CALANGOTANGO não é um blog do mundo virtual. Não é uma opinião, uma personalidade ou uma pessoa. É a diversidade de idéias e mãos que se juntam para fazer cidadania com seriedade e alegria.

Sávio Ximenes Hackradt

30.6.11


Agência Brasil
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a representação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil deram início hoje (30) ao Seminário Internacional de Mídias Públicas: Desafios e Oportunidades para o Século 21. O evento reunirá até amanhã (1º), na sede da EBC, especialistas brasileiros e estrangeiros para um debate sobre questões da radiodifusão pública e experiências desenvolvidas na América Latina, nos Estados Unidos e na Europa.
O primeiro painel tratou do papel da mídia pública. Para o professor da Universidade Católica do Chile Valerio Fuenzalida, uma TV pública deve contemplar a pluralidade de opiniões da sociedade. “Não pode ser um ambiente pequeno, tem que apresentar pontos de vista diversos e passar a ser espaço de discussão”, disse Fuenzalida. O professor, que gravou sua participação em vídeo, disse que é preciso reforçar o papel dessa mídia como um espaço de debate de toda a sociedade. 
O professor de comunicação da Universidade de Brasília (UnB) e membro do Conselho Curador da EBC, Murilo Ramos, acredita que a programação infantil e o jornalismo de qualidade devem ser os diferenciais de uma televisão pública em comparação com as tevês comerciais. “Criança e jornalismo definem a proposta. O resto você vai trabalhar em volta”, disse ele. De acordo com Ramos, a radiodifusão deve ter mais obrigações que o sistema privado, sem abrir mão do investimento em  tecnologia.
A Unesco avalia que uma mídia pública deve ser baseada na oferta de uma programação plural e diversa adequada às demandas do país, em um modelo de gestão autônomo e independente, na prestação de contas à sociedade e ter foco na educação.
“A Unesco não está dizendo que existe um modelo ideal ou uma receita de bolo para os países. A construção dos sistemas públicos precisa se valer da experiência comparada [com outras nações], mas ela sempre vai ser única e precisa dar conta do contexto das realidades específicas do país”, disse o coordenador de Comunicação e Informação da Unesco no Brasil, Guilherme Canela.

Folha.com – Equilíbrio e Saúde
Pense duas vezes se você consome refrigerante diet para manter a forma física. Um novo estudo americano apresentado durante uma conferência da Associação Americana de Diabetes diz que a bebida diet está associada ao ganho de peso.
A cintura de quem toma dois ou mais refrigerantes diet por dia pode aumentar seis vezes, se comparado com os não consumidores. O estudo que vem da Escola de Medicina da Universidade do Texas acompanhou 474 indivíduos durante dez anos.
A conclusão obtida é que quanto mais uma pessoa bebe refrigerante diet, mais ela engorda. A circunferência abdominal, cujo tamanho pode indicar a propensão ou não a doenças cardíacas, também ficou 70% maior.
Uma outra pesquisa apresentada no mesmo evento médico afirma que o aspartame, presente como ingrediente de produtos diet e usado como adoçante, aumentou o nível de acúçar no sangue de camundongos com propensão a diabetes.
Estudos como esses mostram que o refrigerante diet e o aspartame não são tão bons para as saúde quanto a propaganda sugere.
Para a professora de epidemiologia clínica Helen Hazuda, que conduziu o estudo da Universidade do Texas, os consumidores deveriam ser alertados sobre os perigos à saúde ao ingerir esses produtos.

Sonoro sinal de alarme para a economia mundial soou o Fundo Monetário Internacional (FMI), advertindo que os riscos por um novo crash de crédito têm aumentado e destacou que "EUA e Europa brincam com o fogo se não tomarem urgentemente medidas para redução de seus déficits fiscais".
Por Laura Britt, para o Monitor Mercantil
Ainda, o FMI salienta que "a atividade econômica em escala mundial tem sido desacelerada desde o início deste ano e os riscos têm aumentado por causa da ameaça de uma crise política na periferia da Zona do Euro que poderá disseminar-se em outras regiões".
"Os políticos deverão trabalhar duramente para atingir rápido progresso no que diz respeito o fortalecimento do sistema financeiro", aconselha o FMI em seu relatório semestral (revisto), sobre as perspectivas da economia mundial".
"A mensagem-chave é que estamos ingressando em uma fase da crise - a denominada fase política da crise - e já é hora para serem tomadas as decisões políticas necessárias, a fim de serem evitados outros problemas", disse apresentando o relatório o responsável para temas monetários e os mercados de capitais do FMI, José Viñals.

Agência Brasil
A violência e as falhas na atenção à saúde de povos indígenas têm mantido altas as estatísticas de mortes nessas populações a cada ano. A conclusão está no relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil – 2010, que o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) divulga hoje (30). O levantamento revela que, no ano passado, pelo menos 60 indígenas foram assassinados no país, repetindo os números de 2008 e 2009.  
“O que fica mais evidente é que continua tudo igual. Temos a reprodução de uma situação que é dramática”, avalia a  antropóloga Lúcia Helena Rangel, coordenadora da pesquisa.
A maioria dos homicídios, de acordo com o Cimi, ocorreu em Mato Grosso do Sul, região de conflitos históricos entre índios e grandes produtores rurais pela posse de terras. O estado registra mais de 50% dos assassinatos indígenas em 2010 e o maior percentual de ameaças e tentativas de assassinatos notificados pelos pesquisadores.
Alem da violência, o levantamento traz informações sobre outras violações de direitos indígenas, como a assistência à saúde. Em 2010, os números foram alarmantes: de acordo com o relatório, 92 crianças indígenas menores de 5 anos morreram vítimas de doenças consideradas “facilmente tratáveis”, número 500% maior que o registrado em 2009. “A situação do povo Xavante, que perdeu 60 das 100 crianças nascidas vivas, é um absurdo”, destaca a coordenadora.
O documento também registra casos de violência policial, desrespeito à demarcação e exploração ilegal de recursos em terras indígenas.
Segundo Lúcia Helena, a repetição das estatísticas negativas revela o descaso histórico em relação às causas indígenas e o recente acirramento do preconceito contra os povos tradicionais. “Reflete o não reconhecimento dos direitos indígenas, por parte do Estado, por parte dos políticos, dos donos de terra e da população em geral, que expressa um racismo contra os indígenas que está cada vez mais descarado”, acrescenta.

Baseado numa livre adaptação do texto “As Cadeiras” de Eugène Ionesco o espetáculo de Dança-teatro Sente-se será apresentado dias 1° e 2 de julho às 20h no Barracão dos Clowns.
A concepção e direção são de responsabilidade do coreógrafo e pesquisador em dança-teatro Mauricio Motta, que interpreta um dos personagens junto a Anízia Marques.
Produzido pela si-la-bAs c.dança o espetáculo leva ao palco dois nomes de referência na cidade, expondo uma face da dança pouco explorada em Natal; a dança-teatro.
A montagem de 2009 já foi apresentada nos palcos potiguares e teve passagem no 14° Festival Internacional do Recife e no 19° Festival de Curitiba.
A si-la-bAs é a única companhia brasileira convidada a participar do projeto TANZLANDSCHAFT SUR, uma organização internacional que busca criar um network entre artista e instituições artísticas voltadas a pesquisa em dança contemporânea.
Sente-se, conta a história de um casal, juntos há 70 anos, que vive isolado em um farol. Uma grande conferência, por eles organizada, quebra a monotonia cotidiana de suas existências.
A razão deste evento é a apresentação do resultado de suas reflexões, construídas ao longo de toda uma vida e que, segundo eles, mudará o mundo.
A chegada dos convidados dá início a um jogo entre o irracional e o racional, entre sonho e realidade.

