficiados com derrubada do destaque é Rondônia, estado do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Moreira Mendes (PSD).

A dupla jornada de adolescentes aprendizes causa alterações na vida e na saúde dos adolescentes, como perda ou ganho excessivo de peso, sonolência e, principalmente, diminuição da capacidade de manter a atenção e queda no desempenho escolar.

Por Mariana Melo, da USP*

O estudo Percepção de jovens aprendizes e estagiários sobre condições de trabalho, escola e saúde após o ingresso no trabalho aponta as principais alterações no cotidiano e na saúde de jovens empregados por meio da Lei da Aprendizagem e também pelo capítulo V do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990).

Trabalho pela manhã e estudos à noite

A psicóloga Andréa Aparecida da Luz realizou a pesquisa, entre 2008 e 2010, sob orientação da professora Frida Marina Fischer, do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. A pesquisa de mestrado recebeu o prêmio “First Place Student Poster Award” no Congresso Internacional “30th Congress of the International Commission on Occupational Health ICOH 2012”, no qual trabalhos envolvendo Saúde Ocupacional foram avaliados por um júri em Cancún, no México, nos dias 18 a 23 de março deste ano.

O estudo foi aplicado em uma Organização não Governamental (ONG) na zona sul de São Paulo. Nesta ONG, jovens dos bairros vizinhos inscrevem-se para receber aulas preparatórias e trabalhar em empresas parceiras. Estas procuram a ONG para incorporar mão-de-obra e se adequar à Lei nº 10.097, de 19 de dezembro de 2000 e ao Decreto nº 5.598, de 1º de dezembro de 2005, os quais propõem que no mínimo 5% e no máximo 15% do quadro de funcionários de uma empresa que seja composto por jovens aprendizes.

Os atraso nas obras de mobilidade urbana para a Copa do Mundo poderão resultar em uma “herança maldita” para a população brasileira. Para o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Valmir Campelo, responsável pelo controle desses gastos, as obras inacabadas podem ficar sem recursos para ser concluídas. O ministro participou ontem (25) de audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados.

Agência Brasil

Campelo disse que não há risco de a competição ficar comprometida por causa das obras atrasadas, mas alertou que apenas 5% dos R$ 10,93 bilhões destinados a investimentos em mobilidade urbana foram executados até agora, de acordo com a Matriz de Responsabilidade, documento que define as responsabilidades da União, de estados e municípios com a execução dos projetos imprescindíveis para a Copa na área de infraestrutura. Por isso, o ministro sugeriu que sejam definitivamente suspensas as obras que não têm mais condições de ficar prontas a tempo.

“O Ministério das Cidades, o Ministério do Esporte, o Comitê Gestor da Copa do Mundo 2014 e o Grupo Executivo para a Copa devem tomar as providências para essa exclusão [das obras], estabelecendo um prazo fatal para que os estados ultimem esforços para o início dos empreendimentos. Essas entidades devem assumir o peso político dessa tomada de decisões”, disse Valmir Campelo.

O Ministério das Cidades, na Nota Técnica 34/2012, entendeu que os alertas do TCU são adequados, do ponto de vista técnico, e concordou que a situação das obras de mobilidade urbana é preocupante, tendo em vista a proximidade dos jogos e a dificuldade dos governos locais de realizar as intervenções previstas na Matriz de Responsabilidades. Todavia, segundo a nota, “os governos estaduais e municipais se comprometem a entregar as obras em prazos anteriores ao evento”.

25.4.12

Por @GustavoMaia1*

Foi-se o tempo do “guardas-livros”. As funções meramente burocráticas estão cedendo espaço para profissionais mais arrojados, que desejam aproximar informações e utilidade gerencial. Sabe-se que cursar quatro anos de ensino superior e registrar-se no CRC é apenas o início da caminhada do Contador. O mercado procura um perfil dinâmico, um profissional que se atualize constantemente e seja autodidata.

A globalização e a necessidade de inovações constantes levam os empregadores a contratar pessoas pró-ativas, com senso de responsabilidade e capacidade de se manterem atualizadas diante do caos legislativo que se verifica o Brasil. A avalanche de informações que o governo exige das empresas é um indicativo que não basta aprimoramento técnico, sendo necessário o contabilista compreender e comunicar-se dentro e fora da organização, visando adaptar tais exigências. Mensalmente, os governos federal, estaduais e municipais despejam nos diários oficiais dezenas de decretos, regulamentos, atos administrativos, instruções normativas, etc.

Diante de tal sobrecarga, o contabilista necessita focar situações estratégicas, estar preparado para ser um gerente de informações. Cada vez mais é comum as empresas consultarem os profissionais contábeis sobre composição de seus custos, para formação do seu preço de venda, análise de ponto de equilíbrio, alavancagem, análises de balanço e outras situações gerenciais. Mas, preocupado em atender inúmeras exigências principais e acessórias dos fiscos, o contador às vezes não dispões de tempo para situações que demandam análises estratégicas, o que o tornaria, de fato, um gestor de informações.

