CALANGOTANGO não é um blog do mundo virtual. Não é uma opinião, uma personalidade ou uma pessoa. É a diversidade de idéias e mãos que se juntam para fazer cidadania com seriedade e alegria.

Sávio Ximenes Hackradt

23.11.11


GustavoMaia

A carga tributária que as empresas brasileiras e nós somos submetidos tem se tornado um dos grandes entraves para a sustentabilidade e crescimento do Brasil. Com o passar dos anos, o peso dos tributos sobre a economia nacional só tem crescido. Em 2010, atingiu o patamar recorde de aproximadamente de 35% do PIB, ou seja, mais de um terço das riquezas circulantes no Brasil é transformado em impostos, contribuições e taxas e a sensação é que não há retorno à sociedade na forma de melhoria dos serviços públicos.
É importante perceber que nossa estrutura tributária acaba encarecendo os Micros e Pequenos Empresários e acaba afetando diretamente os brasileiros que têm menor renda. Assim o setor produtivo sofre de várias maneiras com o sistema tributário nacional. Primeiro, com o próprio peso dos tributos, que oneram os preços de produtos e serviços e complicam a capacidade competitiva das empresas brasileiras em relação à concorrência internacional, especialmente diante da atual economia globalizada. Outro problema refere-se à complexidade da estrutura tributária do País, o que exige desembolso de importantes recursos e dispêndio de tempo de trabalho dedicado à organização, estruturação e quitação dos impostos. No caso das MPE’s briga-se pela desburocratização para poder crescer e permanecer no mercado. Diante desse quadro, percebe-se que, mesmo observando outras condições positivas que estimulam a nossa economia, as perspectivas de crescimento sustentado podem enfrentar importante entrave, representado pelo peso da carga tributária e pela complexidade do sistema arrecadador brasileiro. É por isso que tanto ouvimos falar da Reforma Tributária, que irá mudar o cenário econômico do Brasil.
É evidente que o ideal seria que o Brasil enfrentasse imediatamente e de forma completa a reforma, para garantir a redução das injustiças tributárias, principalmente entre os Micros e Pequenos Empresários e permitir a simplificação do sistema de arrecadação de tributos, com consequente geração de economia de recursos para as empresas e reduzir o impacto dos tributos sobre o setor produtivo nacional.

*Gustavo Maia - 25 anos, natalense, Contador, MBA em Gestão de Pessoas, cursando MBA Gestão de Negócios, Consultor em Franchising. Escreve às quartas-feiras.

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