29.6.11


Nilton Bobato - Vereador do PCdoB em Foz do Iguaçu (PR), membro do Conselho Nacional de Política Cultural, professor e escritor.
Para cumprir efetivamente o seu papel, o Plano Nacional de Educação – PNE precisa dialogar com o Plano Nacional de Cultura – PNC. Não vamos construir uma educação eficaz se o plano que deve gerir seus passos nos próximos 10 anos não levar em conta os valores culturais deste país. Construir uma educação voltada apenas para resolver os gargalos da mão de obra brasileira é contraditório com o tipo de país e de nação que nos propusemos desde a eleição de Lula.
Até a semana passada não havia me dado conta de que o debate em torno do Plano Nacional de Educação, projeto de lei que tramita no Congresso, está se dando apenas pelos profissionais de educação, em sua maioria quadros experientes e com grandes contribuições a dar ao projeto, mas estão ficando fora deste debate importantes visões da sociedade que precisam ser levadas em conta, principalmente os quadros que atuam na cultura, mas poderia acrescentar aqui o pessoal do esporte, do desenvolvimento social, das questões de gênero, das minorias, do desenvolvimento sustentável. Diálogos que precisam ser estabelecidos neste processo.

Agência Brasil
A economia subterrânea, como é chamada a produção de bens e serviços não informada deliberadamente aos governos, atingiu no Brasil, no ano passado, R$ 663,4 bilhões, o que equivale a 18,3% do Produto Interno Bruto (PIB). O Índice de Economia Subterrânea foi divulgado hoje (28), em São Paulo, pela Fundação Getulio Vargas (FGV), em conjunto com o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco).
Segundo o professor Fernando de Holanda Barbosa Filho, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, a atividade subterrânea é parte significativa da economia, mas sua participação no PIB tem caído ao longo dos últimos anos. Em 2003, a participação era de 21% do PIB.
Essa redução é atribuída a dois fatores. Um deles é o aumento da atividade econômica, que reduz as incertezas. “As empresas ficam mais confortáveis em contratar pessoas formalmente, visto que a perspectiva de crescimento elevado não deve mudar no curto prazo”. Outro fator que contribuiu para a redução da participação da economia subterrânea no PIB foi a expansão do crédito.
O economista do Ibre/FGV acredita que a relação entre a economia subterrânea e o PIB seguirá caindo nos próximos anos, devido ao nível de crescimento mais elevado e à expansão do crédito. O cenário poderá ser alterado se houver um aprofundamento da crise grega, por exemplo, assinalou.
Holanda destacou a necessidade de se conhecer o tamanho do problema causado pela economia subterrânea para que se possa combatê-lo. De acordo com ele, não basta apenas aumentar a fiscalização para acabar com esse tipo de economia. O importante, acrescentou, é entender o que está levando um número expressivo de pessoas à economia subterrânea, atacar as causas e levá-las à economia formal.
A carga tributária elevada, o excesso de burocratização e a corrupção são fatores que podem estimular a economia subterrânea, disse Holanda. “A economia subterrânea é o sintoma do problema. Alguns deles jogam a economia em direção à economia subterrânea.”
É difícil medir a economia subterrânea, que engloba atividades ilegais, como a pirataria. O índice calculado pela FGV e o Etco desde 2007 estima os valores não declaradas aos poderes públicos para sonegar impostos e as atividades que estão na informalidade devido ao excesso de tributação e de burocracia. “O índice é importante para mostrar que a economia subterrânea tem um tamanho significativo e não deve ser ignorada”, disse Holanda.
O tamanho da economia subterrânea foi estimado com base na renda do mercado de trabalho formal no Brasil, multiplicada pelo fator de informalidade. Outra medida usada pela FGV e Etco foi a equação de demanda por moeda, considerando a carga de tributos diretos e os trabalhadores sem carteira.

O Globo
Em pesquisa sobre violência doméstica, divulgada nesta terça-feira, pelo Instituto Avon e pela Ipsos, revela que 47% das mulheres confessaram que já foram agredidas fisicamente dentro de casa. O levantamento "Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil" revelou ainda que, na região Centro-Oeste do país, o medo de ser morta é o principal motivo das mulheres agredidas não abandonarem os seus agressores. O motivo foi apontado por 21% das entrevistadas na região.
Nos estados do Sudeste, o medo de ser morta caso rompa a relação chega a 15%. No Sul, 16%. O Nordeste tem o menor índice: 13%. O estudo também mostrou que o alcoolismo e o ciúme são os principais motivos da agressão à mulher.
- É uma vergonha a mulher não sair de casa porque podem ser mortas. Ciúme não é paixão. É algo mais complexo. O homem acha que tem posse da mulher. E a sociedade machista é um problema porque acha que a mulher não tem direito à autoestima e nem pode falar, se manifestar - comenta a socióloga Fátima Jordão, conselheira do Instituto Patrícia Galvão, Ong que defende os direitos da mulher.
Entre as mulheres agredidas no país, 15% apontam que são forçadas a fazer sexo com o companheiro. Os homens também admitem que já agrediram fisicamente as mulheres: 38%. Além de ciúmes e alcoolismo, eles confessam que já bateram nas companheiras sem motivo (12% das razões apontadas).
A falta de dinheiro para viver sem o companheiro também é um motivo apontado pelas mulheres que não largam os seus agressores (25%).
O estudo mostrou que a sociedade não confia na proteção jurídica e policial nos casos de violência doméstica. Essa é a percepção de 59% das mulheres e de 48% dos homens. - Denunciar depende da coragem da mulher. O número de denúncias feitas ainda é pequeno em relação à violência que existe. Isso acontece porque as políticas públicas, que incluem delegacias especializadas e centros de referência, para que a mulher confie e vá denunciar ainda estão aquém da necessidade - diz Maria da Penha Fernandes, que teve a história de vida como inspiração na criação da Lei Maria da Penha, que completará cinco anos em vigor. Em 1983, Maria da Penha ficou paraplégica após levar um tiro do marido.
Atualmente, o país tem 388 delegacias especializadas no atendimento à mulher, 70 juizados de violência doméstica, 193 centros de referência de atendimento à mulher e 71 casas para abrigo temporário.
A pesquisa foi feita em 70 municípios brasileiros, com 1.800 homens e mulheres, entre 31 de janeiro e 10 de fevereiro. Para relatar a violência vivenciada, os entrevistados responderam um questionário sigiloso e devolveram o envelope lacrado.