De acordo com o Pyxis Consumo, ferramenta de potencial de mercado do IBOPE Inteligência, classe B é a que apresenta maior potencial de consumo

Os gastos dos brasileiros com bebidas fermentadas (cerveja, vinho e champanhe) devem atingir R$ 5,57 bilhões este ano, de acordo com o Pyxis Consumo, ferramenta de dimensionamento de mercado do IBOPE Inteligência. A classe B tem maior potencial de consumo: R$ 2,54 bilhões. Na sequência vêm a classe C, com R$ 2,09 bilhões, a classe A, com R$ 670 milhões e a DE, com R$ 270 milhões.

A classe B, responsável por 24,45% dos domicílios urbanos do país, é a que apresenta maior potencial de consumo neste segmento: 45,51%. A classe A, com 2,60% dos domicílios em áreas urbanas, responde por 12,11%. Já a classe C (52,38% dos domicílios) tem potencial de 37,48% e a DE (20,58% dos domicílios), de apenas 4,91%.




A Companhia Gira Dança, comemorando os seus sete anos, apresenta nos próximos dias 26 e 27 o espetáculo ‘O Jardim das rosas’, com coreografia de Mário Nascimento/MG, na Casa da Ribeira.

Ingressos antecipados à 10 reais na Casa da Ribeira ou no Espaço Gira Dança. Fone 3322 4900.


O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (24) a meta de imunizar 24,1 milhões de pessoas em todo o país durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, marcada para o período de 5 a 25 de maio. A dose vai proteger também contra a influenza A (H1N1).

Agência Brasil

A meta representa 80% do público-alvo definido pela pasta, que inclui idosos a partir de 60 anos (20,5 milhões), crianças entre 6 meses e 2 anos (4,3 milhões), grávidas em qualquer período da gestação (2,1 milhões), povos indígenas (586 mil) e trabalhadores de saúde (2,4 milhões).

Cerca de 500 mil presos também devem receber a vacina. Esta será a primeira vez que o grupo será imunizado durante a campanha. Além de doses contra a influenza, os presos vão receber proteção contra a hepatite B, a difteria, o tétano tipo adulto, o sarampo, a caxumba, a rubéola e a febre amarela.

Crianças que serão vacinadas pela primeira vez deverão tomar duas doses, com intervalo de 30 dias. Aquelas que já receberam uma ou duas doses da vacina no ano passado deverão receber apenas uma este ano. Os demais grupos deverão tomar dose única.

Ao todo, 65 mil postos e 240 mil profissionais de saúde em todo o país vão distribuir as doses. Serão usados 27 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais. A data de 5 de maio será o dia de mobilização nacional, em que os postos de saúde funcionarão das 8h às 17h.

O Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta quarta-feira (25) a constitucionalidade das cotas raciais para ingresso nas universidades públicas. Colocado na pauta pelo novo presidente da corte, Carlos Ayres Britto, o julgamento pretende colocar fim à insegurança jurídica que cerca o tema, mas o debate a respeito da reserva de vagas para determinados grupos deve se prolongar.

Por Marcelo Pellegrini*

Duas ações, ambas relatadas pelo ministro Ricardo Lewandowski, servirão como pano de fundo para o julgamento. A primeira é uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 186), de autoria do Democratas (DEM), contra a Universidade de Brasília (UnB), que reserva 20% das vagas do vestibular para estudantes negros. O argumento do partido é de que as cotas raciais ferem o princípio da igualdade. A outra ação é um Recurso Extraordinário (RE 597285) de um estudante gaúcho que foi eliminado do vestibular da Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) embora tivesse obtido notas superiores às dos cotistas. Isso ocorreu porque a universidade reserva 30% das vagas para quem estudou na rede pública, sendo que metade dessa cota é destinada aos candidatos que se declararem negros na inscrição.

Além dessas duas ações, o Supremo também julgará a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ajuizada pela Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen). A entidade questiona os critérios de acesso ao ProUni. A matéria é relatada pelo ministro Carlos Ayres Britto. De acordo com a entidade, os critérios do programa são inconstitucionais e discriminatórias porque reservam as bolsas para alunos que estudaram integralmente em escola pública ou para aqueles que estudaram em escola particular com bolsa integral.

A probabilidade maior é de que a decisão do STF seja favorável às cotas. Em ocasiões anteriores, os ministros Joaquim Barbosa, Ayres Britto, Cármen Lúcia e Marco Aurélio Mello já se manifestaram favoráveis à questão. Se os quatro confirmarem esse posicionamento e outros dois também se manifestarem a favor das cotas, a questão estará definida. Neste julgamento, apenas dez ministros vão votar. Assim como no julgamento do aborto de anencéfalos, o ministro Dias Toffoli está impedido de participar do julgamento porque, na condição de advogado-geral da União, teve de se pronunciar sobre o tema.

