2.11.11
Gustavo Maia*
Se prestarmos atenção, o mundo dos negócios está lançando
a cada estação uma nova tendência de negócio, assim como nas passarelas. As
grandes empresas podem ser contextualizadas com as grandes grifes. Na hora de
extrair o lucro do seu negócio é tudo muito bom, mas estamos falando de moda,
algo passageiro e com isso a empresa tem um princípio a ser seguido que é o
princípio da continuidade, independente da moda vigente.
Aproximam-se as festas de final de ano, provavelmente
serei lembrado por alguém e receberei algum cartão natalino (é o que espero), só
que esse cartão talvez seja entregue via internet, redes sociais e não mais
fisicamente. Isso diminuirá seus custos, não terá mais que comprar selo e ter
que se deslocar até as agências dos correios. Percebeu alguma mudança nisso?
Então, como as MPE’s sobreviverão ao modismo? Quais as oportunidades de negócio
o mercado ainda oferece aos setores que já tiveram seu auge como a
videolocadora, petshop e lojas de CD’s?
Primeiramente essas empresas necessitam enxergar que
precisam mudar após o seu auge para sobreviver. Perceba que o “x” da questão
está no novo modelo de economia, que é a economia de serviços, ou seja, estamos
migrando de venda de produtos físicos para serviços. Você já recebeu sua conta
da TV por assinatura pelo telefone? Eu já! Existe ainda a possibilidade de
pagar pelo mesmo dispositivo. Já deixou de ir ao laboratório pegar seu exame e
com apenas alguns cliques já tem o resultado? Tudo isso é derivado do
crescimento avassalador dos serviços e também da inovação, do conhecimento de
mercado, capacidade de adaptação e diversificação da empresa. Lembra o caso da
videolocadora? As empresas hoje disponibilizam filmes via internet e não terá
mais que alugar, ou fazer download, sem haver gastos financeiros e de tempo. E
mais, atende seu desejo. Você ainda escuta música em CD? Provavelmente sim, mas
compra CD? As músicas são armazenadas em pequenos dispositivos, contento os
mais variados gêneros e artistas numa capacidade imensa, isso fez com que esse
segmento acaba-se. O exemplo mais conhecido de mudança, ou melhor, de inclusão
de serviço é no ramo culinário, os restaurantes, lanchonetes, pizzarias
deixaram apenas de vender a comida e disponibilizam o serviço de entrega.
Para alcançar uma rentabilidade maior, a adesão da
economia de serviço é primordial. Quando oferecemos serviço, geralmente nos
propomos a solucionar algum problema ou sanar alguma necessidade e com esses
problemas resolvidos o cliente no mínimo ficará satisfeito, ou seja, a inclusão
de serviços é essencial nos seu negócio. Outra estratégia importante é
identificar as formas de precificação dos seus serviços, baseado na necessidade
ou no desejo do cliente. Por último, parar de pensar e agir no marketing de
transição e fazer uso do marketing de relacionamento, com a intenção de
transformar seu cliente em seu seguidor.
*Gustavo Maia - 25 anos, natalense, Contador, MBA em
Gestão de Pessoas, cursando MBA Gestão de Negócios, Consultor em Franchising.
Escreve às quartas-feiras.
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