28.6.11

Artigo da jornalista paraibana Sheila Raposo
Cultivado entre os cascalhos do chão seco e as cercas de aveloz que se perdem no horizonte, cresceu, forte e robusto, o meu orgulho de pertencer a esse pedaço de terra chamado Nordeste.
Sou nordestina. Nasci e me criei no coração do Cariri paraibano, correndo de boi brabo, brincando com boneca de pano, comendo goiaba do pé e despertando com o primeiro canto do galo para, ainda com os olhos tapados de remela, desabar pro curral e esperar pacientemente, o vaqueiro encher o meu copo de leite, morninho e espumante, direto das tetas da vaca para o meu bucho.
Sou nordestina. Falo oxente, vôte e danou-se. Vige, credo, Jesus-Maria e José! Proseio com minha língua ligeira, que engole silabas e atropela a ortoépia das palavras. O meu falar é o mais fiel retrato. Os amigos acham até engraçado e dizem sempre que eu “saí do mato, mas o mato não saiu de mim”. Não saiu mesmo! E olhe: acho que não vai sair é nunca!
Sou nordestina. Lambo os beiços quando me deparo com uma mesa farta, atarracada de comida. Pirão, arroz-de-festa, galinha de capoeira, feijão de arranca com toucinho, buchada, carne de sol... E mais uma ruma de comida boa, daquela que, quando a gente termina de engolir, o suor já está pingando pelos quatro cantos. E depois ainda me sirvo de um bom pedaço de rapadura ou uma cumbuca de doce de mamão, que é pra adoçar a língua. E no outro dia, de manhãzinha, me esbaldo na coalhada, no cuscuz, na tapioca, no queijo de coalho, no bolo de mandioca, na tigela de umbuzada, na orêa de pau com café torrado em casa!
Sou nordestina. Choro quando escuto a voz de Luiz Gonzaga ecoar no teatro de minhas memórias. De suas músicas guardo as mais belas recordações. As paisagens, os bichos, os personagens, a fé e a indignação com que ele costurava as suas cantigas e que também são minhas. Também estavam (e estão) presentes em todos os meus momentos, pois foi em sua obra que se firmou a minha identidade cultural.
Sou nordestina. Me emociono quando assisto a uma procissão e observo aqueles rostos sofridos, curtidos de sol do meu povo. Tudo é belo neste ritual. A ladainha, o cheiro de incenso. Os pés descalços, o véu sobre a cabeça, o terço entre os dedos. O som dos sinos repicando na torre da igreja. A grandeza de uma fé que não se abala.
Sou nordestina. Gosto de me lascar numa farra boa, ao som do xote ou do baião. Sacolejo e me pergunto: pra quê mais instrumento nesse grupo além da sanfona, do triangulo e da zabumba? No máximo, um pandeiro ou uma rabeca. Mas dançar ao som desse trio é bom demais. E fico nesse rela-bucho até o dia amanhecer, sem ver o tempo passar e tampouco sentir os quartos se arriando, as canelas se tremelicando, o espinhaço se quebrando e os pés se queimando em brasa. Ô negócio bom!
Sou nordestina. Admiro e me emociono com a minha arte, com o improviso do poeta popular, com a beleza da banda de pífanos, com o colorido do pastoril, com a pegada forte do côco-de-roda, com a alegria da quadrilha junina. O artista nordestino é um herói, e nos cordéis do tempo se registra a sua história.
Sou nordestina. E não existe música mais bonita para meus ouvidos do que a tocada por São Pedro, quando ele se invoca e mete a mãozona nas zabumbas lá do céu, fazendo uma trovoada bonita que se alastra pelo Sertão, clareando o mundo e inundando de esperança o coração do matuto. A chuva é bendita.
Sou nordestina. Sou apaixonada pela minha terra, pela minha cultura, pelos meus costumes, pela minha arte, pela minha gente. Só não sou apaixonada por uma pequena parcela dessa mesma gente que se enche de poderes e promete resolver os problemas de seu povo, mentindo, enganando, ludibriando, apostando no analfabetismo de quem lhe pôs no poder, tirando proveito da seca e da miséria para continuar enchendo os próprios bolsos de dinheiro.
Mas, apesar de tudo, eu ainda sou nordestina, e tenho orgulho disso. Não me envergonho da minha história, não disfarço o meu sotaque, não escondo as minhas origens. Eu sou tudo o que escrevi, sou a dor e a alegria dessa terra. E tenho pena, muita pena, dos tantos nordestinos que vejo por aí, imitando chiados e fechando vogais, envergonhados de sua nordestinidade. Para eles, ofereço estas linhas.

Folha de São Paulo
Dez anos após a implantação das primeiras leis de cotas no país — no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul—, ao menos ou 23% das vagas em universidades públicas são reservadas para políticas de ação afirmativa.
O dado é de um estudo do Grupo de Estudos Multidisciplinares de Ações Afirmativas (da Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
Isso representa cerca de 54 mil vagas. Porém, foram as instituições privadas as principais responsáveis pelo aumento da proporção negra e parda no ensino superior.
Dados tabulados pela Folha a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE mostram que, no ensino superior, a proporção de autodeclarados negros e pardos cresceu de 21% para 35% de 2001 a 2009.
No ensino superior público, o aumento foi de 314 mil para 530 mil, uma variação de 69%. No privado, o crescimento foi de 264%, de 447 mil para 1,6 milhão. No total da população, a proporção desses grupos variou de 46% para 51%.
O sociólogo Simon Schwartzman, presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade, lembra que o aumento da proporção de negros e pardos já havia acontecido no ensino médio por causa da expansão das matrículas nesse setor.
"No caso do ensino superior, como foi o setor privado que mais cresceu, foi nele também que ocorreu o maior aumento de pretos e pardos", afirma.

Agência Brasil
O Banco Central (BC) divulgou hoje (28) nota para alertar sobre nova tentativa de golpe pela internet. Mensagem enviada para e-mails com a logomarca do BC convida os clientes de várias instituições financeiras a se cadastrarem no fictício programa Mais Segurança do Banco Central.
“Diante de mais essa tentativa de fraude, o BC orienta os usuários da internet para, em hipótese alguma, preencherem cadastro, copiarem arquivos ou executarem tarefas sugeridas por mensagens dessa natureza”.
No comunicado, o banco reitera que não envia e-mails diretamente a correntistas e outros usuários do sistema financeiro, “exceto quando responde a demandas específicas solicitadas por clientes de instituições financeiras”.
Para tirar dúvidas, o BC tem disponível a central de atendimento pelo telefone 0800 979 2345 ou pelo site www.bcb.gov.br, seção de atendimento ao cidadão (Fale Conosco).

Artigo divulgado na revista Imprensa, em junho de 2011, sobre consumo de rádio na internet
Site Ibope
Na década de 40, o rádio era o grande veículo de massa. Levava para dentro dos lares as últimas notícias sobre a guerra, as novelas que emocionavam as donas de casa; as novidades políticas e sociais; os lançamentos musicais; as piadas dos humorísticos, os novos produtos e as ofertas do comércio.

O tempo passou e o rádio dividiu sua posição de principal meio de comunicação com outros veículos de massa. 

Mas, graças à sua capacidade de reinventar-se e manter-se contemporâneo ao seu tempo, está vivo, vigoroso e fidelizando uma multidão de ouvintes que viajam embalados nas suas frequências.

A habilidade para manter os ouvintes ativos, decorre, principalmente, da forte percepção do “espírito humano” inerente ao rádio: ele é um companheiro antenado com os gostos/estilos musicais e as necessidades pontuais de informações; tem uma programação dinâmica, que se constrói ao longo do dia; é alegre e de alto astral; descontraído, passível de erro e improviso, abrindo espaço para o riso e o inesperado. Isto o torna caloroso e íntimo: é a cara do ouvinte. 

Considerando que as relações modernas gravitam cada vez mais no plano virtual, com uma imensa teia de comunicação, muitas emissoras de radiodifusão perceberam a importância de estar presente neste ambiente, reafirmando sua imagem de veículo humanizado, com diálogo próximo e estreito com o ouvinte, por meio de programações e conteúdos próprios, para consolidar a sua marca também no mundo online. 

Contudo, o homem é homem e tem necessidades, desejos e anseios, tanto no ambiente on como offline.

27.6.11


O dia 28 de Junho é o Dia Internacional do Orgulho LGBT. O Fórum LGBT Potiguar promoverá um Ato Público a partir das 14h no calçadão da rua João Pessoa, esquina com a Av. Rio Branco, em frente a C&A.