24.4.12


Numa importante iniciativa para o combate à corrupção no país, a Comissão de Reforma do Código Penal do Senado, formada por juristas, aprovou nesta segunda-feira proposta que classifica como crime o enriquecimento incompatível com a renda declarada por políticos, juízes e demais servidores públicos.

Jaílton de Carvalho e Fernanda Krakovics, O Globo

Pelo projeto, agentes públicos com patrimônio a descoberto poderão ser punidos com pena de até 8,5 anos de prisão e perda dos bens obtidos de forma ilegal. Serão acusados de enriquecimento ilícito. O anteprojeto geral de reforma do código deverá ser encaminhado à presidência do Senado até junho.

— Talvez tenhamos atingido o tipo penal mais abrangente contra a corrupção na administração pública — afirmou o presidente da comissão, Gilson Dipp, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Hoje, o Código Penal já dispõe de vários artigos contra a corrupção no serviço público. A nova proposta deve facilitar a identificação e a punição de desvios de conduta de ocupantes de cargo público. Bastará aos órgãos de investigação criminal provar que um político, juiz ou servidor acumulou patrimônio ou usufrui de bens incompatíveis com a renda declarada. Ou seja, não se exigiria provas do crime que permitiu a obtenção de valores e bens de forma criminosa.



O jornalista e blogueiro do Maranhão Décio Sá foi assassinado na noite desta segunda-feira (23) no bar Estrela D'Alva, na Avenida Litorânea, por volta de 23h30, em São Luiz-MA. Décio em seu blog foi o jornalista que mais repercutiu a suposta ligação de políticos e autoridades maranhenses no caso Fernanda Lages.


Seu blog é dos mais acessados do Maranhão
Segundo testemunhas, ele estava sentado quando um homem caminhando apontou uma arma e atirou duas vezes contra a cabeça do jornalista, que morreu na hora. Depois, o matador saiu caminhando e fugiu em uma moto. Ainda segundo testemunhas, o comparsa aguardava o atirador do outro lado da pista.

Curiosos, amigos, jornalistas e o secretário de segurança, Aluísio Mendes, foram ao local ao saber da morte de Décio. A polícia faz diligências no momento para prender os criminosos.

“Foi um crime muito ousado. Foi um crime encomendado. As pessoas que entrararam aqui no bar vieram com a intenção de executar o jornalista Décio Sá. As pessoas que testemunharam o fato disseram que o autor dos disparos não escondeu nem a cara”, disse o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes.

Décio Sá era repórter do jornal O Estado do Maranhão. No seu blog pessoal, colecionava milhares de acessos e algumas polêmicas pelo estilo crítico dos seus textos e dos assuntos que explorava. Entre eles, a suposta ligação de maranhenses no caso Fernanda Lages.

Ele dedicava o trabalho a cobrir a política do Maranhão. Durante a carreira ganhou a simpatia de muitos e a antipatia de outros tantos.

Décio Sá se formou na Universidade Federal do Maranhão. Além de O Estado, jornal em que trabalhava como repórter de política há quase uma década, também foi repórter de O Imparcial.

Com informações dos sítios: Cidade Verde, O Imparcial e do Jornal O Pequeno


O governo mantém as projeções de crescimento econômico para 2012, 2013 e 2014. De acordo com as estimativas, publicada na versão em inglês do documento Economia Brasileira em Perspectiva, elaborado para investidores estrangeiros, o Brasil crescerá 4,5% em 2012, 5,5% em 2013 e 6% em 2014. A versão em português do documento ainda não foi liberada pelo Ministério da Fazenda.

Agência Brasil

As projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) divulgadas hoje (24) são idênticas às de fevereiro já anunciadas pelo Ministério da Fazenda. A média de crescimento, porém, foi reduzida no período 2011-2014 de 4,8% para 4,7%, porque o crescimento da economia estimado em 2011, inicialmente de 3,2%, caiu para 2,7%.

Em relação à inflação, o governo mostra-se mais otimista e a projeção que, no último documento em fevereiro foi estimada em 4,7%, foi revista para 4,4%, indicando que ficará abaixo do centro da meta (4,5%). Sobre os juros, o documento mostra que a redução da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central (BC) em março para 9,75 % ao ano, permitiu que a taxa real caísse de 4,35% para 3,44% ao ano. Os juros reais descontam a inflação.

O governo ainda considera um sucesso o resultado da política fiscal. De acordo com o documento, nos dois primeiros meses de 2012, o Governo Central (Previdência Social, Banco Central e Tesouro Nacional), apresentou um superavit de R$ 25,6 bilhões, o que representa 91,2% da meta para o primeiro quadrimestre. “O resultado, juntamente com os dos governos regionais, levou o Setor Público a alcançar R$ 35,5 bilhões de superávit primário, o que representa 25,4% da meta do ano", registra o documento. A meta de superavit do setor público é R$ 139,8 bilhões.


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