A notícia explodiu esta semana na mídia estadunidense: um premiado jornalista, que ganhou o Pulitzer, principal prêmio do jornalismo americano, pela cobertura do massacre na Universidade Virginia Tech, veio a público e revelou um segredo guardado há quase 15 anos: “Sou um imigrante ilegal”.
Por Eliakim Araujo, no Direto da Redação
Jose Antonio Vargas (parece nome hispânico, mas ele é de origem filipina) declarou que é igual aos milhões de imigrantes que vivem nos EUA sem documentos. E desabafou: “Estou cansado, não quero mais essa vida”. Aproveitou para pedir perdão a seus antigos empregadores por mentir todos esses anos permanecendo e trabalhando no país ilegalmente.
A história de Vargas (30 anos) tem lances comoventes. Quando tinha 12 anos, sua mãe o enviou para a Califórnia para viver com os avós. Ele não sabia nada sobre imigração e só veio a saber quando chegou aos 16 anos e foi requerer a carteira de motorista. O funcionário que o atendeu, depois de examinar seu greencard (cartão de residência para estrangeiros), disse: “Isso é falso, não volte aqui novamente”. Até que o funcionário foi bonzinho com ele. Outro poderia tê-lo entregue à polícia.
Só então Vargas soube que seu avô, pensando ajudá-lo, comprou documentos falsos. Naquele momento ele se perguntou como poderia conviver com uma situação como essa, de alto risco?
Aqui cabe uma explicação. Usar número de documento falso nos Estados Unidos é crime muito grave, punido com extremo rigor. Apesar disso, sempre se ouviu falar que é difícil, mas não impossível, conseguir-se um falso número de Social Security, documento sem o qual você não existe para o governo americano. Não se sabe se eles ainda atuam, mas no passado recente existiam os “papeleiros”, gente especializada em fraudar documentos para legalizar imigrantes.
Mas voltando ao nosso herói, Vargas não se intimidou com o risco que correu no departamento que emite carteiras de motorista. Bom aluno, ele concluiu o ensino médio e foi aceito na San Francisco State University com bolsa de estudos.
Depois de formado, Vargas passou por situações difíceis na busca de estágios e empregos. Ora era aceito, ora recusado, por falta de documentos. Mas acabou chegando a um dos templos do jornalismo estadunidense, o Washington Post, aquele que denunciou o escândalo de Watergate, que redundou na renúncia do presidente Nixon. E foi lá que Vargas conquistou o cobiçado prêmio Pulitzer.
Graças ao seu talento e à sua determinação, Vargas chegou ao spot light do mercado de trabalho, ao contrário de milhões de outros imigrantes indocumentados, inclusive filipinos, que vivem à sombra da sociedade estadunidense, explorados por patrões inescrupulosos, muitas vezes seus próprios compatriotas.

O que se questiona agora é o que vai acontecer com Vargas, o homem que simplesmente desmoralizou e mostrou como é vulnerável o sistema migratório do país.
Ao pé da letra, ele teria que ser preso e processado pelo uso de documentos falsos, mas quem terá peito para fazer isso num país onde os políticos usam a questão migratória para conseguir votos? Além disso, para punir Vargas, as autoridades teriam que punir toda a cadeia de seus benfeitores, pessoas e empresas jornalísticas, que lhe deram a oportunidade de trabalhar e mostrar que ele é bom no que faz.
Por sua vez, Vargas declarou que tirou um peso das costas e agora vai pressionar o Congresso pela aprovação do Dream Act (Development, Relief and Education for Alien Minors), que dará a milhares de jovens que chegaram cedo aos EUA, como ele, o direito de se tornarem cidadãos, desde que se formem em universidades americanas ou sirvam nas forças armadas. Mas o projeto empacou no Capitólio, por conta das divergências entre os partidos políticos.
A bela história de Vargas pode ser o ponto de partida para a prometida reforma migratória, prioridade de Obama quando candidato.

Muito mais que “esboços” ou adiantamento da obra maior de Karl Marx, os três manuscritos econômicos de 1857-1858 que compõem os quase lendários Grundrisse constituem patrimônio das ciências humanas de inestimável valor.
Portal Vermelho
Parte de uma luta ideológico-política pela exclusividade do “verdadeiro” Marx, a obra somente veio à luz já na primeira metade do século XX, em virtude dos conflitos centrados no controle que o Partido Comunista da ex-URSS exerceu sobre os escritos não divulgados do filósofo alemão.
Considerados inicialmente espécie de amostra ou work in progress do que viria a ser a obra central de Marx, sabe-se hoje que examinar os Grundrisse é como ter acesso ao laboratório de estudos de Marx no curso de sua extensa atividade intelectual, o que permite acompanhar a evolução de seu pensamento, as áreas específicas de interesse que deles se desdobram, e, sobretudo, compreender no detalhe o seu método de trabalho.
Publicada integralmente e pela primeira vez em português, esta obra crucial de Marx para o desenvolvimento de sua crítica da economia política consiste em três textos bastante distintos entre si em natureza e dimensão. O primeiro, que só mais tarde o filósofo intitularia “Bastiat e Carey”, foi escrito em um caderno datado de julho de 1857.

26.6.11


A maior crise de refugiados dos últimos 15 anos se arrasta sem perspectiva de saída próxima
Carolina Rossetti – O Estado de São Paulo
O Dia Mundial do Refugiado, na segunda-feira, coincidiu com a divulgação de números desanimadores. Neste momento, existem no mundo 43,7 milhões de pessoas expulsas de suas terras por causa de guerras civis, perseguições religiosas, étnicas, políticas ou desastres naturais. Quase metade são crianças e adolescentes. E, ao contrário do que se pensa, 80% buscam abrigo em países pobres.
É o maior pico de pessoas deslocadas dos últimos 15 anos. Desde o conflito dos Bálcãs não se via cenário tão desolador, atesta o pesquisador de imigração forçada da Universidade de Oxford, Alexander Betts. Diretor do centro de estudos Global Migration Governance Project e autor de Refugees in International Relations (Oxford University Press), Betts diz que o mundo fracassou em encontrar uma solução de longo prazo para os refugiados, pois o modelo dos campos só perpetua a situação de exílio e produz gerações inteiras que não terão chance de “florescer como seres humanos”.
O conceito de refugiado é dos anos 50 e não consegue dar conta das complexidades contemporâneas, deixando milhares num “vácuo jurídico”, ele alerta. Mas pior que isso é a atitude “histérica e desproporcional” da Europa de encarar os refugiados como ameaça à segurança nacional – uma manobra oportunista de políticos ávidos por bodes expiatórios para os seus problemas internos.
Por que número de refugiados aumentou?
Não temos um pico tão alto desde os anos 90, com a crise nos Bálcãs, quando bósnios fugiram em massa para a Europa Ocidental. A comunidade internacional tinha a visão otimista de que, quando os conflitos se resolvessem, as pessoas voltariam para casa. Só que em 2010 o número de repatriações foi o menor dos últimos 20 anos. A premissa do direito internacional é a de que a repatriação precisa ser voluntária. E isso depende de uma melhoria das condições de segurança dos países de origem. Mas temos conflitos que se arrastam por anos, sem solução à vista, como na Somália e Afeganistão – este o país de origem da maioria dos refugiados. E novas turbulências surgem, como no Sudão e Norte da África, que nem entraram no último relatório da Agência da ONU para Refugiados (Acnur).
Diante da preocupação da Europa com a onda de africanos em Lampedusa, o alto comissário da Acnur, Antonio Guterres, pede a ‘abertura das fronteiras para os que buscam proteção’.

Atenas, 24/6/2011 – Os ativistas pacifistas norte-americanos que se preparam para partir levando mensagem de solidariedade ao povo de Gaza a bordo do barco de bandeira norte-americana “A Audácia da Esperança” [título de livro de Obama] manifestaram profundo desapontamento, depois de ‘alerta’ emitido pelo Departamento de Estado dos EUA no dia 22/6/2011. 

Em vez de escrever ao governo de Israel, exigindo livre passagem para um barco que conduz cidadãos norte-americanos desarmados com ajuda humanitária aos palestinos, o governo dos EUA pressiona seus próprios cidadãos para que não empreendam movimento legal que livremente decidiram empreender.

Na 4ª-feira, o departamento de Estado emitiu um “alerta de viagem” dirigido a cidadãos norte-americanos que planejem participar da Flotilha de Liberdade para Gaza. O documento aconselha os cidadãos norte-americanos a não viajar para Gaza por qualquer meio, por terra, mar ou ar, “considerando que em tentativas anteriores de entrar em Gaza por mar, os barcos foram impedidos por comandos israelenses, ação que resultou em mortos e feridos, além de prisão e deportação de cidadãos dos EUA.” 

“Pelos termos do documentos, conclui-se que o Departamento de Estado entende que os atos de violência previsíveis de Israel contra manifestantes desarmados seriam eventos tão naturalmente previsíveis quanto maremotos ou tempestades” disse Hagit Borer, professora de Linguística da Universidade Southern California e passageira do barco norte-americano. “É atitude espantosa, vinda de governo que garante a Israel bilhões de dólares em ajuda militar e usa rotineiramente seu poder de veto para impedir que o governo de Israel seja censurado pelo Conselho de Segurança da ONU, pela prática de crime de ocupação ilegal de terras palestinas.”

Por Anivaldo Padilha, Marcelo Zelic, Roberto Monte e Vicente Roig *
O estado brasileiro publicou no site da Secretaria de Direitos Humanos comunicado informando que efetuou a publicação no Diário Oficial e no jornal O Globo dia 15/06 da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre o caso Julia Gomes Lund e outros.
Diz a nota da Ministra:
“Publicar o resumo dessa sentença é parte do cumprimento do Estado brasileiro em relação ao que foi decidido pela Corte Interamericana de Direitos Humanos no caso da Guerrilha do Araguaia (1972-1975).
Dentre os aspectos emblemáticos da sentença destaca-se a necessidade de continuar as buscas para identificar e entregar os restos mortais dos desaparecidos políticos aos seus familiares; oferecer tratamento médico, psicológico e psiquiátrico para as vítimas que requeiram e, sistematizar as informações sobre a Guerrilha e demais violações ocorridas durante o regime militar no Brasil.”
De fato, é parte do cumprimento da sentença dar ciência à população brasileira dos termos da condenação do Brasil pelos fatos ocorridos na Guerrilha do Araguaia, cumprir o prazo de divulgação, mesmo que no último dia, sinaliza desejo de cumprimento, mas destacar como emblemático somente as buscas aos desaparecidos, é reduzir a abrangência da condenação que o Brasil sofreu na Corte.
É necessário que o país cumpra a sentença INTEIRA. A apuração dos fatos e a responsabilização dos culpados pelos assassinatos, torturas e desaparecimentos forçados, entendidos na jusrisprudência da Corte Interamericana como crimes de lesa-humanidade, TAMBÉM TEM DE SER cumprida pelo Estado.

A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Floripa (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.
Ela  contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando  terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser inofensiva.

Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele  chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro. 

As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas   as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.

O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces. 

Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós  poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
 
Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda  não havia compreendido, de verdade,a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?

Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!" 

Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos...
UBUNTU PARA VOCÊ!
*Texto que circula na Internet

Sociedade, Meio Ambiente e Cidadania
Artigo da Profª. da UNP Marígia Tertuliano
Com essa frase começa o livro de Miguel Nicolélis - Muito além do nosso Eu.
Ao iniciar a leitura, senti o mesmo encantamento que a do professor Nicolélis ao seguir uma música nos corredores da FMUSP há vinte e cinco anos. O meu, ao conhecer a Sala São Paulo, meses antes do evento.
Aquele dia ficou em minha memória, pois depois de seguir um longo corredor, abrir uma porta e conhecer aquele espaço lindíssimo, “modelo de elegância funcional, porém espartana”, imaginei mil coisas, uma vez que seguir a música, para mim, teve vários sentidos.

Foto Marígia Tertuliano
Na quarta-feira, 20 de junho, segunda fila, na mesma Sala São Paulo, a música que segui foi a do conhecimento. Mais uma vez fiquei encantada por assistir, em uma noite paulista, dia de decisão de campeonato – Santos versus Penharol, um cientista brasileiro levar àquela majestosa sala de teatro mil pessoas para falar de pesquisa que leva à vida.
O que mudou? A neurociência é um tema de interesse popular? O brasileiro está estudando mais e por isso começa a discutir ciência de forma corriqueira? Que tipo de ciência? Será que futuramente teremos milhares de neurocientistas assim como o Nicolélis?
Independente das respostas individuais, uma certeza: ele revolucionou a maneira de fazer ciência. Com suas tiradas especialíssimas, tornou o tema acessível aos leigos e possibilitou que novos sonhos fossem realizados com os resultados de suas pesquisas e isso o torna singular.

Foto Marígia Tertuliano
A maneira como o cientista, torcedor do Palmeiras, falava encantava mais e mais. O silêncio na Sala São Paulo, para ouvir aquela exposição, era fruto da esperança que vislumbrava resultados positivos a algumas doenças até então sem cura. Senti muito orgulho, pois parecíamos íntimos, em virtude de sua aproximação com o Rio Grande do Norte.
Ao finalizar sua fala, Nicolélis se emociona ao dizer que “Em 2014, uma criança paraplégica de 14 anos dará o chute na bola para a abertura da Copa no Brasil”. Nesse momento o cientista se emociona e o homem encanta a todos, finalizando sua música e atendendo às questões da plateia.
Inicia-se os questionamentos. Minha pergunta foi a segunda a ser respondida e, com ela, Macaíba e o Rio Grande do Norte tornam-se singular aquele público. Segundo o cientista, a escolha de Macaíba no RN, foi realizada em virtude do encantamento pelo lugar e pela possibilidade de inclusão social que o Instituto promoverá àquela comunidade – uma das que possui o maior índice de mortalidade infantil. Como afirmou, “se der certo, aqui, dará em qualquer lugar” - imaginem a minha felicidade.

Foto Marígia Tertuliano
Enfim, valeu muito estar em São Paulo para assistir a Miguel Nicolélis, o “cyborg da oposição”, como disse Marcelo Leite, editor da Folha de São Paulo.
Além de acreditar que se tornará um épico, “Muito além do nosso Eu” nos leva a viagens intermináveis e coloca nossa mente como a orquestradora da música que queremos seguir.
Logo, sentir cada nota será fundamental para entender a partitura da vida.

25.6.11


Agência Brasil
O presidente da Aliança para uma Revolução Verde na África e ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, defendeu hoje (25) em Roma, na Itália, que a comunidade internacional se una para erradicar a fome por meio de medidas de segurança alimentar. Ele alertou que cerca de 500 mil pessoas passam fome no mundo, podendo causar um “desastre permanente” no planeta.
Annan condenou ainda as iniciativas de alguns países, principalmente os mais ricos, que adotam medidas de protecionismo e proibição de exportações unilaterais. "O desafio do nosso tempo, assim como a busca por uma resolução do problema da mudança climática vinculada, é tentar encontrar uma solução global para a questão de alimentos e da nutrição de segurança", disse Annan.
“Se os países não podem se unir com sucesso para oferecer a segurança alimentar, a mais básica das necessidades humanas, as nossas esperanças para a cooperação internacional mais ampla estarão condenadas”, acrescentou.
Annan discursou durante a abertura da 37ª reunião da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), convocada para a eleição do novo diretor-geral do órgão. Durante o discurso, o ex-secretário-geral lembrou que a tendência é o aumento dos preços dos alimentos na próxima década.
Kofi Annan ressaltou que é necessário um esforço conjunto para acabar com o que ele chamou de fenômeno da grilagem de terra. "É muito preocupante o que foi apresentado em um  relatório recente sobre terras agrícolas, inclusive do tamanho da França, compradas na África, em 2009, por especuladores", disse ele.
Amanhã (26), será realizada a eleição para a escolha do novo diretor-geral da FAO. O Brasil concorre com a candidatura do ex-ministro de Segurança Alimentar e Combate à Fome José Graziano da Silva. Mas há outros cinco candidatos - o austríaco Franz Fischler, o indonésio Indroyono Soesilo, o iraniano Mohammad Saeid Noori Naeini, o iraquiano Abdul Latif Rashid e o espanhol Miguel Ángel Moratinos.

Folha.com Saúde
A primeira conexão sem fio entre um cérebro vivo e uma máquina foi realizada com sucesso, e a descrição do feito já foi submetida para publicação numa revista científica internacional, revelou na quarta-feira (22) o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, da Universidade Duke (EUA).
O pesquisador abordou o novo trabalho em sua palestra no projeto Fronteiras do Pensamento, realizada na Sala São Paulo (região central da capital). O ciclo de palestras tem apoio da Folha.
Outro feito recente do pesquisador e seus colegas é a medição, pela primeira vez, da atividade elétrica de mil neurônios ao mesmo tempo.
Antes disso, o grupo tinha levado sua capacidade de medição ao limite de algumas centenas de células nervosas. Com a sofisticação das medidas e a facilidade de transmitir os dados cerebrais por uma conexão sem fio, o grupo de Nicolelis fica mais próximo de seu principal objetivo aplicado: fazer pessoas paralisadas voltarem a andar com a força do pensamento.
Nicolelis também mostrou o esquema do exoesqueleto cibernético que, segundo seu desejo, deverá vestir um adolescente brasileiro, tetraplégico, na abertura da Copa de 2014, quando ele daria o pontapé inicial.
Ao falar do plano, ainda distante da realidade, Nicolelis chorou, provocando longas palmas da plateia.
Ele ainda respondeu com bom humor a uma pergunta sobre a alma. "Para mim, que sou da Bela Vista, a alma está nos pés. Mas a essência do ser humano fica no cérebro."
Randall Stross
do "New York Times"
Para uma senha bem difícil, pense dez. Se a sua senha tiver dez caracteres, você terá condições de dormir bem à noite --talvez por 19,24 anos.
Esse é o tempo que um hacker levaria para testar todas as combinações de dez caracteres, assumindo que a senha esteja criptografada e que o hacker tenha poderio computacional suficiente para organizar 100 bilhões de combinações por segundo e quebrar a codificação.
Mas, se os seus nomes de usuário e as suas senhas aparecerem em um servidor sem estar criptografado, talvez você não durma nem por um instante, pensando nos efeitos potencialmente devastadores à sua espera.
Hackers adorariam colocar as mãos em uma coleção completa de todas as suas senhas, como as guardadas pela LastPass, um serviço de gerenciamento de senhas.


A partir da instrução de seus clientes, a LastPass armazena nomes de usuário e senhas em seu servidor quando um site é visitado e, em uma próxima visita, preenche todos os formulários automaticamente.
No mês passado, a LastPass afirmou ter notado um comportamento estranho nos registros do tráfego em sua rede e que poderia ter sofrido uma invasão on-line.
Eu sou cliente da LastPass desde o ano passado e senti uma ponta de preocupação ao ouvir a notícia. Mas os meus nervos se acalmaram com o entusiasmo de consultores em segurança que consideram o modelo de segurança da LastPass muito bem elaborado.
A empresa não armazena senhas reais, somente as criptografadas. O serviço não possui a senha para decodificá-las --somente seus usuários a tem. Ela nem sequer armazena a senha LastPass mestre, usada para gerar acesso a todas as outras senhas, que também é criptografada antes de ser enviada à nuvem.
A LastPass tem uma possível vulnerabilidade que Joe Siegrist, seu diretor-executivo, não faz esforço para esconder: o serviço depende de o usuário escolher uma senha mestre difícil e inexistente em qualquer língua.
Se a LastPass ou qualquer outra empresa que armazenou senhas em formato criptografado sofresse um ataque, o risco seria o de ladrões partirem para a força bruta, sem pressa e off-line, tentando todas as combinações possíveis de caracteres. Eles precisariam ter expectativa de vida quase infinitas para esgotar as possibilidades.
Computadores, porém, trabalham em outra velocidade.
COMBINAÇÕES
Steve Gibson, especialista em segurança, publicou uma página na internet que permite ao visitante ver quanto tempo demoraria para um computador testar todas as combinações possíveis de palavras, números e símbolos especiais para quebrar uma senha criptografada.
Eis aqui um teste: qual é a senha mais difícil? "PrXyc.N54" ou "D0g!!!!!!!"?
A primeira, com nove caracteres, é muito boa. O site de Gibson diz que um hacker levaria 2,43 meses para testar off-line todas as combinações envolvendo os nove caracteres, a uma razão de 100 bilhões de conjecturas por segundo. No entanto, a segunda possui dez caracteres. E esse caractere extra torna a senha bem mais difícil. O teste, a uma razão de 100 bilhões de conjeturas por segundo, levaria 19,24 anos.
Não se preocupe com a aparente semelhança do "D0g", com um zero no meio. Isso não faz sentido, "pois o invasor é totalmente incapaz de perceber tais semelhanças", escreveu Gibson.
Gibson afirma que, se a senha não fizer parte de uma lista de senhas comumente usadas e não constar em dicionários, o fator mais importante nela é o comprimento.
Paul C. Van Oorschot, professor de ciências da computação na Universidade Carleton, em Ottawa, tem uma visão cética. "Eu acredito que qualquer sistema irá falhar", afirmou ele. Consequentemente, "não uso um gerenciador de senhas. Escrevo minhas senhas em um papel".
Mesmo isso não lhe oferece tranquilidade: ele não possui conta bancária on-line por causa de sua preocupação em sofrer um ataque hacker.
Uma alternativa a esse risco é usar senhas difíceis, caracteres sem sentido, somando pelo menos dez deles. Claro, é imperativo que os sites armazenem sua senha de forma criptografada. Sempre.
Tradução de Fabiano Fleury de Souza Campos (Folha.com -Tec)

24.6.11


MK Bhadrakumar, Asia Times Online 
http://www.atimes.com/atimes/South_Asia/MF24Df02.html
O presidente Barack Obama dos EUA sempre se faz presente, quando a hora exige floreios retóricos. Por esse metro, o discurso da retirada, quarta-feira, em Washington, que ele atentamente intitulou “No caminho avante no Afeganistão”, foi mais discurso programático que discurso para incendiar as mentes. E avalia corretamente que não é hora de celebrar, mas de justificar o que foi feito sobre algo que deu horrivelmente errado. 

Há vencedores e derrotados no discurso de Obama. Primeiro, os derrotados. São o Pentágono, o presidente Hamid Karzai do Afeganistão, o Paquistão e o sul da Ásia e a criatura amorfa conhecida como al-Qaeda. Vencedores são os Talibã e, mais uma vez, o Paquistão. 

A mudança de “combate para apoio” e da via militar para a via política é reflexo do ceticismo crescente quanto à efetividade da “avançada” [orig. “surge”] das tropas. Obama agradeceu aos soldados pelo bom trabalho que fizeram, mas foi nisso apenas superficial. Para ele, a “avançada” foi um sucesso. E mudou de assunto. Não elogiou a “avançada” – os 33 mil soldados que mandou para o Afeganistão no final de 2009 – como sucesso retumbante. Foi sombrio. Agradeceu os soldados da infantaria que entregaram a vida em sacrifício supremo, mas não mencionou o herói da “avançada” – o general David Petraeus, comandante dos EUA no Afeganistão, que Obama acaba de nomear novo diretor da Agência Central de Inteligência (CIA). 

Seja qual for o ponto de vista, não é o tipo de retirada que o Pentágono desejaria – 10 mil soldados até o final de 2011, 33 mil até meados de 2012 e remoção dos demais 70 mil soldados, “em passo regular” ao longo de 2013, de tal modo que, ao final de 2014, “esse processo de transição estará completado”. Obama deixou sem definir se todos os 70 mil soldados serão retirados ao final de 2014 ou quando, ou se, como no Iraque, onde 10 mil soldados podem ser deixados mesmo depois da retirada total prometida para o final de 2011, haverá soldados norte-americanos residuais de longo prazo, deixados também nas montanhas do Hindu Kush. 

É possível que Obama tenha deixado sem definir esses pormenores porque a decisão não compete só a ele. Deve saber que longe vão os tempos em que os EUA podiam decidir os desdobramentos desses sangrentos dez anos de guerra. Quando não se vence uma guerra, os desdobramentos têm de ser decididos por consenso. Portanto, em primeiro lugar e antes de qualquer outra voz, falarão os Talibã; depois, falará o governo de Karzai e, cada dia mais, falarão também as potências regionais. 

Além do mais, Obama admite que os EUA têm limitações. O dinheiro pode ser mais bem empregado em casa, para consertar estradas, para criar novos empregos e indústrias, “em momento de déficit crescente e tempos econômicos duros em casa”. Os EUA não se retirarão em movimento isolacionista, mas não manifestarão qualquer entusiasmo por intervenções em terra distante, a menos que sejam ameaçados. E mesmo que sejam ameaçados, não optarão por despachar grandes exércitos (darão preferência a amas de alta tecnologia) e convocarão ações internacionais. 

Obama garantiu que a al-Qaeda foi vencida e já não há razão para prosseguir em guerra. O que agora se exige é vigilância, para que a serpente não volte a erguer a cabeça. Mas avisou o Paquistão de que ainda tem planos de “atacar paraísos seguros para terroristas” naquele país. Acrescentou que continuará a “pressionar o Paquistão para que aumente sua participação (...) e a trabalhar com o governo do Paquistão (...) e a insistir para que cumpra os compromissos assumidos”.

Agência Brasil
Base do sistema de saúde, a medicina de família e comunidade precisa de investimentos, valorização social e incentivos à formação de profissionais. A avaliação é do médico Sandro Batista, presidente do 11° Congresso Brasileiro de Medicina de Família, que começou ontem (23) em Brasília.
Médicos, enfermeiros, profissionais de saúde e especialistas vão discutir os desafios do setor e pedir a valorização da atenção primária à saúde como estratégia de melhoria do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo Batista, a política de atenção básica do SUS ainda é subfinanciada, o que eleva gastos  e sobrecarrega outras etapas do sistema.
“O governo diz que trata a questão como prioridade, mas a medicina de família e comunidade está subfinanciada. Os investimentos nessa área podem representar economia em outras. Quando você cuida e acompanha um paciente com hipertensão, por exemplo, ele dificilmente terá que ser internado por um AVC [acidente vascular cerebral], com gastos de internação e medidas pós-hospitalares”, compara o médico.
No começo de junho, o governo anunciou um plano de reestruturação da política de atenção básica do SUS, que deve receber R$ 2,2 bilhões a mais por ano, elevando o orçamento anual de R$ 9,8 bilhões para R$ 12 bilhões. “Queremos aproveitar esse momento político para reafirmar a importância da atenção primária para a melhoria do sistema de saúde do país, por isso decidimos realizar o congresso em Brasília e com o tema Medicina de Família e Comunidade: agora mais do que nunca”, explicou Batista.
Além do financiamento, a formação de profissionais especializados em saúde da família e a valorização do papel social desses agentes também são demandas prioritárias do setor. A figura do médico de família, comum em outras gerações, tem perdido espaço na lógica atual de atendimento de saúde. No entanto, segundo o presidente do congresso, é possível retomar esse espaço e reaproximar médicos e pacientes.
“A medicina de família é mais individualizada, o cuidado é longitudinal, ao longo do tempo. Não é um encontro clínico, o médico conhece as pessoas, estabelece vínculos. É um atendimento mais amplo, trabalha com o geral, enxerga as complexidades relacionadas com a família e com a inserção nas comunidades”.
Mais de 4 mil profissionais de saúde devem participar do congresso, que vai até domingo (26).

Folha.com/ Cotidiano
Cresceu nos últimos anos o número de cargas de cocaína apreendidas na Europa após passar pelo Brasil, segundo relatório divulgado na quarta-feira (22) pela Unodc, a agência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre drogas e crime. O Brasil é o terceiro país na rota de tráfrico da droga para a Europa.
Entre 2005 e 2009, período analisado pela agência, o número de apreensões de cocaína que chegaram à Europa após passar pelo Brasil aumentou cerca de dez vezes, 25 para 260, mas a quantidade variou bem menos, de 339 kg para 1.500 kg.
Apesar desse aumento na participação brasileira, a Venezuela, com cerca 6.500 kg, e Equador, com aproximadamente 2.500 kg, foram os principais canais da cocaína traficada para a Europa dois anos atrás.
O Brasil surge em terceiro, ocupando o lugar que em anos anteriores já foi do México, do Panamá e da República Dominicana.
O volume de cocaína que passou por solo brasileiro foi menor porque, de acordo com a agência, os casos envolvem pequenos traficantes, os 'mulas', que geralmente transportam a droga escondida em bagagens ou mesmo no próprio corpo.
Já o esquema de tráfico da Venezuela envolve o transporte em grandes quantidades, através de portos.
Essa situação, porém, pode estar mudando, alerta a agência da ONU.
Um exemplo foi a operação que apreendeu 3.800 kg de cocaína escondida em contêiner no porto de Paranaguá (PR), em fevereiro de 2009. A carga seria levado para a Romênia, país do leste europeu com importantes quadrilhas de tráfico internacional de drogas ilícitas.

Agência Brasil
Relatório divulgado dia 23/06 pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc) alerta para o consumo abusivo de medicamentos no Brasil – sobretudo emagrecedores a base de anfetamina.
Em toda a América do Sul, a estimativa é que entre 0,3% e 0,4% da população adulta (15 a 64 anos) faça uso não médico de opióides de prescrição, com um total de usuários variando entre 850 mil e 940 mil. No Brasil, o percentual chega a 0,5%.
O documento indica uma alta prevalência de consumo desses medicamentos também na Costa Rica (0,5%) e no Chile (0,6%).
Durante o lançamento do relatório, o diretor de Assuntos Internacionais da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), Vladimir de Andrade, destacou as estratégias adotadas pelo governo brasileiro em relação ao consumo de substâncias controladas, como a retenção de receita médica e a proibição de misturas.
Este ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) levantou a possibilidade de proibir a comercialização de emagrecedores, alegando que os riscos à saúde superam os benefícios – mesmo quando as drogas são prescritas.
O representante do Unodc para o Brasil e o Cone Sul, Bo Mathiasen, afirmou que, em todo o mundo, cerca de 210 milhões de pessoas (4,8% da população com idade entre 15 e 64 anos) usaram drogas ilícitas pelo menos uma vez nos últimos em 2010.

23.6.11


O Globo
Em reunião com representantes das comunidades terapêuticas, nesta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff anunciou que o governo vai financiar o tratamento de dependentes químicos nessas entidades, a maioria mantida por instituições religiosas. No encontro, a presidente criou um grupo de trabalho para revisar a resolução da Anvisa que estabelece as normas mínimas para funcionamento das comunidades terapêuticas.
- As comunidades se constituem importante recurso comunitário de apoio ao tratamento da dependência química no Brasil. Elas têm da presidente o reconhecimento e interesse de que façam parte de uma ampla rede de apoio à rede pública de saúde e assistência social, no tratamento e reinserção social dos dependentes químicos - disse a secretária Paulina Duarte, da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), do Ministério da Justiça.
A secretária participou da reunião, que contou ainda com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O grupo de trabalho será coordenado pela ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, com a participação da Senad e dos ministérios da Educação, Saúde e Desenvolvimento Social. A secretária não informou quanto será destinado às comunidades terapêuticas.

Agência Brasil
Cerca de 15% dos mamógrafos do Sistema Único de Saúde (SUS) estão sem uso, segundo auditoria inédita feita pelo Ministério da Saúde. Dos equipamentos em funcionamento, 44% ficam em unidades de saúde dos estados da Região Sudeste.
No total, o SUS conta com 1.514 equipamentos de mamografia. Desses, 223 estão parados, 111 têm baixa produtividade, 85 apresentam defeitos e 27 estão em embalagens.
O governo federal constatou que os equipamentos não são usados ou têm baixa produtividade por falta de assistência técnica e de pessoal qualificado para operá-los. “Em alguns locais, o mamógrafo só é operado pela manhã e fica ocioso depois”, disse o diretor do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), Adalberto Fulgêncio, que coordenou a auditoria, feita durante dois meses.

Agência Brasil
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) pretende oferecer qualificação profissional a 1,7 milhão de pessoas até 2014, disse a ministra Tereza Campello, durante o programa Bom Dia, Ministro. A iniciativa faz parte do plano de ação do Brasil sem Miséria, lançado no princípio deste mês.
Tereza Campello falou sobre o Plano Brasil Sem Miséria em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da EBC Serviços. Um dos principais eixos do plano é a inclusão produtiva de pessoas que vivem em situação de  extrema mistéria e estão em idade economicamente ativa. "A ideia é elevar a capacidade dessas pessoas, oferecendo cursos profissionalizantes e condições de ingresso no mercado." A ministra exemplificou com o programa Brasil Sorridente, que garante serviços odontológicos aos necessitados. Segundo ela, para uma pessoa que não tem dentes, é mais difícil obter colocação em uma cozinha ou restaurante.
Outro eixo destacado pela ministra é o da transferência de renda. A previsão é que até 2013 mais 800 mil famílias sejam atendidas pelo Bolsa Família. Outra medida é a inclusão imediata de 1,3 milhão de crianças cujas famílias já são beneficiárias do programa. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social, mais de 50% da população extremamente pobre do Brasil têm menos de 19 anos e 40%, até 14 anos
A ministra Tereza Campello disse que espera contar com o trabalho de todos os setores que podem ajudar a tirar da extrema pobreza, nos próximos quatro anos, 16,2 milhões de pessoas, público-alvo do plano Brasil sem Miséria.

21.6.11


Pesquisa Estação Brasil apresenta dados de envolvimento, infraestrutura, comunicação, marcas, consumo e revela que 52% dos brasileiros já sabem que compras farão de artigos relacionados
Do Ibope
Sediar o maior evento futebolístico do mundo é uma responsabilidade que traz riscos e oportunidades para diversos setores da economia brasileira. 

Para medir os impactos do mundial nos negócios e na gestão pública, o IBOPE Inteligência inicia uma contagem regressiva junto à população brasileira, mensurando em diversas ondas a evolução da percepção das pessoas em relação ao evento.

A pesquisa Estação Brasil (www.ibope.com.br/estacaobrasil) irá abranger um total de 11 rodadas para avaliar o clima geral de expectativa para o mundial. 

Entre os resultados da primeira onda, identifica-se que, embora ainda faltem alguns anos para a competição, muitos brasileiros já sabem o que irão comprar para a ocasião.

De acordo com o estudo, 52% dos brasileiros já sabem dizer que produtos relacionados ao evento pretendem comprar, sendo que 37% manifestam interesse específico em produtos de vestuário. 

Os dados apontam também que 15% das pessoas já adquiriram algum tipo de vestuário relacionado.

Laure Castelnau, diretora executiva de marketing e novos negócios do IBOPE Inteligência, diz que a pesquisa foi desenvolvida para auxiliar tanto empresas em geral quanto agências de comunicação e até mesmo autoridades envolvidas na organização do evento:

“A pesquisa serve para indicar os momentos ideais para ações de marketing, avaliar a performance de promoções e campanhas, verificar o impacto dos meios de comunicação utilizados, monitorar recall e awareness de marcas, acompanhar o lançamento de novos produtos e verificar o comportamento de consumo". 

"Para as autoridades, fornece o clima geral e o sentimento de envolvimento da população com o evento, sugerindo o potencial participativo e auxiliando o lançamento de campanhas de conscientização, além de monitorar o grau de confiança no Brasil como país-sede”, esclarece a executiva.
Clima morno
De uma maneira geral, o clima para a realização do mundial pode ser classificado como “morno”, conforme respondido por 38% dos entrevistados.

Outros 34% afirmam que o clima está “gelado, frio ou muito frio”, enquanto 26% dizem estar “quente, muito quente ou fervendo”.

Questionadas quanto ao grau de interesse no evento, 25% das pessoas disseram ter “muito interesse”, 27% disseram ter “interesse, mas não muito”, 26% disseram ter “pouco interesse” e 22% disseram ter “nenhum interesse”.
Mídia preferida
Para 73% dos entrevistados, a televisão foi o meio pelo qual tiveram acesso a notícias relacionadas ao tema. 

O ranking é seguido pelo meio digital (incluindo jornais eletrônicos, sites, emails e etc.), com 14% da população. Rádio e jornais impressos são os outros destaques, com 14% e 11%, respectivamente.
Preparação do Brasil
Em relação aos setores do País que estão mais ou menos preparados para a realização do mundial, o item mais preocupante citado pelos entrevistados foi a saúde, lembrada por 73% como uma área despreparada. 

Na segunda pior colocação figura o trânsito, na opinião de 71% das pessoas. Entre os setores mais bem avaliados, se destacaram bares e restaurantes e a rede de hotéis, apontadas como preparadas por 51% e 44%, respectivam ente.
Metodologia
A representatividade da pesquisa Estação Brasil é de todo o território nacional, através da realização de 2.002 entrevistas face a face distribuídas em 141 municípios do País, com homens e mulheres de 16 anos ou mais, de todas as classes sociais.

O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.

A primeira onda da pesquisa foi realizada entre os dias 12 e 16 de maio. Ao todo, serão realizadas 11 ondas até a realização do evento. Os resultados da primeira onda estão disponíveis no site do Grupo IBOPE:

Quarta-feira, 15h, tem Concentração na Praça Cívica rumo à Câmara Municipal de Natal.
Após 11 dias de ocupação na Câmara Municipal de Natal, o movimento conquistou uma Audiência Pública e a garantia da Instalação da Comissão Especial de Inquérito (CEI), que investigará os contratos da gestão de Micarla de Souza. A instalação da CEI só poderá ser feita numa sessão plenária na quarta-feira (22/06), momento que o presidente da Câmara fará a leitura do documento que instaura a CEI oficialmente.
O movimento reconheceu esta conquista, mas compreende que a luta está apenas começando. Portanto, um novo ATO será realizado neste dia com o objetivo de fazer pressão para a CEI ser de fato instalada e para colocar o movimento #foramicarla nas ruas.

20.6.11


Agência Brasil
“Proteja a Floresta. Ela Protege Você”. Esse é o lema, no Brasil, do Ano Internacional das Florestas. Além de chamar a atenção da sociedade para a questão da conservação ambiental, a iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), que declarou 2011 como Ano Internacional das Florestas, pretende colocar no centro do debate as pessoas que dependem das florestas para viver. A estimativa é que haja 1,6 bilhão de pessoas nessa situação em todo o mundo.
No Brasil, várias comunidades têm na floresta sua forma de subsistência. É o caso de quilombolas, ribeirinhos, indígenas e extrativistas – comunidades que serão retratadas em uma série de matérias produzidas pelo Radiojornalismo da EBC e publicadas ontem (19) pela Agência Brasil.
Definidas como territórios com vegetação cerrada e árvores de grande porte, as florestas cobrem 31% da área do planeta, servem de abrigo para 300 milhões de pessoas e respondem por 80% da biodiversidade de todo o mundo, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

Da BBC Brasil
Milhares de manifestantes tomaram ontem (19) as ruas de Madri e de outras cidades espanholas em uma marcha contra o desemprego e as medidas de austeridade pretendidas pelo governo espanhol e outros países europeus. As manifestações foram convocadas por jovens ativistas que se autointitulam "os indignados". Recentemente eles realizaram um protesto de três semanas, durante o qual acamparam no centro da capital espanhola.
Os "indignados" prometeram manter a pressão sobre o governo, usando o slogan "A Europa para seus cidadãos". Eles também rejeitam a proposta conhecida como Europacto, que pretende aumentar a competitividade entre os países da União Europeia (UE). Críticos do Europacto veem a iniciativa como um sinal de cortes de gastos públicos ainda mais severos.
Outro slogan usado pelos manifestantes de Madri é "Não à violência", depois que um protesto realizado na semana passada em Barcelona terminou em confrontos com a polícia. Os "indignados" se concentraram na Praça Netuno, no centro de Madri, próxima ao prédio do Parlamento.
Dezenas de outros protestos foram marcados para esta segunda-feira (20), em outras cidades espanholas, como Sevilha e Valência.
O desemprego entre a população jovem espanhola chega a 43%. A crise econômica no país deixou mais de 1 milhão de famílias em que todos os integrantes estão desempregados.

Estação Música Total

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